sábado, 26 de maio de 2018

Deus é Nós


Ano B - Solenidade da Santíssima Trindade

Deus é nós.
Deus é plural.
É comunhão.
É família.
É comunidade.

Deus é Pai, é Filho, é Espírito Santo.
É Criador, é Redentor, é Santificador.

Crer é mostrar com um gesto ou em obras que estamos unidos ao Deus Uno e Trino.

A melhor maneira de professar a fé na Santíssima Trindade é benzer-se.

Digo o nome de Deus Pai e toco na minha fronte porque Ele é meu criador, o princípio de tudo e porque está nos Céus.
Digo o nome do Filho Jesus e desço até ao peito porque Ele incarnou e desceu até nós e o seu amor concentrou-se num coração humano.
Digo o nome do Espírito Santo e toco nos dois ombros porque Ele me santifica aqui nesta terra onde todos somos iguais e nos ajuda a viver como irmãos.




















Deus, comunidade e modelo de amor.




sexta-feira, 25 de maio de 2018

Coração pesado e duro


6ª feira – VII semana comum

Coração pesado
Na 1ª leitura o Apóstolo São Tiago recomenda diz que é proibido queixar-se.
Queixar-se dos outros, queixar-se da vida, queixar-se da idade, das doenças do tempo… Queixar-se é um prejuízo, pois quem se queixa terá de ir até ao tribunal…
Queixar-se é encher o coração de tantas amarguras que o torna pesado.
É preciso aliviar o coração para que, mais livre, possa ser repleto e transbordar do amor e da misericórdia divina.

Coração duro
No trecho do Evangelho os fariseus apontavam para o exterior, mas Jesus quis olhar mais fundo, para a dureza do coração.
Quando o coração, em vez de leve e flexível ou maleável se torna duro, todos sofrem as consequências.
É proibido deixar de amar. Não é um coração duro que faz desaparecer o amor, mas sim a falta de amor que faz um coração duro.
É preciso encher o coração de amor para que se torne mais leve e possa deixar-se envolver pelo outro.

Hoje quero pedir ao Senhor Jesus que desfaça o meu coração pesado e duro e torne o meu coração semelhante ao seu.












Aviso que o Papa Francisco fixou na porta do seu escritório no Vaticano onde recebe as pessoas: Proibido lamentar-se ou queixar-se… 
Tem origem no título de um livro do psicoterapeuta italiano Salvo Noé, cuja reedição contou com o prefácio do próprio Papa.
À advertência segue-se a “Lei nº 1 sobre a salvaguarda da saúde e do bem-estar….
Para de lamentar-te e age para mudar a tua vida para melhor…”




quinta-feira, 24 de maio de 2018

Salbedoria


5ª feria – VII semana comum

Não, não é erro. É mesmo assim SALBEDORIA.
Toda a sabedoria é uma espécie de SAL.
A sabedoria é o 1º dos 7 dons do Espírito Santo que nos faz ver o mundo, as situações, as ocasiões, os problemas, tudo e todos com o saber e o sabor de Deus.














Tende SAL em vós mesmos, diz Jesus no trecho do Evangelho de hoje, e vivei em paz uns com os outros.
É preciso acolher este dom do Espírito Santo para ver tudo e todos com o saber e o sabor de Deus. Esta sabedoria faz-nos sentir o gosto pelas coisas de Deus…
Este é o sal ou a sabedoria que nos foi dado. Numa palavra só é esta a verdadeira SALBEDORIA.
Assim viveremos em paz connosco mesmos, com os outros, com a natureza e com Deus.

Conclusão
* Sem Sal não podemos viver, tal como sem a Sabedoria.
De facto, sem sal o nosso corpo não poderia manter o equilíbrio da água, executar algumas funções vitais como a regularização do sangue, transmissão de informação ao sistema nervoso e músculos, absorção de alguns nutrientes.

* O Sal é dom tal como a Sabedoria.
O corpo humano precisa de sal, mas não produz ele próprio o sal de que precisa. Tem de ser oferecido, tal como a sabedoria.

* Homero referia-se ao Sal como substância divina tal como a Sabedoria.
De facto a Sabedoria é o saber divino em nós.



segunda-feira, 21 de maio de 2018

Mãe da Igreja


Celebramos hoje, segunda-feira de Pentecostes, a memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja.
Esta memória foi instituída pelo Papa Francisco pelo decreto Ecclesiae Mater de 3 de março de 2018.
Sempre houve a consciência de que Maria faz parte da Igreja. Para evitar uma atitude minimalista, de que ela era apenas um elemento entre tantos outros, embora perfeito, modelar ou singular, o Papa Paulo VI, em 1964, durante o Concílio Vaticano II, declarou-a oficialmente Mãe da Igreja. De facto, ela não é apenas um elemento entre tantos na Igreja, mas tem uma missão especial. Ela é a Mãe da Cabeça da Igreja que é Jesus Cristo e por isso também Mãe de todos os membros da Igreja. Porque, como lembrou São Luís Maria Grignion de Montfort, seria uma monstruosidade se aquela que deu à luz a Cabeça, não fosse também a Mãe dos outros membros.
















Esta imagem de Maria, Mãe da Igreja, foi colocada no Palácio Apostólico (residência do Papa) junto à Basílica de São Pedro, no Vaticano, a 7 de dezembro de 1981, por vontade do Papa João Paulo II cujo emblema Totus Tuus está na base do mosaico.
É inspirada num fresco antigo da Virgem com o Menino, do século XV, conhecido como a Virgem da Coluna, pois tinha sido feito numa coluna da antiga basílica constantiniana.





















Dizem que um dia um peregrino, no final de uma audiência com João Paulo II, fez-lhe notar que a Praça de São Pedro estava inacabada. Perante a surpresa do Papa o seu interlocutor fez notar que em toda a Praça, recheada de esculturas e imagens de Cristo, dos Apóstolos e dos Santos não havia nenhuma representação da Virgem Santa Maria. O Papa aceitou a sugestão e depressa surgiu a imagem, que foi benzida pelo mesmo no final do ano de 1981, talvez em memória pela proteção mariano no seu atentado de maio.
Assim, Maria, Mãe da Igreja, continua a vigiar a praça de São Pedro e a abençoar a comunidade eclesial que ali se reúne.

Santa Maria Mãe da Igreja, rogai por nós!





quinta-feira, 17 de maio de 2018

Sint unum


5ª feira – VII semana da Páscoa

Que todos sejam um…
É uma questão de caminho, de verdade, de vida, 
de qualidade e de sucesso.

- É uma questão de verdade – porque feitos à imagem e semelhança de Deus… Que sejam um como Nós somos um, assim rezou Jesus ao Pai.
- É uma questão de vida – porque onde 2 ou 3 estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles, disse Jesus aos seus discípulos.
- É uma questão de caminho – porque sozinhos vamos mais rápido, mas juntos vamos mais longe.
- É uma questão de qualidade – porque nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos.
- É uma questão de sucesso – porque a união faz a força, perante as adversidades.

Foto in LawrenceOP-Fan






















terça-feira, 15 de maio de 2018

Dia internacional da Família


Celebra-se hoje o Dia Internacional da Família, proclamado pelas Nações Unidas em 1993, com o intuito de “promover a reflexão e a discussão acerca do conceito de família nas sociedades do mundo inteiro. Este dia serve também para refletir sobre os problemas económicos, sociais e culturais que afetam as famílias, sem esquecer o problema do decréscimo demográfico que está a afetar as sociedades ocidentais” (in Agência Ecclesia).

















O Santuário da Família
“A família está convocada a ser templo, ou seja, casa de oração; uma oração singela, cheia de esforço e ternura. Uma oração que se faz vida, para que toda a vida se converta em oração” (São João Paulo II).




Aprender a despedir-se


3ª feira – VII semana da Páscoa

Tanto na 1ª leitura como no trecho do evangelho de hoje temos alguém a despedir-se.
São Paulo despede-se dos anciãos de Éfeso e Jesus despede-se dos seus discípulos na última ceia.

Despedir-se
É passar a uma etapa seguinte.
É ir mais além.
É querer ser de um mundo diferente.
É dizer não a alguém para dizer sim a outrem.
É renovar-se.
Toda a nossa vida é uma despedida.
Desde que nascemos outra coisa não fazemos que despedir-nos.
Cada dia que passa é uma despedida.
Assim vamos ensaiando-nos para uma despedida definitiva.
Quem não aprender a despedir-se cada dia pode correr o risco de um dia ser  despedido…

Hoje, mais do que falar de Deus aos homens,
ou mais do que falar dos homens a Deus,
quero aprender a despedir-me
para alcançar um dia a minha pátria definitiva na paz e na alegria.




domingo, 13 de maio de 2018

À laia de despedida


Ano B – Solenidade da Ascensão do Senhor

Um testamento é um documento que uma pessoa determina a forma como quer que se repartam os seus pertences entre os seus herdeiros. Geralmente abrange bens móveis e imóveis. Mas nem sempre é assim.
Há algum tempo atrás passou uma publicidade na televisão de uma companhia de seguros que apresentava um ilustríssimo juiz que lia o testamento de um homem muito rico recentemente falecido. Estavam presentes os filhos e filhas do defunto, os netos, netas, sobrinhos e outros familiares próximos. Todos estavam expetantes e confiantes de que cada um iria receber uma boa porção do recheado bolo daquela herança.
O juiz, olhando por cima dos seus óculos começou a leitura do aliciante testamento:
“No uso das minhas faculdades mentais e cumprindo os requisitos que a lei exige, declaro ser esta a minha vontade sobre o destino dos meus bens:
Em primeiro lugar quero que a minha Fazenda Esplêndida, incluindo a mansão, anexos, campos cultivados, pomares e prados e todo o seu recheio, são para o Asilo da Misericórdia da minha terra natal.”
Imediatamente, ouviu-se um murmúrio de desaprovação ou de desilusão entre os presentes. Mas havia mais e o juiz continuou:
“Em segundo lugar, quero que todo o dinheiro que tenho depositado nas seguintes contas bancárias…  é para o orfanato da minha paróquia.”
Desta vez fez-se um silêncio de suspender a respiração…  Estavam goradas as esperanças de todos os que contavam ser contemplados pelas partilhas do seu parente.
O Juiz concluiu com voz pausada e firme:
“Por último, aos meus filhos e filhas, aos meus netos, sobrinhos e todos os meus outros herdeiros diretos ou indiretos, deixo-lhes uma recomendação, pois estou certo que os ajudará a serem ricos como eu consegui. Recomendo-lhes apenas uma coisa: Que trabalhem!”
E assim terminou a leitura do testamento…

Jesus, no ato de despedida, antes de subir para o Céu, também nos deixou o seu testamento, ou melhor, a sua última recomendação: Ide por todo o mundo… Que partam, que preguem sem cessar, que trabalhem…
Esta é a última vontade de Jesus. É a chave do sucesso e da felicidade dos seus amigos.
Só assim seremos herdeiros do seu Reino!

Foto - senzapagare.blogspot.pt/




quarta-feira, 9 de maio de 2018

Conhecimento de Deus


4ª feira – VI semana da Páscoa

Na primeira leitura vemos um discurso diferente de Paulo. Pela primeira vez ele inspira-se, para começar, não nas Sagradas Escrituras, ou nos atos dos apóstolos, mas naquilo que viu e escutou nos gregos, seus ouvintes – num altar ao deus desconhecido e numa citação de um poeta…
Os gregos ensinaram a Paulo que deus é um desconhecido.
Paulo ensinou aos gregos que podemos conhecer Deus em Jesus cristo.
Se procuramos conhecer a Deus é porque de facto ele é-nos desconhecido, mas Jesus revelou-nos o rosto de Deus e por isso temos possibilidade de o conhecer por Cristo, com Cristo e em Cristo.
Os gregos ensinaram a Paulo que os homens são da raça dos deuses.
Paulo ensinou aos gregos que Deus é da nossa raça, é da nossa estirpe, pois encarnou entre nós.
O Filho de Deus fez-se homem para que o homem se tornasse filho de Deus.

No Evangelho Jesus lembra que nem tudo o que ele falou podia ser compreendido pelos seus discípulos… Só o Espirito da verdade é que lhes iria abrir o entendimento para revelar toda a verdade e compreender toda a revelação de Jesus.
O Espírito é uma espécie de chave e de luz. Chave para abrir o entendimento e luz para revelar a verdade.
Só um coração aberto é capaz de acolher a Palavra.
Só uma mente aberta é capaz de ser iluminada e compreender a Palavra.



















A Nossa Visão como Dehonianos pode servir de resumo desta meditação de hoje: 
Amar com coração e mente abertos.
Somos testemunhas do amor transformador de Deus nas almas e na sociedade. Espalhamos pelo mundo o amor de Deus, com coração e mente abertos.
De facto, o Espírito santa é chave para abrir o nosso coração e é luz para iluminar a nossa mente…



terça-feira, 8 de maio de 2018

Medianeira



Hoje os Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos) celebram a memória obrigatória de Nossa Senhora Medianeira de todas as graças.

Porque é que dizemos que Maria é Medianeira de todas as graças?
Porque Ela é a cheia de graça.
Assim a saudou o anjo.
Assim repetimos nós na nossa oração.

Ela é cheia de graça porque recebe todas as graças de Deus e é cheia de graça porque concede todas as graças aos seus filhos.

Nossa Senhora Medianeira de todas as graças,
Rogai por nós !



Do fim para o princípio


3ª feira – VI semana da Páscoa

Primeira leitura:
Paulo e Silas foram perseguidos e levados para a prisão, mas alegraram-se pelas conversões que lá provocaram…

Nós somos mais fruto das provações do que das consolações
São as provações quem nos faz…
As provações provocam-nos, modelam-nos, fazem-nos progredir.
As consolações vêm depois, são recompensas apenas.
As provocações estão na origem do nosso desempenho.
As consolações estão no fim da nossa luta.
São as provações que nos fazem.
São as consolações que nos recompensam.

Evangelho:
Disse-lhes Jesus: É do vosso interesse que eu vá.

Quando os discípulos viram Jesus morrer, ficaram tristes e pensaram que era o fim de tudo.
Mas quando Jesus ressuscitou concluíram que afinal isso foi o princípio de tudo.
Quando Jesus se despediu na sua ascensão, os discípulos ficaram tristes e pensaram que era então o fim de tudo.
Mas quando Jesus lhes enviou o Espírito Santo descobriram que afinal esse era o começo de tudo.
Quando os discípulos começaram a ser perseguidos e martirizados, pensaram logo que era o fim de tudo.
Mas quando entraram na Glória de Deus, viram que afinal era o início de tudo o que Jesus lhes tinha anunciado e só então cantaram de alegria com os anjos e os santos.

Conclusão
Cada nova provação dá origem a uma alegria maior.
É que ao contrário das coisas deste mundo que caminham do princípio para o fim, as coisas de Deus caminham do fim para o princípio.



domingo, 6 de maio de 2018

De servos a amigos


Ano B – VI domingo de Páscoa

Nos últimos domingos temos vindo a acolher a apresentação de Deus
- como Bom Pastor
- como Bom Agricultor

Hoje é-nos revelado como o Bom Amigo
Ele é Bom Amigo porque dá a vida pelos seus amigos…

Diz Jesus:
Já não vos chama servos, mas amigos.
Servos, aqui não tem a ver com o serviço (o maior deve ser o servo de todos…)
Servo, nesta passagem evangélica, é funcionário, mercenário, negociante, interesseiro.

A nossa relação com Deus pode ser equacionada assim:
- Ou somos indiferentes – Ele lá e eu cá. Não quero ter nada com ele.
- Ou somos rivais – Ele tem de desaparecer. Somos inimigos. (pretensão de querer ficar no lugar de Deus, desde Adão até à ideologia moderna da morte de Deus)
- Ou somos funcionário – Deus é patrão. Tola lá e dá cá. Ele é negociante e interesseiro como eu.
- Ou somos amigos – Relação de amizade. Nem indiferentes, nem rivais, nem iguais nos defeitos, mas iguais no amor.

E se Jesus nos lembra isto, não é para que lhe retribuirmos a Ele diretamente esse amor.
Tal como Ele é nosso amigo, manda-nos ser amigos uns dos outros.

Conclusão
Hoje Deus apresenta-se como nosso amigo para nos ensinar a sermos amigos dos nossos irmãos.




quarta-feira, 2 de maio de 2018

O credo de Santo Atanásio


Memória de santo Atanásio

Atanásio nasceu no Egito em 296. Ainda adolescente foi considerado um dos homens mais inteligentes de Alexandria.
Ingressou na Igreja por meio do bispo Alexandre. Aos 23 anos escreveu o seu primeiro livro sobre a Encarnação de Jesus Cristo. Embora fosse apenas diácono, Atanásio participou do Concílio de Nicéia, em 325.
Quando morreu o bispo Alexandre, tanto o povo como o clero, apontaram Atanásio como seu sucessor. Seu bispado durou quarenta e seis anos recheados de perseguição e sofrimento. Apoiados pelo imperador, os arianos espalharam calúnias incríveis. Atanásio sofreu cinco exílios seguidos, que suportou com paciência e determinação.
Atanásio morreu com setenta e sete anos. É considerado um pilar da fé e declarado doutor da Igreja.
Atanásio preservou intacta na Igreja esta verdade teológica: Cristo é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus.











Assim escreveu:
“A fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus. Sem confundir as Pessoas nem separar a substância. Porque uma só é a Pessoa do Pai, outra a do Filho, outra a do Espírito Santo. Mas uma só é a divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, igual a glória, coeterna a majestade. Tal como é o Pai, tal é o Filho, tal é o Espírito Santo.
O Pai é incriado, o Filho é incriado, o Espírito Santo é incriado. O Pai é imenso, o Filho é imenso, o Espírito Santo é imenso. O Pai é eterno, o Filho é eterno, o Espírito Santo é eterno. E contudo não são três eternos, mas um só eterno. Assim como não são três incriados, nem três imensos, mas um só incriado e um só imenso. Da mesma maneira, o Pai é omnipotente, o Filho é omnipotente, o Espírito Santo é omnipotente. E contudo não são três omnipotentes, mas um só omnipotente.
Assim o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. E contudo não são três deuses, mas um só Deus. Do mesmo modo, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor, o Espírito Santo é Senhor. E contudo não são três senhores, mas um só Senhor. Porque, assim como a verdade crista nos manda confessar que cada uma das Pessoas é Deus e Senhor, do mesmo modo a religião católica nos proíbe dizer que são três deuses ou senhores.
O Pai não foi feito, nem gerado, nem criado por ninguém. O Filho procede do Pai; não foi feito, nem criado, mas gerado. O Espírito Santo não foi feito, nem criado, nem gerado, mas procede do Pai e do Filho. Não há, pois, senão um só Pai, e não três Pais; um só Filho, e não três Filhos; um só Espírito Santo, e não três Espíritos Santos. E nesta Trindade não há nem mais antigo nem menos antigo, nem maior nem menor, mas as três Pessoas são coeternas e iguais entre si. Em tudo se deve adorar a unidade na Trindade e a Trindade na unidade. Quem, pois, quiser salvar-se, deve pensar assim a respeito da Trindade.”