segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Ganhar um tesouro


















2ª feira – VIII semana comum

O episódio do evangelho de hoje inspirou Jesus a contar a parábola do tesouro escondido ou do negociante de pérolas.
De facto esta cena tem muita analogia com a parábola, exceto o seu desfecho.

Façamos o paralelismo:

- Um homem veio a correr… que hei-de fazer para alcançar o tesouro da vida eterna…
         - Um homem corria o mundo à procura de um tesouro precioso.

- Encontrou o Bom mestre que lhe disse: Falta-te uma coisa…
         - Encontrou num campo um tesouro de grande valor.

- Vai vender tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro nos céus…
         - Foi vendeu tudo o que tinha para adquirir aquele tesouro.

- O homem retirou-se pesaroso…
         - Alegremente vendeu todos os seus bens e ficou com o tesouro.

- Encontrou um tesouro, mas foi incapaz de se desfazer do que já tinha.
         - Deixou os seus bens para alcançar um bem maior.

É dando que se recebe.
É renunciando que se alcança.
É esvaziando as mãos que se enche o coração.
É morrendo para si mesmo que se vive em plenitude.

Diz a sabedoria popular que dois proveitos não cabem num mesmo saco...



domingo, 26 de fevereiro de 2017

Lírios e pardais

Ano A - VIII domingo comum

























A minha reflexão hoje foi fazer repetir estas frases.
Eu dizia e todos repetiam.


Olhai os lírios do campo
          (Olhai os lirios do campo)

Olhai as aves do céu
          (Olhai as aves do céu)

Vede como eles se vestem
          (Vede como eles se vestem)

Vede como elas se alimentam
          (Vede como elas se alimentam)


Se Deus veste assim os lírios
          (Se Deus veste assim os lírios)

E alimenta tão bem as aves
          (E alimenta tão bem as aves)

Muito mais faz por seus filhos
          (Muito mais faz por seus filhos)

Pois nunca se esquece de nós
          (Pois nunca se esquece de nós)



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Francisco e Jacinta

No ano Centenário das Aparições de Fátima assinalamos hoje a memória litúrgica dos Pastorinhos Beatos Francisco e Jacinta Marto.
Na história da Igreja estes foram as primeiras e, até hoje, as únicas crianças beatificadas (morreram respetivamente aos 11 e 10 anos de idade). Há apenas um bom grupo de crianças que morreram martirizadas e depois vários adolescentes mais velhos. Mas crianças com testemunho de santidade de vida de tão tenra idade a Igreja apenas reconheceu estes dois pastorinhos.

































As leituras da memória são um convite à vida simples das crianças e dos pequeninos…
Por um lado Jesus convida os grandes a tornarem-se pequeninos.
Por outro lado Jesus faz com que os pequenos se tornem grandes… grandes santos, grandes testemunhas, grandes exemplos.

































Alegres cantemos a uma só voz:
Francisco e Jacinta rogai por nós!



quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Arco da Aliança

5ª feira - VI semana comum



















Este é o sinal da aliança que estabeleço convosco…
Farei aparecer o meu arco sobre as nuvens que será um sinal da aliança entre Mim e a terra.

- Arco-íris, colorido, que contem todas as cores, isto é, todas as graças ou bênçãos de Deus.
- Arco ou abóbada celeste que protege e guarda toda a terra.
- Arco que serve para se lançar setas em direção a Deus. Este não foi feito para Deus atirar as setas aos homens, porque no tal caso havia de ter as pontas voltadas para o céu, mas tem as pontas voltadas para a terra, porque foi feito para os homens atirarem setas a Deus. Estas setas são as nossas orações ou desejos que daqui enviamos até Deus.



terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Tal e qual (1)






















Gravei há dois anos esta página de um jornal muito conhecido da nossa praça.
Longe do drama de então posso fazer humor com este título no DIA DOS NAMORADOS.



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Effathá

6ª feira - V semana comum
No centro do Evangelho de hoje há uma palavra pequena, mas muito importante. Uma palavra que, no seu sentido profundo, resume a mensagem e toda a obra de Cristo. O Evangelista cita-a na língua própria de Jesus, a que Jesus pronunciou, de modo que a escutamos ainda mais viva. Esta palavra é ‘effathá’, que significa: ‘abre-te’.
Jesus estava atravessando a região dita ‘Decápole’, entre o litoral de Tiro e Sidónia e a Galileia; uma zona não judaica. Levaram a ele um homem surdo- mudo para que o curasse. Jesus tomou-o a parte, tocou-lhe nos ouvidos e ma língua e, olhando para o céu, disse: ‘Effathá’, que significa; ‘Abre-te’. E aquele homem começou a ouvir e a falar. Eis então o significado histórico, literal desta palavra: aquele surdo-mudo, graças à intervenção de Jesus, ‘se abriu’; antes estava fechado, isolado, para ele era muito difícil se comunicar; a cura foi uma ‘abertura’ aos outros e ao mundo, uma abertura que, partindo dos órgãos da audição e da palavra, envolvia toda a sua pessoa e a sua vida: finalmente podia comunicar e relacionar-se de um modo novo. Mas todos nós sabemos que o fechamento do homem, o seu isolamento, não depende apenas dos órgãos dos sentidos.
Existe um fechamento interior, que diz respeito ao núcleo profundo da pessoa, aquilo que a Bíblia chama de ‘coração’. É isso que Jesus veio ‘abrir’, libertar, para nos tornar capazes de viver plenamente a relação com Deus e com os outros. Por isso esta pequena palavra ‘effathá – abre-te’, resume em si toda a missão de Cristo. Ele se fez homem para que o homem, que se tornou interiormente surdo e mudo pelo pecado, se torne capaz de ouvir a voz de Deus, a voz do Amor que fala ao seu coração, e assim aprenda a falar, por sua vez, a linguagem do amor, a comunicar com Deus e com os outros. Se não rezamos ou falamos de Deus e a Deus então somos mudos. Se não escutamos, não seguimos a sua Palava, então somos surdos.
Por esse motivo a palavra e o gesto do ‘effathá’ foram inseridos no Rito do Batismo, como um dos sinais que explicam o seu significado.
O celebrante com a mão direita estendida para a criança batizada diz: Effathá! O Senhor Jesus, que fez ouvir os surdos e falar os mudos, te dê a graça de, em breve, poderes ouvir a sua palavra e professar a fé para louvor e glória de Deus Pai.
Oremos para que o Senhor nos faça experimentar todos os dias, na fé, o milagre do “effathá“, para vivermos em comunhão com Deus e com os irmãos.
(Cf. Bento XVI, in Angelus 9/9/2012)



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Tríplice lição


5ª feira - V semana comum 

Tudo o que Jesus diz ou faz é uma parábola, isto é, uma lição carregada de mensagem.
Hoje, através do episódio da mulher pagã síro-fenícia em Tiro, podemos acolher 3 lições:

- Lição de humildade.
- Lição de confiança.
- Lição de generosidade.

A primeira diz respeito à própria mulher. Era simples, humilde, não se importou ser comparada com os cachorrinhos, prostrou-se aos pés de Jesus.
A segunda diz respeito à sua relação com Jesus. Plena confiança, entrega total ou abandono nas suas mãos, pois confiava que a misericórdia de Jesus chegava para todos.
A terceira refere-se à sua filha. O coração de mãe é sempre generoso para com os filhos. Ela pedia não para si mas para os outros, ela empenhava-se a favor dos outros.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Muito bom





















4ª feira - V semana comum

E Deus viu que era bom!
O mais importante da mensagem da leitura da criação não é quando, como, para que, o quê, para quem ou onde criou Deus tudo isto.
O mais importante é recordar que tudo isso é bom!
Deve ser essa a nossa conclusão, tal como Deus concluiu.
Todas as criaturas foram feitas pela bondade de Deus.

E Deus viu que tudo era muito bom.
O mais maravilhoso é que Deus criou criadores.
Sejamos então como Ele, criadores como Deus criador, à sua imagem e semelhança.
E tenhamos o mesmo sentimento: É tudo muito bom!
Aprendamos não só a fazer aquilo de que gostamos, mas acima de tudo a gostar daquilo que fazemos.
Assim seremos mais parecidos com Deus.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Cinco Chagas do Senhor





















Festa das Cinco Chagas do Senhor

Olhando para o brasão e para a bandeira de Portugal vemos cinco escudos azuis, cada um com cinco besantes brancos (moedas antigas que lembram aquelas 30 pelas quais foi Jesus vendido).
Esses escudos ou quinas representam as cinco chagas de Cristo.
Alguns santos trouxeram no seu corpo os estigmas ou as cinco chagas do Senhor.
Portugal, na sua bandeira, lembra que é um povo inteiro quem traz esses mesmos estigmas ou as cinco chagas de Cristo.

Os estigmas são chagas que surgem nos corpos de algumas pessoas, as quais tem uma relação especial com a crucifixão de Nosso Senhor. Eles podem ser visíveis ou invisíveis, permanentes ou transitórias, aparecer simultânea ou sucessivamente. Ao longo da história da Igreja cerca de 300 pessoas receberam os estigmas, dessas, cerca de 60 foram canonizadas. O primeiro estigmatizado de que se tem notícia foi São Francisco de Assis que, no dia 17 de dezembro de 1224, recebeu esses sinais.  O mais famoso da história recente certamente é São Pio de Pietralcina que morreu em 1968 e foi canonizado em 2002. Na história dos santos existem aqueles chamados "almas vítimas", pessoas que se oferecem a Cristo com uma amor tão ardente que desejam configurar-se com Cristo Crucificado. Cristo completa na nossa carne, como diz São Paulo, aquilo que falta aos seus sofrimentos, não que sejam incompletos, mas Ele quer a participação de pessoas generosas que se oferecem a Ele.

Unidos a todos os estigmatizados rezamos hoje de modo particular a oração tradicional atribuída a Santo Inácio:

Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, ouvi-me.
Dentro das Vossas Chagas, escondei-me.
Não permitais que de Vós me separe.
Do espírito maligno, defendei-me.
Na hora da minha morte, chamai-me.
E mandai-me ir para Vós,
para que Vos louve com os Vossos Santos,
por todos os séculos.
Ámen.




domingo, 5 de fevereiro de 2017

Nova tradução da Bíblia















Versão científica 
do Evangelho do V domingo Comum

Mt 5, 13-14
Vos estis sal terrae…
Vos estis lux mundi…


Vós sois o Cloreto de Sódio
Vós sois o LED do mundo… 



Versão acrescentada

Vós não sois o caramelo do mundo,
sois o sal da terra 
que o mundo quer cuspir 
em vez de engolir.



sábado, 4 de fevereiro de 2017

S. João de Brito
























João de Brito, filho de Salvador de Brito e de Beatriz Pereira, nasceu em Lisboa no dia 1 de março de 1647, logo no começo do reinado de D. João IV. Pertencia a uma família nobre, que sempre se tinha distinguido ao serviço dos reis de Portugal. Apesar de ter sido chamado à corte, como pajem do rei, aos 9 anos de idade, tinha maiores ambições ainda. O seu desejo era servir mais alto Senhor, o rei Eterno. Vivendo entre os jovens fidalgos da corte de D. João IV, nunca se lhe notou a menor mancha nos costumes.
Contraiu João por esse tempo uma grave enfermidade. A mãe receosa de o perder, fez voto a S. Francisco Xavier de vestir o filho com a roupeta da Companhia de Jesus, se ele viesse a recuperar a saúde. Não quis o santo apóstolo deixar frustrada a confiança na sua intercessão e João de Brito, em breve restabelecido, envergou durante um ano, conforme a promessa, a roupeta de santo Inácio.
Datam destes primeiros anos os nomes de Apostolinho e de Mártir, por que era designado na corte. O nome de Apostolinho vinha-lhe da roupeta que trouxera em cumprimento do voto, pois apóstolos se chamavam então os Jesuítas em Portugal. O nome de Mártir devia-o à constância varonil, com que sofria os maus tratos infligidos por jovens fidalgos que viam na sua vida de piedade e recolhimento uma censura tácita da própria leviandade.
Em dezembro de 1662 entrou para ao noviciado da Companhia de Jesus, em Lisboa. Tinha 15 anos. O tempo do noviciado foi o abrir de todas as suas virtudes em botão. Desde que em menino envergou a roupeta de santo Inácio nunca mais deixou de sentir-se dominado pela ideia de ganhar almas para Cristo, seguindo as pegadas de S. Francisco Xavier, no roteiro da Índia.
No dia 25 de março de 1673 embarca como padre novo numa nau de velas como as asas do Anjo que nessa festa da Anunciação trouxe ao mundo a mensagem divina. Eram dezassete os denodados conquistadores, entre os quais se contava o Pe. João de Brito. Este, porém, receando ainda qualquer ardil inventado à última hora para o reter em terra, embarcou às ocultas, procurando que só se divulgasse esta notícia depois de as naus se fazerem ao largo.
A viagem levou seis meses durante os quais o Pe. João de Brito a todos instruía e confortava. Mal pôs o pé em terra, tratou logo o Pe. Brito de se dispor para a missão do Madurai à qual lhe tinha sido destinada. Começou a ensaiar o plano de vida que mais tarde havia de guardar quando missionário: não dormir em cama, não comer carne nem peixe, alimentar-se unicamente de legumes, ervas, frutas e leite.
Percebendo que a única forma de conquistar a classe mais alta, os brâmanes, era identificar-se com eles, o Pe. João de Brito começou a vestir-se como eles e a falar a sua língua. Em Moravá foi preso e maltratado. Depois de 11 dias foi solto, mas continuou proibido de pregar.
Mandado pelos superiores a Portugal, chegou a Lisboa a 8 de setembro de 1687 após 12 anos de ausência. Afastando-se do Madurai, parecia-lhe ficar mais longe do céu. Recusou ficar em Portugal como perceptor do príncipe e dos infantes filhos de D. Pedro II. Também recusou ser nomeado arcebispo. Apressou-se em partir de novo para a Índia onde chegou em novembro de 1690.
As causas da sua morte devem-se ao facto de um príncipe da casa real do Maravá querer conhecer a religião cristã, sendo-lhe enviado um catequista para tal. O príncipe, que entretanto adoeceu, não estava a conseguir melhorar com os cuidados médicos da corte, e resolveu invocar o Deus dos cristãos. Acompanhado pelo catequista, foi-lhe lido o Evangelho de São João. Esta situação terá sido a origem da sua cura.
O príncipe, sensibilizado pela forma como ficou curado, pediu para ser batizado pelo Pe. João de Brito. No entanto, havia o problema de ser polígamo e, de acordo com a lei da Igreja cristã, tal não era permitido. Informado, o príncipe aceitou ficar apenas com uma mulher, a primeira, não descurando as outras a quem prometeu que nada lhes faltaria, e foi batizado. Porém, a sua mulher mais nova não gostou de ser relevada para segundo plano, e foi queixar-se ao rei do Maravá, seu tio, e aos sacerdotes. Estes, que não gostavam do Padre, pediram ao rei que chamasse o príncipe que, entretanto, se tinha convertido à religião cristã. Ao saber disto, o rei ficou furioso, mandou destruir tudo o que fosse dos cristãos, e enviou soldados para prender o Pe. João de Brito.
A 8 de janeiro de 1693, João de Brito foi preso e espancado, juntamente com um jovem e um brâmane cristão. Seguidamente, atado a um cavalo, depois de percorrer um longo caminho a pé, e de ser insultado pelo povo, chegaram à capital a 11 de Janeiro e foram colocados numa prisão. O príncipe tentou interceder a favor deles, mas não o conseguiu. Foi levado para Oriur, onde chegou no dia 31 de Janeiro.
Finalmente, a 4 de fevereiro, que caiu em quarta-feira de cinzas, chegou a hora de, em vez das cinzas da humilhação e penitência, receber a palma gloriosa, pois o rei mandou executá-lo, por decapitação e, posteriormente, desmembrado.
Um Padre da Companhia que o conheceu deixou o seu perfil assim traçado: O modo de falar era simples, o trato extraordinariamente afável, a sua amizade cordial e cativante. A sua virtude não tinha nada de triste, mas atraia pela suavidade. Já então pressentíamos que ele seria um dia contado no número dos santos.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Apresentação do Senhor





















Festa da Apresentação do Menino Jesus no Templo:
A propósito da apresentação de um homem a Deus,
podemos contemplar a apresentação de Deus ao homem.

Senhora das Candeias, da Candelária ou da Estrela:
Como a Virgem Maria levou em seus braços Jesus, verdadeira Luz…
Assim também trazemos nas mãos uma luz que brilha diante de todos, para nos lembrar que caminhamos ao encontro daquele que é a verdadeira luz.

Dia dos Consagrados:
As pessoas consagradas são a voz dos que não rezam.
Rezam por todos com os seus lábios e com a entrega das suas vidas.
No meio deste mundo tão frio os consagrados são a chama que aquece.
Neste ambiente sombrio são a luz que ilumina e esclarece.





quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Fevereiro


- Qual é o mês mais curto?
- Fevereiro!
- Negativo. Fevereiro é antes o mês mais longo.
- Como assim?! Estás a delirar.
- Fevereiro é o mês mais comprido, pois tem 9 letras. Já agora descobre tu o mês mais curto, ou seja, aquele que tem menos letras.

Isto quer dizer que há vários pontos de vista e todos eles são válidos.
Fevereiro tanto pode ser considerado o mês mais curto como o mais longo. Depende do ponto de vista. Se considerarmos o número de dias é o mais curto.
Mas se considerarmos o número de letras, é o mês mais longo, pelo menos em português. Mas se for em inglês, francês, alemão, espanhol ou italiano o mês mais longo passa a ser setembro.

Assim é como tudo na nossa vida. Tudo é verdadeiro consoante um determinado ponto de vista.