terça-feira, 31 de outubro de 2017

Tão próximos e tão diferentes













Halloween e Todos os Santos
Duas festas tão próximas e tão diferentes


       Trick or treat           Trick or truth

HALLOWEEN
TODOS OS SANTOS
31 de outubro
1 de novembro
Noite
Dia
Trevas
Luz
Festa pagã
Festa Cristã
Evocar os mortos
Evocar os Santos
Acalmar os espíritos
Louvar os Santos
Fugir dos mortos
Seguir o exemplo dos Santos
Exterior
Interior
Bailar
Exultar
Medo, traquinices e ameaças
Comunhão, amor e alegria
Festa do negativo
Festa do positivo
Sustos
Caridade
Só divertimento
Sobretudo edificação
Guloseimas conquistadas
Pão por Deus partilhado
Simular
Copiar
Fazer de conta
Ser realmente
Bruxas
Bem-aventurados
Negócio
Espiritualidade
Comércio
Devoção

O melhor seria celebrar uma festa sem esquecer a outra festa,
colocando tanto empenho numa como na outra data.
dando tempo, oportunidade e disposição tanto a uma como para à outra celebração.



Grelha inspirada em texto informativo da Conferência Episcopal Francesa 2017 
Fonte da foto.https://gloria.tv/David85

sábado, 28 de outubro de 2017

Imagem e semelhança


Festa de São Judas Tadeu e São Simão





















Não basta ser imagem, é preciso ter semelhança.

Dizem que Judas Tadeu era primo de Jesus e que tinha uma fisionomia muito semelhante à dele.
Alguns ícones apresentam o apóstolo trazendo ao peito uma medalha com a figura de Jesus Cristo com os traços fisionómicos semelhantes aos seus. Eram parecidos porque da mesma família. Mas acho que Judas é que era parecido com Jesus…




















Já que Judas Tadeu foi muito parecido com Jesus até mesmo fisicamente, que ele nos ajude a ter um coração semelhante ao de Jesus.

Todos nós somos imagem e semelhança de Deus.
Não basta ser imagem de Jesus.
É preciso também ser à sua semelhança, isto é, viver como ele.





Dois amores

Ano A - XXX domingo comum

Qual é o primeiro mandamento da Lei de Deus?
Pedem a Jesus que diga o primeiro e ele responde que há dois, não basta um.
São dois amores.
São consubstanciais. Há uma tríplice identificação: Eu, Deus e o próximo.
O amor é um (um só coração), o objeto do amor é dois (Deus e o próximo).

















Não basta amar a Deus, é preciso amá-lo com todo o coração.
Não basta amar o próximo, é preciso amá-lo como a mim mesmo.
Mas o próximo não é só uma imagem de mim mesmo.
Quando amo o próximo não me vejo a mim mesmo.
Ele é como eu, mas não é eu.
Devo amar o próximo como a mim mesmo, mas não me posso esquecer que ele é outro.

Eu, Deus e o próximo, somos um, somos nós!



quinta-feira, 26 de outubro de 2017

De Cisão


5ª feira - XXIX semana comum

Do Evangelho de hoje:
Eu vim trazer a divisão. A partir de agora, estarão cinco divididos numa casa: três contra dois e dois contra três. Estarão divididos o pai contra o filho e o filho contra o pai, a mãe contra a filha e a filha contra a mãe, a sogra contra a nora e a nora contra a sogra.

Jesus veio trazer a divisão.
Diante Dele nós temos de tomar uma decisão, temos de optar por Ele ou não.
Quem se decide por uma coisa, está a separar-se de tantas outras coisas.
Qualquer decisão é sempre uma renúncia, um corte, uma separação ou uma divisão.

De Cisão
Do Latim DECIDERE, “determinar, definir, decidir”, formado por DE-, “fora”, + -CAEDERE, “cortar” ou “separar”. Uma decisão implica em cortar fora uma das possibilidades.

Assim a nossa vida é feita de decisões. Todos os dias, o dia todo, temos que tomar pequenas e grandes decisões sobre a nossa vida – a que horas acordar, que roupa vestir, no que pensar, o que fazer primeiro… São centenas de decisões que tomamos, incluindo as que não tomamos, pois não fazer nada também é uma decisão. Decidir-se é dar prioridade a alguma coisa.
Decidir-se exige coragem para perder algo, para deixar algo de fora.

Decidir-se por Jesus é coloca-lo em primeiro lugar, é cortar, é renunciar… é separar-se para depois se unir com Ele e por Ele.

Quem diz SIM a Deus está a dizer NÃO a muita coisa.


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Ação e oração


3ª feira - XIX semana comum

Tende os rins cingidos e as lâmpadas acesas, isto é, 
tende as mangas arregaçadas e os olhos abertos.























- Rins cingidos, isto é, preparados para andar, para partir, para trabalhar… porque punham um cinto à cintura para que a túnica não dificultasse o andamento ou o trabalho. É o mesmo que arregaçar as mangas (prontos para a ação).

- Lâmpadas acesas, isto é, despertos, prontos para ver ou contemplar. Compromete-te a fazer durante a noite várias orações, porque a oração é a luz da tua alma. A noite na vida espiritual, pode querer dizer muita coisa: ama a oração contínua para que o teu coração seja iluminado. É o mesmo que abrir os olhos (prontos para a oração).






















sexta-feira, 20 de outubro de 2017

A multidão e o temor


6ª feira - XXVIII semana comum

As multidões afluíam a Jesus a ponto de se atropelarem…

+ Jesus adverte 
- Não vos impressioneis com a multidão… isto não é fácil… porque virão perseguições… procurarão tirar-vos a vida
- Não leveis a sério a multidão pois se eles se atropelam uns aos outros quer dizer que não são assim tão bons ou tão favoráveis uns aos outros

+ Jesus aconselha
- Não temais porque Deus vela por vós
  Valemos mais do que 2 passarinhos
  Até o cabelo da nossa cabeça está todo contado… (se o cabelo que não é importante, pois se o fosse Deus teria posto por dentro e não por fora da cabeça) apesar de não ser assim tão importante, Deus vela por ele…
- Não temais – 365 vezes, uma vez para cada dia do ano, aparece esta expressão na Bíblia...
  O temor paralisa os membros
  Afeta a visão, os olhos
  Obstroi o coração



terça-feira, 17 de outubro de 2017

Igreja Católica


Memória de Santo Inácio de Antioquia
Bispo e mártir, + 107, devorado pelas feras no Coliseu de Roma.
























Todos sabemos que foi em Antioquia que, pela primeira vez, se deu aos discípulos o nome de Cristãos.
Até então aos discípulos de Jesus chamavam santos, isto é, os discípulos passaram de santos a cristãos para que hoje passemos de cristãos a santos.

Mas foi também em Antioquia que pela primeira vez se chamou CATÓLICA à Igreja.
Ao bispo de Antioquia, Inácio, é devida a honra de ter dado à Santa Igreja, pela primeira vez, o glorioso título de Católica:
"Onde estiver o bispo, ali estarão também as multidões, da mesma forma que onde estiver Jesus Cristo, ali estará a Igreja Católica, isto é, a Igreja Universal", assim escreveu numa das suas sete cartas pastorais.
E este título não tinha o objetivo de distinguir ou separar a Igreja Católica da Ortodoxa, ou da Protestante, mas apenas a necessidade de reafirmar solenemente a sua verdadeira dimensão.
Deve-se, portanto, ao santo de hoje, Santo Inácio de Antioquia, esse mérito de, com toda a propriedade, chamar Católica à Igreja.

Somos uma Igreja Católica, somos universais,
porque Cristo é universal, é católico.




domingo, 15 de outubro de 2017

Dom e conquista

Ano A - XXVIII domingo comum

Dom e conquista resumem as duas parábolas contíguas ou as duas parte da mesma parábola do Evangelho deste domingo.

DOM
O convite (para o banquete ou encontro) é dom, graça, gratuitidade de Deus. Chamou a todos, os de perto e os de longe… Uns não aceitaram porque não estavam dispostos à novidade, pois queriam fazer o que faziam sempre (trabalho, negócio…) Só quem está aberto à novidade é que recebe o convite, só quem quer mudar…
É um convite e não uma imposição.
É para uma festa, banquete festivo e não para uma lamentação ou uma ‘seca’.
É uma oportunidade… Tal como o pai lembra ao filho que espera dele uma visita… Não é obrigado a visitar, mas uma necessidade… uma oportunidade.

CONQUISTA

Mas é também conquista: segunda parábola, ou segunda parte da parábola: veste nupcial… é preciso preparar-se. Não basta querer aceitar o convite, é preciso querer mudar… revestir-se de Cristo. É preciso lutar, ‘vestir a camisola’.




Santo açoriano
























O primeiro santo nascido nos Açores

Neste dia 15 de outubro o Papa Francisco canonizou o Pe. Ambrósio Francisco Ferro, missionário no Brasil, martirizado juntamente com outros colegas e paroquianos a 3 de outubro de 1645. Faz parte dos 30 protomártires do Brasil que foram mortos no território de Natal, então sob jurisdição portuguesa.
Não sabemos outros dados da origem deste santo. Era natural da Ilha Terceira e tinha uma irmã, conhecida como a açoriana, D. Inês Duarte, casada com António Vilela Cid, espanhol, também martirizado na mesma altura.
O Pe. Ambrósio era vigário do Rio Grande e foi levado com outros sacerdotes e fiéis para Uruaçu onde soldados holandeses e cerca de duzentos índios, cheios de aversão aos católicos, os torturaram e assassinaram.
A evangelização no Rio Grande do Norte (Brasil) foi iniciada em 1597 por missionários jesuítas e sacerdotes diocesanos, originários de Portugal. Nas décadas seguintes, a chegada dos holandeses, de religião calvinista, provocou a restrição da liberdade de culto para os católicos, contexto em que se verificou o martírio destes santos.
Foram beatificados por João Paulo II, no Vaticano, a 5 de março de 2000, que os apresentou como “as primícias do trabalho missionário, os protomártires do Brasil”.
É também natural dos Açores (Angra) o missionário jesuíta João Baptista Machado, martirizado em 1617 no Japão e beatificado há 150 anos.























Isto quer dizer que esta terra é sementeira de santos. Aqui nasceram e foram dar fruto em terras longínquas.
Esta terra não é fértil apenas em ciclones, anticiclones ou furacões. Não dá apenas bom inhame, ananases, vacas e bons queijos... Esta terra é fértil também em santos, em missionários e em testemunhas de Cristo.
Estes santos pertencem à nossa raça para nos lembrar que nós pertencemos à raça dos santos.








sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Centenário de Fátima




















A Despedida de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

Primeiro escrito da vidente Lúcia sobre as aparições, feito a pedido do seu confessor, no Asilo de Vilar, Pe. Manuel Pereira Lopes. Publ.: DCF, III-3 - Doc. 685, 05/01/1022

A Sexta aparição, 13 de outubro de 1917
Como todos os outros meses dirigimo-nos ao pé da carrasqueira para vermos a Senhora. Deu um relâmpago e apareceu a Senhora.
- O que é que vossemecê me quer hoje?
- Quero-te dizer que não ofendam mais a Deus Nosso Senhor porque já está muito ofendido e que continuem a rezar o terço todos os dias e quero que façam aqui uma Capelinha à Senhora do Rosário.
- Então como é que vossemecê se chama?
- Eu sou a Senhora do Rosário.
Agora eu compreendi que ela disse assim: “Quando Eu chegar ao céu a guerra acaba hoje”. Mas a minha prima Jacinta disse que ela tinha dito deste modo. “Se o povo se emendar, a guerra acaba hoje. Por isto não posso afirmar de qual foi o modo que ela pronunciou estas palavras.
- Quero-lhe pedir por aquelas pessoas que me pediram para a Senhora as curar, umas coxas, outras cegas outras mudas, outras doentes.
- Umas curo outras não.
E nisto subiu para o lado do nascente como todos os outros meses; indo a tal altura que o azul do céu e as nuvens não nos deixaram ver mais. Tendo-se escondido, olhámos para o sol e vimos ao lado direito do sol um homem da cinta para cima, com um menino ao colo fazendo cruzes † com a mão direita; e na outra tinha um menino vestidinho de branco, tinham em volta um grande resplendor que nos não deixava olhar à nossa vontade. Ao lado esquerdo, Nossa Senhora tal qual tinha descido à azinheira. Acabando de fazer as cruzes Santo José com o Menino e Nossa Senhora desapareceram. Logo em seguida apareceu ao lado direito do sol Nosso Senhor vendo só da cinta para cima, tinha o vestido vermelho. Do outro lado Nossa Senhora das Dores com um manto roxo; e sempre cobertos com o resplendor que parecia cegar-nos; com isto desapareceram e nunca mais vi nada até hoje. O vestido de Nossa Senhora era destas cores: o vestido era todo branco; tinha duas estrelas da cinta para baixo, uma na direção da outra; ao pescoço um cordão com uma bola chegava até à cinta; as mãos postas, e delas caíam umas contas não sei se era Rosário se era Terço branco com um crucifixo, também branco. O manto cobria-lhe a cabeça até ao fim do vestido. Tinha uma beirinha doirada; os pés não sei se tinham meias se vinham descalços, porque eu não lhe diferenciava os dedos, era por causa da luz que não me deixava fiá-los, tudo em volta dela era uma luz tão brilhante e tão forte…


O milagre do sol

Carta do Pe. Manuel Pereira da Silva1, pároco de Monte Redondo, ao Pe. António Pereira de Almeida, então na paróquia de Mata Mourisca, concelho de Pombal, sobre a aparição do dia 13 de outubro de 1917. Publ.: DCF, III-1 - Doc. 55

Meu caro
O prometido é devido. Escrevo-lhe de Monte Redondo às 9 e ½ da noite de 13 do corrente. Nossa Senhora fez-me a vontade. Dignou-se dar sinal evidente da sua aparição às pequenas da Fátima.
Ao meio dia estavam na Fátima mais de noventa automóveis, uma infinidade de carros de todos os tamanhos, formas e feitios, e uma multidão enorme de pessoas. Tudo molhadinho, encharcado, a escorrer, mas alegre. Cerca do meio dia vieram as pequenas ao local e começaram, como de costume, rezando o terço. Acabado ele, perguntaram os pequenos a Nossa Senhora do Rosário se dava o tal sinal prometido. Imediatamente apareceu o sol com a circunferência bem definida. Aproxima-se como que até à altura das nuvens e começa girando sobre si mesmo vertiginosamente como uma roda de fogo preso, com algumas intermitências, durante mais de oito minutos. Ficou tudo quase escuro e as feições de cada um eram amareladas. Tudo ajoelhou mesmo na lama. Em todo o tempo, aqui e além, cantava-se, rezava-se, etc. Tudo saiu satisfeito. As pequenas disseram que apareceu Nossa Senhora do Rosário. Depois apareceu (quando o sol deu sinal) S. José. As pequenas disseram que este dissera que hoje, ou breve, seria arvorada a bandeira da paz; que rezassem o terço que em breve cá teriam as nossas tropas; que fizessem penitência, que mudassem de vida, de contrário se acabaria o mundo…