quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Sempre alerta
























5ª feira – XXI semana comum

Vigiai…

Podemos resumir o evangelho de hoje numa frase que o Escotismo adotou como seu lema:
Sempre alerta… para servir!

Sempre alerta para fazer o bem.
Sempre alerta para ser útil.
Sempre alerta não para vigiar a vida dos outros
mas para estar atento às necessidades dos irmãos. 

Sempre alerta para servir e glorificar a Deus.





quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Entre trabalhos e canseiras

4ª feira – XXI semana comum

1ª leitura
O único lugar onde o sucesso ou o êxito vem antes do trabalho é no dicionário.
De resto para haver sucesso ou êxito, para singrar na vida é preciso trabalhar.
São Paulo lembra os trabalhos e canseiras dos evangelizadores. Foi preciso trabalhar noite e dia para pregar o Evangelho…
Sem esforço, sem sacrifícios, trabalhos e canseiras não conseguimos nada de nós mesmos nem dos outros.

Evangelho
O único lugar onde pode haver sepulcros caiados de branco é no cemitério.
Cemitérios, etimologicamente, é o lugar de repouso.
A nossa vida não pode ser um lugar de repouso, um cemitério.
Podemos fingir para os outros, mostrando por fora o que não somos interiormente.
Podemos viver iludidos connosco mesmo, mostrando apenas as aparências.
Mas não vale a pena enganar a Deus. 
Tudo isto é trabalho inútil.
Ele conhece-nos por fora e por dentro:
“Senhor, vós conheceis o íntimo do meu coração.”

Em vez de termos o trabalho de fingir ou de caiar, esforcemo-nos para melhorar o nosso interior e alcançar a integridade de vida.




sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Inseparáveis


6ª feira - XX semana comum


O amor a Deus e ao próximo são inseparáveis.
São duas faces da mesma medalha.


quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Sempre encontrando...


4ª feira – XX semana comum













“Ide vós também para a minha vinha” (Mt 20, 7) numa ilustração de René de Cramer.

“O reino dos Céus pode comparar-se a um proprietário que saiu ao encontro de trabalhadores para a sua vinha…”

Tudo na nossa vida começa por um encontro.
São os encontros que definem cada momento, fase ou etapa da nossa vida.

Podemos repartir estas diferentes horas do dia pelas idades da vida de cada homem:
(Muito cedo) – A madrugada é a infância da nossa inteligência.
(Meia manhã) – A terceira hora poderá corresponder à adolescência, pois o sol começa já, por assim dizer, a tomar altura; é quando os ardores da juventude começam a aquecer.
(Meio dia) – A sexta hora é a da maturidade: o sol como que estabelece nesse momento o seu ponto de equilíbrio, pois o homem está na plenitude da sua força.
(Três horas da tarde) – A nona hora designa a velhice, quando o sol desce de alguma forma do alto do céu, porque os ardores da idade madura arrefecem nesse tempo.
(Cair de tarde) – Enfim, a décima primeira hora é aquela idade a que chamamos a velhice avançada.
(Anoitecer) – Altura de pôr em dia as contas da sua vida. 

Assim uns deixam-se encontrar por Deus logo na infância, outros durante a adolescência, aqueloutros na idade madura, aqueles na velhice, outros ainda em idade muito avançada… mas todos comparecerão junto Dele na avaliação final.

(Adaptado de São Gregório Magno, 540-604, papa, doutor da Igreja, Homilias sobre o evangelho, n.º 19)




terça-feira, 15 de agosto de 2017

O mistério da Assunção






















A Virgem Maria foi neste dia da Assunção para junto do seu Filho Jesus para que nós seus filhos procuremos estar junto da nossa Mãe.
Ela ficou junto Dele para nós estarmos junto dela.
O nosso destino é o mesmo de Jesus e de Maria: o céu.












Hoje celebrei a missa com paramento azul (casula e estola).
Perguntei ao sacristão porque é que o azul era a cor mariana (da festa de Nossa Senhora).
- Por que é a cor do céu… – respondeu prontamente.
- Não será por ser a cor do mar? Maria vem da palavra MAR – gracejei.
Mas fiquei a pensar que o azul está associado a Nossa Senhora, Mãe de Jesus, porque ela está onde está o céu, e onde ela está está o céu. Ela está no céu, e o céu está nela.



sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Testamento executado
























Discípulo e apóstolo do Coração de Jesus

O Pe. Dehon escreveu o seu Testamento Espiritual “nos tristes dias da guerra de 1914 , no qual deixava aos seus confrades "o mais maravilhoso dos tesouros: O Coração de Jesus".
A 8 de dezembro de 1924 escreveu o seu último testamento, designou o seu testamenteiro, expressou as suas derradeiras vontades. Terminava esse texto dizendo que queria "morrer como discípulo e apóstolo do Coração de Jesus".

A 12 de agosto de 1925 cumpriu esse desiderato, realizou o seu testamento, pois ao falecer apontou para a imagem do Coração de Jesus dizendo: 
"Para Ele vivi, para Ele morro!"










O Tesouro ou o Testamento que nos deixou ao morrer foi o Coração de Jesus. Cuidemos bem desse Património ou dessa Herança que nos coube.
O Pe. Dehon quis morrer como discípulo e apóstolo do Coração de Jesus para que os seus herdeiros vivessem sempre como discípulos e apóstolos do mesmo Coração.










Clara de Assis















Clara terá nascido em 1193 em Assis e cedo mostrou vocação religiosa. Em 1211 deixou a casa paterna, desfez-se dos seus bens a favor dos pobres e foi recebida por S. Francisco em Porciúncula, que lhe terá cortado os cabelos e ungido a corda de franciscana.
Viveu santamente em clausura no Convento de S. Damião, juntamente com a sua irmã Inês e outras religiosas.
Sendo um dia o seu convento assediado por muçulmanos, terá bastado a Clara de Assis mostrar-lhes uma custódia com o Santíssimo Sacramento para os pôr em fuga.
Faleceu em 1243.
Iconograficamente, é representada quer jovem quer idosa. Veste o hábito franciscano. Os seus atributos são uma custódia com que afastou os muçulmanos, uma cruz com um ramo de oliveira (alusão ao seu amor pelo crucifixo) uma flor-de-lis e um báculo de abadessa. Como padroeira dos cegos, pode ter também uma lanterna ou uma lamparina antiga. É também padroeira da Televisão por ter acompanhado desde a sua cela de enferma a celebração da missa na capela do mosteiro para além de ter visto o túmulo de Francisco de Assis sem ter viajado até lá.

A Sagrada Eucaristia pode ser ainda hoje a nossa defesa, a nossa proteção e auxílio na adversidade.



quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Nagasaki




















Neste dia 9 de agosto, em 1945, foi lançada sobre a cidade de Nagasaki uma bomba atómica que destruiu grande parte da cidade e vitimou cerca de 80.000 habitantes.








Que esta evocação seja uma oportunidade para rezar pela paz da humanidade e em toda a criação. Ámen.




















Santa do dia


De judia a católica
De filósofa a carmelita
De mártir a padroeira






















Faz hoje 75 anos que foi martirizada a carmelita Teresa Benedita da Cruz nas câmaras de gás de Auschwitz.
Canonizada em 1998, foi declarada no ano seguinte Co-padroeira de Europa.

Ela foi judia por nascimento
Ateia por convicção
Filósofa por profissão
Católica por conversão
Carmelita por vocação
Mártir por perseguição
Santa por dedicação
Padroeira por intercessão

Ao ser presa saudou os agentes nazis dizendo:
- Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo…
Para que nós possamos completar hoje dizendo:
- Para sempre seja louvado e a sua Mãe Maria Santíssima.




segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Não só da palavra...



2ª feira - XVIII semana comum

O primeiro dever de um pai é proporcionar pão para os seus filhos.
E quem dá pão dá o ensino, diz a sabedoria popular.
Jesus ensina as multidões e providencia também o pão para o corpo.
Ele apresenta-se como um verdadeiro pai das multidões…

Não só da palavra vive o homem mas também do pão e de tanta atenção.



















A nossa colaboração consiste em partilhar o pouco que temos
- Temos aqui 5 pães e 2 pequenos peixes… uma insignificância para tanta gente!

Santa Teresa de Calcutá dizia que às vezes podemos ter a sensação de que aquilo que damos é apenas uma gota de água, um grão de trigo, uma ninharia…
Mas Deus pode fazer muito com o pouco que partilhamos.
De facto, o mar seria menor se lhe faltasse uma única gota de água.








sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Patrono dos párocos


Santo Cura de Ars, patrono e modelo dos párocos.
























Se todos os pregadores fossem como o Cura de Ars, o mundo estaria diferente.

- Por que o mundo não é como deveria ser?
- Porque os pregadores não pregam o que deveriam pregar.

- E por que não pregam o que deveriam pregar?
- Porque não são o que deveriam ser.

- E porque não são o que deveriam ser?
- Porque em vez de influenciar ou mudar o mundo, são influenciados e mudados pelo mundo.

- E porque são influenciados pelo mundo?
- Porque agem sozinhos em vez de estarem unidos a Deus.

- E porque não estão unidos a Deus?
- Porque pensam que são fortes e poderosos.

- E porque não são humildes e simples?
- Porque é fraca a sua fé.

- E porque não é maior a sua fé?
- Porque não são diferentes do mundo.

- E porque é que o mundo é assim?
- Porque os pregadores não são como o Cura de Ars, pois se o fossem o mundo seria diferente.

- E porque é que o mundo não é como deveria ser?
- Porque os pregadores não pregam o que deveriam pregar.

… como era no princípio, agora e sempre…



quarta-feira, 2 de agosto de 2017

Pérolas preciosas

4ª feira - XVII semana comum

"Um mercador que negociava e tratava em pérolas, achando uma, deu tudo quanto tinha e comprou-a. 
Quem é o mercador, qual é a pérola e que é o tudo que deu por ela?
O mercador é Cristo, a pérola é a alma, o tudo o que deu por ela, é tudo o que Deus tinha, e tudo o que era. Deu-se na Encarnação, deu-se no Sacramento, deu-se na Cruz, dá-se na glória."  (Sermão do Pe. António Vieira, 1655)

Foto - Pérolas de grande valor, in gloria.tv/LawrenceOP-Fan














As ostras perlíferas são bivalves capazes de produzir pérolas valiosas.
A formação de uma pérola inicia-se quando algum corpo estranho, como um grão de areia ou um parasita, entra no espaço entre a concha e o manto. Então este segrega sucessivas camadas de nácar (madrepérola, material orgânico presente na superfície interna da concha, usada para fazer botões) para cobrir e isolar o invasor. Trata-se portanto de um mecanismo de defesa. Passado algum tempo, (dependendo da ostra e do tamanho do agente causador da dor), essas camadas sobrepostas dão origem à pérola.
Se não há dor e sofrimento, não há pérola. O ato criador, seja na ciência, seja na arte ou na religião, nasce sempre de uma dor. É um ato criaDOR.
Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas.
O mesmo pode acontecer connosco, quando nos sentimos feridos pelas palavras duras de alguém, quando acusados injustamente, quando as nossas ideias são simplesmente ignoradas ou ridicularizadas, quando somos alvo de preconceito ou de indiferença… É altura de cobrir as nossas mágoas com várias camadas de amor e produzir pérolas valiosas que o entendido na matéria procura. 
Jesus é esse negociante de pérolas que se formam no nosso coração. Só Ele reconhece o nosso valor...