domingo, 31 de julho de 2016

Dehon em Portugal (8)


Onde celebrou missa em Portugal

Em Lisboa em 1900

“Eu celebrava a missa todas as manhãs na casa dos Dominicanos irlandeses na igreja do Corpo Santo (em Lisboa).” (cf. Para além dos Pirenéus)















Igreja do Corpo Santo,em Lisboa, no início do século XX

Fica perto do Hotel Central onde estava hospedado.
O Convento de Nossa Senhora do Rosário e a sua Igreja do Corpo Santo encontram-se precisamente no Largo do mesmo nome, junto ao Cais de Sodré. Foi no século XVI que os Dominicanos irlandeses sob a liderança do Pe. Dominic O’Daly O.P. fundaram em Lisboa um colégio e uma igreja, cuja finalidade era a de receber e formar jovens irlandeses que queriam ser ordenados sacerdotes, o que era impossível no seu país. Após a sua ordenação voltavam para a Irlanda clandestinamente. Nessa altura o seminário era conhecido como o Seminário dos Mártires porque muitos dos padres ordenados em Portugal vieram a enfrentar o martírio na Irlanda.
Em 1989 os irlandeses foram residir para S. Pedro do Estoril deixando este convento e igreja à comunidade Dominicana Portuguesa, que têm aqui a sua administração provincial.

Em Lisboa em 1906

“Desembarcamos em Lisboa. Vou rever a venerável catedral… Gosto também de rezar no devoto santuário que foi edificado no local da casa onde nasceu Santo António de Pádua.”  (cf. Mil léguas na América do Sul)

Não sabemos se, neste dia 3 de setembro de 1906, celebrou a missa aí em Santo António, pois diz simplesmente que foi rezar…
Poderia ter sido na Igreja do Corpo Santo, já conhecida de anterior visita, pois o almoço foi no Hotel de Paris no Largo do Corpo Santo, mesmo ao lado dessa igreja.

Em Lisboa em 1907

“Foi nesta rua (do Arsenal) que me hospedei, na Pensão da Europa. Foi lá que celebrei a Missa, no Corpo Santo, perto dos Dominicanos.” (cf. Mil léguas na América do Sul).

A igreja do Corpo Santo era já conhecida, pois nas duas primeiras vezes que esteve em Lisboa, havia celebrado lá. Em todo o caso pode ser que o Pe. Dehon, neste relato esteja apenas (daí a confusão) a lembrar de cor o que aconteceu no ano anterior: que já tinha estado hospedado na pensão Paris (?) ou Europa (?). Parece-me mais evidente que se refira à terceira visita.





















Interior da Igreja do Corpo Santo, em Lisboa no início do século XX

Em Coimbra em 1900

“Há estudantes excelentes, eu vi alguns comungar piedosamente na catedral - uma pequena congregação.” (cf. Para além dos Pirenéus)

“Eu voltei de manhã lá acima para celebrar a missa no altar da Rainha Santa. Depois partimos para o Porto…” (cf. Para além dos Pirenéus)

O Pe. Dehon visitou Coimbra a 1 de Abri, que era domingo. Visitou e provavelmente celebrou na Sé Nova, e por isso observou a devoção de alguns estudantes na comunhão.

No dia seguinte, segunda-feira de manhã, foi celebrar junto ao túmulo da Rainha Santa Isabel no Convento Novo de Santa Clara.

No Porto em 1900

“Eu fui celebrar a missa de manhã aos Padres do Espírito Santo. Eles têm um colégio no ato da cidade Possuem belas obras em Portugal, em Lisboa, Sintra, Braga. Serão tolerados devido aos serviços que eles prestam na colónia de Angola.” (cf. Para além dos Pirenéus)

Tendo chegado na noite do dia 2, celebrou na manhã do dia seguinte, terça-feira.
Parece ser a Capela do Colégio Santa Maria, fundado pelos Padres Espiritanos em 1887 em plena cidade do Porto. Ainda existe, embora já não com a tutela dos Espiritanos.

O Pe. Dehon mostra-se à vontade, pois estava entre uma congregação de origem francesa.

sábado, 30 de julho de 2016

Dehon em Portugal (7)


Hospedado em Lisboa pela última vez

“No dia 9 escalamos em Lisboa. Passo algumas horas em terra e revejo Lisboa pela terceira vez… Foi na Rua do Arsenal que me hospedei, na pensão da Europa.” (cf. Mil léguas na América do Sul)















Rua do Arsenal, em 1900

O Pe. Dehon chegou a Lisboa em janeiro de 1907, regressando do Brasil a caminho da França. Diz que ficou apenas algumas horas, mas diz também que se hospedou na Pensão da Europa, o que indicia que afinal pernoitou em terra. Ou então é apenas a lembrança do que acontecera alguns anos antes.
A Pensão da Europa situa-se na Rua do Arsenal, perto da Capela do Corpo Santo, dos Dominicanos, onde celebrou a missa.





Dehon em Portugal (6)


Hospedado de novo em Lisboa

Desembarcamos em Lisboa. Vou rever a venerável catedral... Vou rezar no devoto santuário de Santo António…  Uma volta de trem permite-nos admirara praça do Rossio… e o museu do Carmo. Almoçamos no Hotel de Paris e depois temos que partir.” (cf. Mil léguas na América do Sul)








Publicidade do hotel nos primeiros anos da república

O Pe. Dehon, em escala da viagem para o Brasil, chega a Lisboa no dia 3 de setembro de 1906.
O almoço foi no Grande Hotel de Paris, no Largo do Corpo Santo nº 6, na Baixa Lisboeta. Pertence à mesma empresa do Hotel do mesmo nome do Porto, onde se hospedou o Pe. Dehon em 1900 nessa cidade do norte.



sexta-feira, 29 de julho de 2016

Aprendensinar

Festa de Santa Marta, Maria e Lázaro, 
hospedeiros do Senhor

A 4ª Obra de Misericórdia consiste em acolher os peregrinos.
A festa de hoje vem lembrar-nos que todos devemos fazê-lo uns aos outros.

Marta e Maria acolhiam Jesus Peregrino e os seus discípulos, e cada uma acolhia-os de maneira diferente mas complementar.
Quem acolhe dá e recebe, aprende e ensina, serve e escuta.

O exemplo das duas irmãs lembra-nos esta dupla realidade:
Quando nós acolhemos nós ajudamos e somos ajudados,
Nós damos e recebemos
Nós falamos e escutamos
Nós ensinamos e aprendemos

Aprendensinar é a capacidade que temos em aprender ensinando e ensinar aprendendo.



Dehon em Portugal (5)


Hospedado no Porto

Chegámos à noite (ao Porto) e descemos por engano numa estação de subúrbios. Depois de um pouco de confusão e de fadiga, encontrámos uma boa hospitalidade no Hotel de Paris, cujos proprietários são franceses.” (cf. Para além dos Pirenéus)





















O Pe. Dehon deve ter chegado ao Porto na noite do dia 2 de abril de 1900, segunda-feira e partiu de lá para a Badajoz no fim da tarde do dia 3, terça-feira.

Ficou alojado no Grande Hotel de Paris situado na Rua da Fábrica 27-29, próximo da Estação Ferroviária de São Bento, da Igreja e da Torre dos Clérigos.
O Hotel foi inaugurado em 1877 e possui desde então um charme de uma longa e rica tradição. Era sucursal do Hotel de Paris em Lisboa.
Hospedaram-se neste hotel grandes personalidades: o Romancista Camilo Castelo Branco, a empresária de vinhos D. António “Ferreirinha”, o escritor Guerra Junqueiro, o Artista Rafael Bordalo Pinheiro e o escritor Eça de Queirós. Este viveu no hotel desde novembro de 1885 até fevereiro seguinte, data do seu casamento com Emília de Castro.



















(Cf. blog restos de colecção, fachada do hotel na primeira metade do século XX)

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Dehon em Portugal (4)


Hospedado em Coimbra

“Seguimos para Coimbra, a velha cidade universitária, onde nos alojámos no hotel de Bragança.” (cf. Para além dos Pirenéus)

O Pe. Dehon deve ter chegado a Coimbra ao cair da noite de sábado, 31 de março de 1900. Ficou em Coimbra até à tarde de segunda-feira, 2 de abril, partindo então para o Porto. Deve ter celebrado no domingo na Sé Nova e na segunda-feira em Santa Clara Nova. Depois seguiu para o Porto.
O Pe. Dehon ficou mal impressionado com a cidade de Coimbra: “Nenhuma outra cidade em toda a península nos pareceu tão atrasada e mal-educada. Suponho que nenhum estrangeiro a visite. Os estudantes e os habitantes olhavam-nos e seguiam-nos, como nós olhamos os chineses. Apesar disto, Coimbra é interessante de visitar.”














O Hotel de Bragança, situado no Largo das Ameias, número 10, junto à Estação de Comboio (Nova) na Baixa de Coimbra. Tinha um atraente espaço ajardinado na entrada do largo das Ameias.
O edifício foi demolido no final dos anos cinquenta do século XX e deu lugar ao atual edifício do mesmo hotel, de 3 estrelas.






Dehon em Portugal (3)


Hospedado em Alcobaça e Leiria

“Partimos para Alcobaça… Desta vez foi mesmo uma viagem portuguesa. Houve corridas em viaturas com pouca suspensão, noites de albergue e uma cozinha com azeite rançoso… Em Alcobaça uma pequena pensão rural deu-nos hospitalidade para a noite. Pela minha parte, tive um quarto com três camas. Gostaria mais que tivesse apenas uma e que parecesse menos uma prancha, para repousar das fadigas da viagem. Serviram-nos uma sopa de azeite, bacalhau e uma omelete intragável. Entretanto à nossa frente um viajante português ou um hóspede, que constituía connosco toda a clientela do hotel, devorou tudo como quatro pessoas e pareceu deliciar-se perfeitamente…. Reencontrámos a civilização em Leiria. Até havia lá um mordomo que falava francês.” (cf. Para além dos Pirenéus)

















O Pe. Dehon passa a noite de 30 de março numa pensão rural em Alcobaça experimentando uma cama dura e a cozinha portuguesa: sopa regada de azeite, bacalhau e omelete, porque era sexta-feira.
O dia seguinte, 31 de março passou a noite em Leiria também numa pensão mas urbana…onde o mordomo até falava francês.
Durante a sua estadia (1900) em Portugal, e mais tarde, nas suas escalas em Lisboa (1906 e 1907) o Pe. Dehon sempre foi servido por cozinha francesa, exceto em Alcobaça, não por opção mas por necessidade. De facto, nos outros lugares sempre foi alojado em hotéis internacionais e/ou restaurantes franceses. Em Alcobaça, numa pensão rural, teve de comer do que havia. Ainda por cima era sexta-feira, e de quaresma… não havia outras alternativas. Aliás, o próprio Pe. Dehon escreve que: “Alcobaça representa o espírito monástico de São Bernardo, a grandeza da simplicidade e a austeridade.”
Desta experiência parece ter gostado apenas do bacalhau, pois só comentou negativamente os outros manjares.
Depois do mau alojamento e do péssimo jantar em Alcobaça, ficou satisfeito por encontrar em Leiria um mordomo que até falava francês… era o regresso à civilização. Passou lá a noite, visitou a cidade e seguiu de comboio até Coimbra.

















quarta-feira, 27 de julho de 2016

Dehon em Portugal (2)


Hospedado em Lisboa

“Desembarcámos no dia 26 (de março de1900) em Lisboa e instalamo-nos no Hotel Central”. (cf. Para além dos Pirenéus)

A chegada parece ter sido no fim do dia 26 de março de 1900, segunda-feira, embora haja contradição, pois na narração diz que foi de manhã, mas no esquema anota que foi à noite.
Aqui ficaria instalado durante 3 dias, até 29, quarta-feira, indo então para Sintra e daí para o norte.
Ficava perto da casa dos Dominicanos Irlandeses e da Igreja do Corpo Santo onde o Pe. Dehon celebrou enquanto esteve em Lisboa.
















O Hotel Central situa-se na Praça do Duque da Terceira, entre a Avenida das Naus e a Rua do Arsenal, perto da estação Cais de Sodré.
Era um dos mais famosos de Lisboa oitocentista e dos alvores do século XX. Era recomendado aos visitantes estrangeiros como muito confortável, sendo o “serviço de primeira”.

Figuras ilustres foram hóspedes do Hotel Central:
- Júlio Verne, que jantou aí duas noites.
- Eça de Queirós, que foi hóspede assíduo e nos seus romances O Primo Basílio e Os Maias descreve várias cenas no hotel pois os seus protagonistas, respetivamente Basílio, Egas, Carlos e Eduarda frequentavam essas instalações.

O Hotel encerrou em 1919, foi restaurado ao estilo dos anos 20 e hoje é ocupado pela Agência de Viagens Abreu, por um balcão da CGD e por um restaurante irlandês.





















(Cf. blog monumentos desaparecidos) 

terça-feira, 26 de julho de 2016

Dehon em Portugal (1)


PELOS CAMINHOS DE PORTUGAL

Roteiro de uma visita














A - CALENDÁRIO
26 de março de 1900 – segunda-feira:
Vindo de Badajoz, depois de visitar Sevilha, o Pe. Dehon entra em Portugal por Elvas de comboio
Chega a Lisboa à noite
Aloja-se no Hotel Central, perto do Cais do Sodré
27 de março – terça-feira:
Sobe ao Castelo de São Jorge
Visita o Mosteiro São Vicente
Na descida visita a Sé
A igreja de Santo António
Pela Praça do Comércio
Passa pelo Rossio
Praça dos Restauradores,
Igreja de São Roque
Praça de Camões
Praça da Estrela com a sua Basílica
Palácio das Necessidades
E talvez o jardim botânico
28 de março- quarta-feira:
De vapor vai a Cacilhas
Sobe a Almada
Volta para Belém
Visita o Mosteiro dos Jerónimos e a sua igreja de Santa Maria
(celebra a missa todos os dias na casa dos Dominicanos Irlandeses na Igreja do Corpo Santo, perto do hotel)
29 de março- quinta-feira:
Parte de comboio para Sintra
Visita o Palácio Real da Vila
Sobe ao castelo dos Mouros na Serra de Sintra
Visita o Palácio da Pena
Visita a Quinta de Monserrate (a 8 km de Sintra)
Parte de Comboio na linha do Oeste até Valado (Valado dos Frades perto de Nazaré)
De ónibus até alcobaça
Pernoita numa pensão rural
30 de março – sexta-feira:
Visita a abadia de Alcobaça
Vai de ónibus (carripana) para a Batalha (15 km)
Visita o mosteiro da Batalha
Vai até Leiria onde pernoita (havia um mordomo que falava francês)
31 de março - sábado:
Parte de comboio da linha do Oeste para Coimbra
Aloja-se no hotel Bragança junto à estação de Coimbra
1 de abril – domingo:
Visita Mosteiro de Santa Cruz
Visita a Sé Velha e a Nova.
Visita a Universidade
Visita o Paço Episcopal (antigo Paço onde hoje está instalado o museu Machado de Castro)
Passa a ponte sobre o Mondego para visitar Quinta das Lágrimas
Visita o Antigo Mosteiro de Santa Clara e o novo que guarda o túmulo da Rainha Santa
Pernoita em Coimbra
2 de abril – segunda-feira:
Logo pela manhã vai celebrar missa ao Mosteiro Novo de Santa Clara no altar de Santa Isabel
Parte para o Porto no comboio direto da linha do Norte
Chega à noite e instala-se no Hotel de Paris (propriedade de franceses)
3 de abril – terça-feira
Visita a Sé
Visita a Igreja dos Clérigos
Visita o Palácio de Cristal
De comboio vai até São João da Foz
Passa pelo Porto de Leixões
Visita em Matosinhos a igreja do Bom Jesus
Parte de comboio internacional direto do Porto para Badajoz onde chega no dia 4 de abril





















B - PERCURSOS
De comboio internacional:
Vindo de Badajoz (depois de visitar Sevilha)
(Elvas)
(Portalegre)
(Abrantes)
(Entroncamento)
(Santarém)
(Vila Fanca de Xira)
Lisboa
De barco:
Cacilhas
Almada
Belém
De comboio Linha do Oeste:
De Lisboa para Sintra
Sintra
(Torres Vedras)
(Óbidos)
(Caldas da Rainha)
(São Martinho do Porto)
Valado dos Frades
De ónibus:
Do valado até Alcobaça
Alcobaça
Batalha
Leiria
De comboio da linha do Oeste:
De Leiria
(Alfarelos)
Coimbra
De comboio da linha do Norte direto para o Porto:
Coimbra
(Pampilhosa)
(Aveiro)
(Espinho)
(Gaia)
Porto
De comboio da Foz:
São João da Foz
Leixões
Matosinhos
De comboio internacional direto do Porto para Badajoz:
Porto
(Gaia)
(Espinho)
(Aveiro)
(Pampilhosa)
(Coimbra)
(Pombal)
(Entroncamento)
(Abrantes)
(Portalegre)
(Elvas)
Badajoz (a caminho de Toledo)















C - CITANDO O ORIGINAL
Mars – Avril – 1900 Espagne/Portugal
Je ne décrirai pas ici ce beau voyage qui dura près de deux mois, j’espère en donner la description dans la Revue. J’en indique seulement ici les dates.
4 mars – Paris – Barcelone.
5 – Barcelone.
6 – Montserrat (en excursion).
7 – Barcelone à Tarragone. Voyage de midi à 4 h. Visites matin et soir.
8 – Tarragone à Valencia.
9 – Valencia.
10 – Valencia à Alicante. 2 h.,40 soir à 10 h.,35.
11 – Alicante (visite) – Elche (visite).
12 – Elche – Murcia (visite) – Cordoue [Córdoba] (la nuit). 
13 – Cordoue.
14 – Cordoue – Grenade (Midi – 8 h.).
15-16 – Grenade.
17 – Grenade – Ronda (visite) – Gibraltar.
18-19: Gibraltar.
20 – Gibraltar – Tanger (visite).
21 – Tanger.
22 – Tanger – Cádiz – 11 h. – 4 h.
23 – Cádiz – Séville – 2 h., 50 – 7 h.
24-25 – Séville.
26 – Séville – Lisbonne (la nuit).
27-29 – Lisbonne et excursions.
30 – Alcobaça.
31 – Batalha.
1 avril – Coimbra.
2 – Porto et excursions.
3 – Coimbra à Badajoz.
4 – Badajoz – départ le soir.
5-6 – Tolède.
7-8 – Madrid (Les Rameaux).
9 – Escorial.
10 – Salamanque et Alba.
11 – Salamanque – Valladolid (visite) – Léon.
12 – Léon - départ le soir.
13 – Zamora (vendredi saint).
14 – Zamora – Compostelle – 8 h.,30 – 1 h.,20.
15 – Compostelle (Pâques).
16 – Compostelle 1 h.,40 soir – Palencia (la nuit).
17 – Palencia (visite) – Burgos (visite) 10 h. – 2 h.,30.
18 – Burgos – Pampelune [Pamplona].
19 – Pampelune – Saragosse [Zaragoza].
20 – Saragosse.
21 – Saragosse – Manresa (visite) – Barcelone.
22 – Barcelone.
23 – Barcelone – Narbonne (visite).
24 – Narbonne – Marseille.
25 – Marseille – Savona.
26 – Savona – Pisa.
27 – Pisa – Rome