quarta-feira, 22 de abril de 2015

Não mais ter fome

4ª Feira - III Semana da Páscoa

Quem vem a mim nunca mais terá fome, nem sede...

Porque Ele é o Pão que verdadeiramente sacia, só Ele nos pode satisfazer...
Porque quem está com quem ama, não sente fome, nem sede, nem cansaço...
Só a presença do amigo o satisfaz...

Por isso Jesus reparou que uma multidão o seguia durante três dias sem se lembrar que não tinha pão, nem fome nem sede, nem cansaço.

Se eu, na companhia de Jesus, sinto fome, sede e cansaço, quer isso dizer que não estou muito concentrado nele.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Derrubar os outros

2ª feira - III Semana da Páscoa

" Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes prodígios e milagres entre o povo..."


Por isso havia gente que não gostava dele, sentia inveja e queria derrubá-lo.
Já que não conseguia estar ao nível de Estêvão alguém procurava derrubá-lo para que Estêvão ficasse ao seu nível.

Que eu saiba resistir à tentação de baixar os outros para ficarmos juntos ao mesmo nível.
Que eu seja forte para não me deixar abater.
Que eu seja capaz de me elevar com os outros em vez de fazer os outros caírem como eu.

domingo, 19 de abril de 2015

Testemunhar é confirmar

Ano B - III Domingo da Páscoa

Alguém disse que os homens distinguem-se de Deus por três coisas:
      - pela sua natureza,
      - pelo pecado
      - e pela morte.
Mas o Redentor fez que desaparecessem os obstáculos que impedem uma relação direta entre Deus e os homens. Para isso eliminou um a um, tais obstáculos:
      - o primeiro, assumindo a natureza humana;
      - o segundo, morrendo na cruz;
      - o terceiro, desterrando por completo da natureza humana a tirania da morte ao ressuscitar.

E nós somos testemunhas desses factos:
Ser testemunha é confirmar. E fazemos isso quando sentimos a presença de Jesus na nossa vida.
Se eu rezo, quer dizer que Jesus escuta e fala comigo.
Eu confirmo que ele está vivo quando o escuto e falo com ele.
Sou testemunha da sua ressurreição através das minhas atitudes com alguém que está vivo.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

É o mesmo e é diferente

5ª Feira da Oitava da Páscoa

A primeira constatação é que Cristo ressuscitado é o mesmo e é diferente
Se de algum modo não fosse o mesmo, não poderíamos falar de ressurreição, porque não se trataria de Jesus e não seria reconhecido pelos seus, salvo como fruto de um engano. 
Se de algum modo não fosse diferente estaríamos diante de um Jesus de Nazaré, mas não diante do Senhor da vida e da morte. 
É o mesmo. 
Os seus reconhecem-no. 
É o Senhor. 
A ressurreição de Jesus não é um voltar à vida de antes, saltando por cima da morte, é a confirmação, o desenlace dessa morte aceite. 

segunda-feira, 6 de abril de 2015

As mulheres primeiro...

2ª Feira- Oitava da Páscoa

Como é possível que Cristo comece por aparecer a uma mulher se ele se mostra aqueles que hão de converter-se em testemunhas da sua ressurreição?
São Tomás responde:
- Cristo apareceu a mulheres para que a mulher, que tinha sido a primeira a dar ao homem a sua mensagem de morte, com Eva, fosse também a primeira a anunciar a vida na glória de Cristo ressuscitado.
Por isso explica São Cirilo de Alexandria que a mulher foi outrora ministra da morte, também ela é a primeira que recebe e anuncia o venerando mistério da ressurreição.
Aí o sexo feminino obteve a absolvição da ignomínia e o perdão da maldição.

(Cf Vida e mistério de Jesus de Nazaré III, José Luís Martín Descalzo) 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Dia da Ceia do Senhor

Quinta-feira Santa

O Prato da Eucaristia


























Acerca da Eucaristia
A igreja Paroquial do Luau onde este ano celebrei a missa desta Quinta Feira Santa, tem um bonito Sacrário.
Assim que entrei na igreja reparei na grande mesa que é o altar e no Prato que é o Sacrário.
É que este parece mesmo um prato das nossas faianças.
De facto um Sacrário é sempre um Prato pronto para ser servido.
É um prato já preparado: “Tomai e comei…”
É um prato que está à vista e ao alcance de todos; pois os olhos também comem!
Já que neste sacrário os meus olhos identificaram um prato, espero que o meu coração possa identificar no meu prato de cada dia um sacrário, isto é, a presença daquele que me alimenta para a vida eterna.






















Acerca do Cenáculo
O Cenáculo da última ceia no cume do monte Sião, fora da cidade, a uns 130 metros da porta de Sião, numa zona que os muçulmanos chamam de Profeta David.
Hoje, com arquitetura do século XIV, a casa tradicional tem no piso baixo o túmulo de David.
Na sala superior é um paralelograma de 14 metros por 9, dividido em duas naves por três colunas.
Três janelas iluminam a sala. Hoje o peregrino não pode ouvir nem celebrar missa onde teve lugar a primeira eucaristia, que nem sequer é autorizado a rezar em voz alta, perante o olhar atento dos guardas judeus.
Nem é permitido ajoelhar.
Apenas uma autorização muito especial o permitiu a Paulo VI quando visitou a Palestina.

Acerca do Lava-pés
Só uma mãe ou um escravo teria podido fazer o que Jesus fez naquela noite.
A mãe aos seus filhos pequenos e a ninguém mais.
O escravo aos seus donos e a ninguém mais.
A mãe, contente, por amor.
O escravo, resignado por obediência.
Mas os doze não são nem filhos nem patrões de Jesus.
Cf. José Luís Martín Descalzo, in Vida e mistério de Jesus de Nazaré II