domingo, 19 de julho de 2015

Evangelização perfeita


Ano B - XVI domingo comum

Depois de terem sido enviados por Jesus para falar de Deus aos Homens...
os apóstolos regressam e falam dos Homens a Jesus, contando o que fizeram, quem encontraram, como reagiram..

É esta a evangelização perfeita:
FALAR DE DEUS AOS HOMENS
E FALAR DO HOMENS A DEUS.

sábado, 18 de julho de 2015

De saída

Sábado - XV semana comum

Na primeira leitura o povo inicia a saída ou êxodo do Egipto a Caminho da terra prometida...

Foi um acto ao mesmo tempo humano e divino,
um fenómeno pessoal e comunitário,
uma acção de hoje e de sempre,
um gesto da graça gratuita e da dedicação e conquista.

Também tudo o que fazemos pode ser divino sem deixar de ser humano,
comunitário, sem deixar de ser pessoal,
de sempre, sem deixar de ser actual,
presente ou dom sem deixar de ser conquista dedicada.


No trecho do evangelho queriam fazer desaparecer Jesus, mas este antecipou-se e saiu do meio deles, desapareceu para lhes poupar trabalho ou culpa.. Assim não puderam discutir com ele...
De facto, um só não briga. Para haver discussão é preciso haver pelo menos duas pessoas.
Que não haja discussões, pois um só não briga!

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Do êxodo à misericórdia

6ª feira – XV semana comum

Hoje as duas leituras apresentam 2 temas muito queridos ao Papa Francisco.

Na Primeira, é o convite ao êxodo, a uma comunidade de saída.
É preciso sair de si mesmo, do seu comodismo ou da sua letargia e ir ao encontro do Outro e dos outros.
Sejamos uma Igreja de saída, uma comunidade que faz o seu êxodo até às periferias para que a libertação de todos seja uma realidade.


No Evangelho Jesus convida à misericórdia: Eu quero misericórdia e não sacrifícios!
Estamos a preparar um ano da Misericórdia.
Santo António de Lisboa pregava que “misericordioso é aquele que tem compaixão da miséria alheia. Daqui o chamar-se-lhe também misericórdia, por tornar miserável o coração quando se dói da miséria alheia”.
Sejamos misericordiosos como o nosso Pai celeste é Misericordioso.


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Deus, Moisés e o espinheiro

Quarta-feira – XV semana comum

Certa vez um homem interrogou o rabino:
- Por que Deus escolheu um espinheiro para falar com Moisés?
O rabino respondeu:
- Se ele tivesse escolhido uma oliveira ou uma amoreira, tu terias feito a mesma pergunta. Mas não posso deixar-te sem uma resposta: por isso digo que Deus escolheu um mísero e pequeno espinheiro para ensinar que não há nenhum lugar na terra onde Ele não esteja presente.


Moisés disse:
- Quem sou eu para ter semelhante missão?
E Deus respondeu:
- Eu estarei contigo…
O que realmente conta não é quem somos, mas com quem estamos ou com quem vamos…



segunda-feira, 13 de julho de 2015

Jango

















Jango, cota, casa das reuniões, casa comum ou casa do fogo, é o lugar de encontro da comunidade local no centro de uma aldeia chokwe.
Se cada família tem a sua casa própria para comer e dormir, para retemperar o corpo e para a sua privacidade, cada aldeia tem a sua casa de reuniões para retemperar o espírito, para preservar a comunidade, favorecer a unidade e a coesão, formar comunidade. É ali que os corpos se aquecem e as almas se alimentam, os mais velhos partilham os seus contos e os mais novos recebem a sua formação e instrução, mas também é o lugar de descontração, de recreio e de convívio.























Os barrotes da casa das reuniões unem-se todos no cume, diz um provérbio chokwe.

De facto, é na casa das reuniões que a comunidade toma consciência da sua herança comum e da sua unidade. É aqui que se resolvem todos os problemas e desavenças, todos os atentados à unidade.

domingo, 12 de julho de 2015

Profetas de hoje


Ano B – XV domingo comum

Hoje recordei aos cristãos com quem celebrei a eucaristia que a exemplo do Profeta Amós todos nós somos profetas.
Qualquer batizado foi declarado profeta.
Ser profeta é falar de Deus aos homens e falar dos homens a Deus.
E dizia-lhes que não é preciso muitos estudos para fazer isso, nem saber ler, escrever ou falar bem para ser profeta. Pequeno ou grande, sábio ou simples cada um pode falar de Deus.
Nem é preciso abrir a boca, basta uma atitude, um gesto, um aceno para falar de Deus.
Dei então o exemplo de alguns amigos meus na Madeira, que ao passarem à frente da igreja benzem-se. Estão assim a falar de Deus a quem está a ver. Ao passarem de carro, a pé, sós ou acompanhados fazem esse sinal. Alguns até param e recolhem-se em oração sem terem necessidade de entrar no templo e assim lembram-se a si mesmo que passam ali como cristãos, como batizados que recebem a bênção de Deus.
Estes estão a falar de Deus ao próximo e estão falar do próximo a Deus.
Tentei convencer aqueles cristãos a fazerem o mesmo.
Qual não foi o meu espanto, quando no final da celebração o grupo coral que animou a missa veio convidar-me a acompanhá-lo pelo bairro a cantar os mesmos cânticos… para falarem de Deus aos homens.
De facto, ao ouvirem os cânticos dos cristãos junto das suas casas, todos se aproximavam e se questionavam… e recebiam assim, sem esperarem, uma lição de Deus.
Obrigado a quem levou a sério a minha pregação dando assim uma lição ao padre e a todos os seus irmãos do Marco 25, uma comuna mesmo junto à fronteira com a R D do Congo e com a Zâmbia, a 65 quilómetros do Luau.
Ninguém poderá dizer que hoje já não há profetas para falar de Deus aos homens ou falar dos homens a Deus.


sábado, 11 de julho de 2015

Um par de olhos


Ano B – XV domingo comum

Jesus chamou os doze Apóstolos
e começou a enviá-los DOIS a DOIS…

Enviou-os então como os olhos do seu rosto.

Os olhos caminham sempre juntos,
estão sempre lado a lado
como dois amigos inseparáveis.

Ainda que nunca se possam ver um ao outro,
estão em perfeita sintonia.
Piscam juntos, movem-se juntos,
comovem-se juntos,
sorriem juntos, choram juntos,
veem as coisas juntos…

Ajudam-se e complementam-se mutuamente.
Nunca olham para si mesmos
mas sempre os dois na mesma direção
para assim surgir uma imagem perfeita.

Nenhum quer ser superior ao outro:
Olham ambos da mesma altura,
sem complexos de superioridade ou inferioridade.

Estão sempre concordantes:
Se um diz a verdade, o outro não pode ser diferente,
Se um tem compaixão, o outro também é compassivo.

Se, por acaso, algum fica limitado,
o outro faz o serviço dos dois
de modo que nada se perca.

E quando os olhos se fecharem para sempre,
serão os dois ao mesmo tempo
para  ambos se abrirem eternamente.

Assim são os apóstolos enviados por Jesus:
São como os dois olhos do próprio Jesus.


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Brincando com pessoas sérias


Vi nas Notícias que, há dias, o Papa Francisco almoçou com  Bento XVI, o Papa Emérito.

Alguém sabe o que comeram?
Qual terá sido a ementa?

Ninguém sabe?
Eu cá sei.!
Tenha a certeza que foi um almoço de papas.