terça-feira, 30 de junho de 2015

Envergonhados

3ª feira - XIII semana comum

Ao verem o sucedido todos ficaram ADMIRADOS...

Admirados?!
Não!
Eu acho que todos ficaram ENVERGONHADOS!
Sim!
Envergonhados porque o vento e o mar ouviam e obedeciam a Jesus
e enquanto eles não queriam ouvir nem obedecer.

sábado, 20 de junho de 2015

Lírios do campo

Sábado - XI semana comum

Olhai os lírios do campo
Considerai os lírios do campo como crescem, não trabalham, nem fiam. Notem-se as três palavras:
crescem,
não trabalham,
não fiam.
Os justos crescem de virtude em virtude, porque não trabalham nem fiam.
Não trabalham nos tijolos do Egipto, que são os prazeres da carne
nem fiam, isto é, não torcem os diversos fios dos pensamentos, em coisas temporais.
Queres crescer?
Não queiras trabalhar em ti, nem fiar no mundo, e assim serás pobre.


(Santo António, Sermão do 15º domingo depois do Pentecostes)

sexta-feira, 19 de junho de 2015

O tesouro do coração

6ª feira – XI semana comum

A)
Ao tentar repetir as palavras de Jesus, em vez de dizer “onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração”, saiu-me trocado: onde estiver o teu coração, aí estará o teu tesouro.
Fui logo censurado pelos mais atentos.
Aceitei a correção com humildade, mas fiquei a pensar… e concluí que a minha boca tinha falado a verdade. De facto o meu coração é o meu maior tesouro, ou o meu melhor tesouro é o meu coração. Por isso posso repetir à vontade: onde estiver o meu coração aí estará o meu tesouro.

B)
Bem-aventurado aquele que vê com o coração, mas cujo coração não está no que vê.


quinta-feira, 18 de junho de 2015

Onde, como, o quê


5ª feira - XI semana comum


1. Onde rezar
Na encosta do Monte das Oliveira, há uma basílica mandada construir por Constantino e Helena.
Destruída primeiro pelos persas e reconstruida mais tarde pelos cruzados, guarda nos seus alicerces, como preciosa pérola: uma misteriosa gruta. Nela, segundo a tradição, teria Jesus ensinado os seus discípulos a orar o Pai nosso.
Jesus recomendava que se fechasse no quarto para rezar.
Ao ensinar o Pai nosso não se esquece disso… ensina a rezar o Pai nosso numa gruta, no recolhimento, no íntimo da terra…
Conclusão: A oração do Pai nosso tem de ser rezada no recolhimento, na intimidade, no íntimo do coração.

2. Como rezar
No Talmude: Quando um menino prova o gosto do cereal (quer dizer quando o desmamam) aprende a dizer abba e imma (papá e mamã) que são as primeiras palavras que a criança balbucia.
Na oração do Pai nosso, Jesus repete essa palavra para nos lembrar que devemos rezar como simples crianças… à ternura do nosso Pai.
Conclusão: Não te esforces por dizer muitas palavras, não vá o teu espírito dispersar-se à procura delas.

3. O que pedir
Santo Agostinho lembra que no Pai Nosso nós não pedimos coisas a Deus… mas o seu nome, o seu reino, a sua vontade, o seu pão, o seu perdão e a sua proteção…
Conclusão: Não peças nada a Deus senão Deus mesmo!





quarta-feira, 17 de junho de 2015

Dar com alegria

4ª feira - XI semana comum

Deus olha não tanto para o que se dá, mas para o como se dá.
Deus olha não tanto para aquilo que se faz (jejum, oração, caridade), mas para como se faz.

A primeira leitura lembra que a generosidade consiste não em dar muito ou pouco, bom ou excelente, mas sim em dar com alegria.
O que é mais valorizado por Deus é a maneira como se partilha e não tanto o que é partilhado.

O Evangelho lembra que é mais importante o jeito como se faz as nossas obras do que as próprias acções.
O que é mais valorizado por Deus é a maneira sincera como fazemos o que devemos fazer.

terça-feira, 16 de junho de 2015

A perfeita caridade

3ª feira – XI semana comum

As leituras de hoje falam todas da CARIDADE

Na Primeira, Paulo diz que a Caridade deve ter 3 atributos, pois deve ser
- Alegre
- Sincera
- Generosa

No Evangelho, Jesus diz que a Caridade é a expressão da perfeição: sede perfeitos, como o vosso Pai celeste… sede caridosos, amai os vossos inimigos.
Ser perfeito é ter caridade.
Ter caridade é amar os inimigos.

Dos comentários da literatura islâmica do século IX:
- Jesus costumava dizer: Caridade não é fazer bem a quem faz o bem, pois isso é pagar bem com o bem. Caridade é fazer bem a quem vos faz mal.
- Está escrito nos Evangelhos: Quem reza por quem o maltrata derrota Satanás.
- Jesus passou por um grupo de pessoas que lhe lançaram insultos. A cada palavra má Jesus respondia com uma palavra boa. Pedro perguntou-lhe: Vais responder bem sempre que te tratarem mal? Porque é que quanto mais te insultam mais os abençoas? E Jesus respondeu: Cada um gasta do que possui, pois só podemos dar aquilo que temos.



segunda-feira, 15 de junho de 2015

Co-laborar

2ª feira - XI Semana comum

1ª Leitura
São Paulo apresenta-se como COLABORADOR de Deus
para nos recordar que Deus é nosso COLABORADOR.
Ele quer que sejamos seus colaboradores
para que não esqueçamos que Ele também colabora connosco.

Do Evangelho
A lei de TALIÃO está abolida para o mal,
mas deve continuar em vigor para o bem.
Quem ama, será amado,
quem socorre, será socorrido.



sábado, 13 de junho de 2015

Utilidade pública

Festa de santo António

Os santos nascem para utilidade comum (ou utilidade pública)

Assim pregava Santo António.
Hoje aplicamos-lhe as palavras que ele aplicou aos outros:


"O nascimento dos santos traz alegria a muitos, porque é um bem comum; 
quer dizer, os santos nascem para utilidade comum
De facto, a justiça é uma virtude comum ou social, enquanto aproveita a todos, 
e por isso, no nascimento dum justo é anunciado facto importante da vida futura 
e a graça da virtude que virá é assinalada pelo regozijo de todos."

(Santo António, Sermão da Natividade de São João Batista) 

terça-feira, 2 de junho de 2015

O seu a seu dono

3ª feira - IX Semana Comum

Dai a César que é de César,
mas acima de tudo que todos, inclusive César,
deem a Deus o que é de Deus.
O principal da resposta de Jesus está na segunda parte.

(Cf. Dibelius)

segunda-feira, 1 de junho de 2015

O Santo filósofo

Hoje celebra-se a memória de São Justino do século II.

Ele foi rico, filósofo, santo e mártir.

Não há ninguém tão sábio, tão sábio que não precise de Deus
e não há ninguém tão ignorante, tão ignorante que Deus não precise dele.
Não há ninguém tão rico, tão rico que não necessite de Deus 
e não há ninguém tão pobre, tão pobre que Deus não necessite dele.