sábado, 13 de dezembro de 2014

Mesa redonda






















O Sacrário da Paróquia onde ultimamente tenho celebrado parece uma mesa redonda, mesa sempre posta, mesa de sala.

Não sei se o Sacrário é uma mesa redonda ou se uma mesa redonda é um Sacrário, pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, diz o Senhor, eu estarei no meio deles… ou seja, uma mesa redonda é um Sacrário.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Ninhada

Esta árvore em Muxima
não dá nem flores nem frutos.

Só dá ninhos!


Cobras e lagartos


No meu quintal há de tudo.
Também há cobras e lagartos.

Esta cobra foice e foi-se!



Glutão e ébrio

Do Evangelho de hoje:
Veio João Baptista, que não comia nem bebia, e dizem que tinha o demónio com ele.
Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizem: É um glutão e um ébrio, amigo de publicanos e pecadores… (Mt 11, 18-19)
























Para confirmar que Jesus não era de facto ébrio ou bebedor de vinho, um artista fê-lo mostrar a prova dos quatro…



quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Oração visual













No santuário de Mamã Muxima constatei que a oração pode e deve ser visual.
Isto por duas razões:
Em primeiro lugar as pessoas que ali rezavam a Nossa Senhora gesticulavam, discutiam com Ela, olhavam-na de várias maneiras, falavam alto, interagiam com a imagem….
Em segundo lugar porque alguns devotos rezavam à Mamã Muxima mostrando várias fotografias de pessoas seus familiares ou amigas por quem intercediam…
É de facto uma oração bem visual, plástica até, perfeitamente direcionada, precisa e concreta.
Reza-se com o corpo inteiro, reza-se com os olhos, reza-se com os gestos, reza-se visualmente.


Mamã Muxima













Ontem visitei o Santuário de Nossa Senhora da Muxima que se encontra na vila da Muxima, província do Bengo, a 130 km de Luanda, pertencente à Diocese de Viana.
Em Kimbundo, MUXIMA significa coração. Foi-lhe atribuído esse nome, devido à sua localização privilegiada, no meio da província, à beira do rio Kwanza. 
A designação de coração geográfico passou para a denominação devocional: É a Nossa Senhora do Coração ou o Coração de Nossa Senhora.
É o santuário mariano mais importante de Angola. 
A vila da Muxima foi ocupada pelos portugueses em 1589 que, dez anos depois, construíram a fortaleza e a igreja de nossa senhora da Conceição. Desde então o santuário tornou-se um lugar de devoção espiritual.





















A lenda diz que em 1641 o santuário foi incendiado pelos holandeses que se apoderaram da imagem.
Depois de Luanda ter sido reconquistada em 1648, por Salvador Correia de Sá a imagem foi trazida novamente para Luanda, onde dois moradores da vila de Muxima a reconheceram, enquanto estava a ser restaurada, e levaram-na par a sua igreja.
A chegada da imagem da santa foi motivo de grande júbilo e festa para todos.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Original

É mesmo original ou será contrafacção?
Será para contentar quem tem manias de superioridade e vê todas as coisas de cima para baixo?

Não! É apenas a marca da Toyota vista do céu.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Nova versão


3ª feira - II Semana Advento

Versão Rabínica ou versão justificativa da parábola da ovelha perdida

         Isto pode comparar-se a um condutor de animais de carga diante de quem iam doze bois carregados de vinho. Um deles desviou-se e entrou na tenda de um viajante pagão. Então o condutor deixou os onze e seguiu este transviado.
         Disseram-lhe:
         - Como é que tu deixas os onze bons para seguir um só?
         Ele respondeu:
         - Os outros estão sob o olhar e a guarda da multidão e não temo por eles, mas o vinho que este boi leva poderá converter-se em libação e o próprio animal em sacrifício pagão se este aventureiro se apoderar dele.

        Do mesmo modo as outras tribos são responsáveis e estão sob a custódia do seu Pai, enquanto a de José, que é a mais pequena, encontra-se abandonada a si mesma. Por isso se disse que “O Senhor estava com José” (Gn 39, 2).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Sermão infantil



Sermão infantil ou a melhor pregação:

Este episódio foi-me contado pelo meu colega e amigo Miguel Moreira. Que pena, eu não escrever tão bem quanto ele mo contou!

Estava um miúdo, de 4 ou 5 anos, a acompanhar o seu pai, que era engenheiro, visitando as obras duma igreja paroquial.
A certa altura o miúdo apareceu sozinho no púlpito, a sorrir todo orgulhoso pela proeza em ter chegado lá, deliciado com o panorama. O pai ia repreendê-lo, mas o padre interveio primeiro:
- Ó rapaz, já que estás aí, podes começar a fazer o sermão!
Então o miúdo, sem saber o que era um sermão, nem que lugar era aquele, com voz forte e determinada, começou a proclamar:
- Mãe, ó mãe… Eu estou aqui… Mãe, ó mãe… - repetindo tantas vezes até lhe faltar o fôlego.
E a sua voz ecoou em todo o templo e comoveu o pai e o padre.
Foi o melhor sermão.
Pregar é lembrar que a mãe está onde está o seu filho e este encontra-se sempre onde está a sua mãe.
No dia da Imaculada Conceição da Virgem Santa Maria, o sermão só podia ser feito pela inocência de uma criança.


Sermão Papal
O Papa Francisco hoje no Angelus da Imaculada: “Recetividade, gratuidade e partilha", exemplos de Maria”.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Prévot escritor

São conhecidas 14 obras da autoria do Pe. André Prévot.
Antes de entrar na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus já tinha escrito duas: A primeira "Estudo sobre Ricardo de São Victor" (tese de doutoramento) e a segunda "Amor, paz e alegria". O Pe. Prévot apresentou esta obra ao Pe. Dehon ainda como manuscrito com o título "Tesouro da Devoção ao Sagrado Coração segundo Santa Gertrudes".
O Pe. Prévot foi assim o primeiro escritor da Congregação, pois o Fundador só mais tarde começaria a publicar os seus muitos livros.
Foi sobretudo durante período que foi mestre de noviços que o Pe. Prévot mais livros escreveu.
O seu escritório no noviciado, era muito modesto. A estante encostada à parede servia para arrumar cartas, mapas e alguns livros de uso quotidiano. Quando precisava de algum livro, dirigia-se à biblioteca.
Rezava muito, isto sim. Olhava muito para o crucifixo que estava entre as imagens do Coração de Jesus e de nossa Senhora.
E quando faltava inspiração para escrever, descia até à capela para rezar, falando e escutando. Depois subia ao quarto e continuava a escrever. Não tinha mais necessidade de livros.
A sua caligrafia era muito legível, mas minúscula. Numa página escrevia o que qualquer outro registaria em pelo menos três páginas.
Entre todos os livros, o Pe. Prévot tinha uma certa predileção pelo "O Ano com Maria". Foi a sua principal obra ascética: uma série de meditações para todos os dias do ano ‘com firme convicção de que esta Mãe, segundo o grau da sua boa vontade e ardor do seu desejo, ajudará a todos a tornar-se bons filhos, imprimirá neles em pouco tempo e com pouco esforço a imagem de Jesus vivo’. Estava convencido que o caminho mais curto para ir até ao Coração de Jesus era o Coração de Maria Santíssima. Nossa Senhora é a nota dominante da sua ascese para ser um discípulo autêntico do Filho de Deus. O Pe. Pietro Storms, noviço em 1899-1902, dizia que durante o seu noviciado o Pe. André compôs o livro ‘O Ano com Maria’: Redigia de tarde para na manhã do dia seguinte os noviços usarem como tema da sua meditação.





















Lista das publicações ou livros escritos 
pelo Pe. André Prévot

- 1870 "Étude sur Richard de Saint Victor", Achille Macaire, Aix  

- 1893 “Amour, Paix et Joie”. Mois du Sacré-Coeur de Jesús d’après Sainte Gertrude. (Traduzido em varias línguas, nomeadamente em Português)

- 1897 “La Retraite de Marie, pouvant servir de libre meditación pour le mois de Marie pour les ãmes du temps présent d’après “La Vraie Dévotion a Marie” du  B. de Montfort.

- 1904 “Fleurs nouvelles pour notre Couronne du ciel. Notions doctrinales et pratiques d’ après Saint Thomas. 2e Edition.

- 1905 “La vraie Devotion à Saint Joseph, secours providentiel pour le temps présent Esperances-Secours-Consolation, ou Un Mois passé avec Saint Joseph.

- 1906 “Amour et Réparatio” Manuel pour l’Apostolat de la Réparation.

- 1906 “Mois d’humilité”. Un Bouquet de Violettes à offrir à l’Enfant Jésus. Notions doctrinales et practiques  pouvant servir de probation religieuse sur l’humilté, le mois de janvier.

- 1906 “Un Mois d’obéisssance à l’Ecole de Marie”.

- 1906 “L’Année avec Marie ou Marie nous aidant à Mediter l’Evangile pour tous les jours de l’année.

- 1907 “La Vie de Victime pour l’heure présente ou Vie abrégée de la Révérende Mère Marie-Véronique du Coeur de Jésus” (avec Introducción doctrinale par M. Charles Sauve S.S.)

- 1908 “Méditacións du Soir, tirées de nos Saint Livres pouvant servir pour la Méditation, La  lecture spirituelle,etc.

- 1909 “Retraite de Réparation pour les ãmes vouées au Sacré-Coeur por le temps présent d’après un plan nouveau.

- 1913 “Manuel de la Dévotion au Saint Esprit. Consolations et Trésors dans le Saint-Esprit.

- ???? “Mois de Saint Jean” (sem data).

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Versão renovada

5ª feira - I Semana Advento

Parábola da casa sobre a rocha

Versão de um construtor civil

Com quem podemos comparar a um homem que faz boas ações e estuda muito a Lei do Senhor?
É como um homem que construiu primeiro com pedras e depois revestiu com adobes. Ainda que cheguem as águas por todos os lados, não a destruirão.
Mas com quem podemos comparar a um homem em quem falham as boas ações, mesmo que tenha estudado a Lei do Senhor?
É como um homem que constrói só com adobes. Logo que venham as águas, mesmo em pouca quantidade, depressa farão desabar o edifício.

Não basta estudar a lei (construir com adobes), é preciso fazer boas obras (revestir com pedras consistentes).

Conclusão: Qual é a semelhança entre um construtor civil  e um bom exemplo ou uma boa acção?
É que ambos edificam!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sem luta não há glória

Memória de São Francisco Xavier, Padroeiro das Missões


O Pe. António Vieira conta um sonho de São Francisco Xavier:
Estava o santo a dormir num hospital de Roma. A certa altura começou a gritar no meio da noite:
- Mais, mais, mais.
Deus revelara a Xavier, por meio de um sonho, as desgraças que o santo havia de padecer por seu amor por Deus. E por ser o amor de Xavier por Cristo tão grande, e serem tão grandes, tão excessivos, tão inumeráveis, era tão generoso o ânimo de Xavier, e a sede de padecer por Cristo tão fervorosa, tão ardente, tão insaciável, que nada o intimidava, nada o satisfazia, nada o fartava, tudo lhe parecia pouco (as desgraças, os trabalhos, as doenças, as perseguições, os combates); e assim pedia mais.

Carta de Francisco Xavier a Inácio de Loiola:
Desde que aqui cheguei, não parei um instante: visitando com frequência as aldeias, lavando na água sagrada os meninos não batizados. Assim, purifiquei grandíssimo número de crianças que, como se diz, não sabem distinguir entre a direita e a esquerda. Estas crianças não me permitem recitar o ofício divino, nem comer, nem dormir, enquanto não lhes ensinasse alguma oração: foi assim que comecei a perceber que delas é o reino dos Céus.

Conclusão:
Quem vence sem luta, triunfa sem glória.
São Francisco Xavier passou por inúmeras dificuldades para evangelizar os povos do oriente. A sua luta foi intensa, a sua glória é imensa.

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

É verdade


















Aqui a lua não é mentirosa 
como no hemisfério norte.

Aqui, quando olhamos para a lua e identificamos a forma de um C é que de facto está a crescer… Ela diz o que é e é o que diz.
Aqui nestas terras subequatoriais de África até a lua é sincera… tudo é genuíno, transparente, honesto, franco, verdadeiro.
Aqui o que somos, somos realmente. 

Aqui somos o que mostramos 
e mostramos aquilo que somos.


A lua é a prova disso.


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Aprender a beber













É um bar de esquina dum bairro periférico de uma grande capital…
Faz-me lembrar um colega e amigo que dizia:
- Beber é uma questão de inteligência.
Ele sempre bebeu, e bebia bem, mas fazia-o com inteligência… sem prejudicar a sua saúde nem a harmonia comunitária e viveu até aos oitenta e tais anos.
Nesta Faculdade do Copo não há números clausulo, pois há sempre vaga.
Quem me dera que houvesse mais estudantes matriculados nestas faculdades do copo para aprenderem que beber é uma arte… que não pode transformar-se em vício.