quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Todo o prazo vence


5ª Feira - XXXIV Semana comum

Na 1ª leitura:
O que é que salvou Daniel da morte na cova dos leões?
- A falta de apetite dos leões?
- A integridade e a confiança de Daniel?
- A amizade e a esperança do rei Dario?
Nada disto.
O que salvou Daniel foi a misericórdia de Deus.
É sempre Deus quem nos salva.

No Evangelho:
"Quando estas desgraças começarem a acontecer, tomai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima."

Quem é capaz de completar os seguintes provérbios ou ditados populares?

Não há bem que sempre dure nem ???????
Todo o fim tem o seu começo e ??????
Todo o prazo ??????

Completemos então:
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.
Todo o fim tem o seu começo e todo o começo tem o seu fim.
Todo o prazo vence.

Uma dificuldade é sempre temporária.
Ele pode durar um minuto ou uma hora, um dia ou um ano, mas finalmente ela acabará e alguma coisa tomará o seu lugar.
Se eu paro, desistir ou deixar-me abater por esse obstáculo, ele durará para sempre e ficará eternamente por resolver.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tal como Jesus


4ª Feira - XXXIV Semana comum

Na 1ª Leitura:
Mené = contado
Téquel = pesado
Parsin = dividido
Isto quer dizer que Deus tem:
uma calculadora para nos contar
uma balança para nos pesar
uma tesoura para nos cortar ou dividir
Olhemos para Deus, mas sobretudo para nós mesmos que um dia Deus virá ao nosso encontro com uma calculadora, uma balança e uma tesoura.
Mas quem não deve não teme!

No Evangelho:
Deitar-vos-ão as mãos e perseguir-vos-ão...
Se vivermos como Jesus viveu deitar-nos-ão as mãos e hão de perseguir-nos!
E se não nos perseguirem, será mau sinal.
Se nos lisonjearem, patrocinarem os nossos projetos e acorrerem com pompa e elogios aos nossos funerais... quer dizer que nós não vivemos como Jesus vivia!


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Há 100 anos no paraíso


Os últimos momentos cá na terra

No dia 23 de novembro de 1913 o Pe. Prévot estava de manhã cedo na igreja como em todos os domingos, como todos os dias do ano. Tudo normal aos olhos da comunidade de Brugelette. Mas nessa manhã ele esteve sentado durante o tempo da sua meditação. Coisa insólita, absolutamente inédita. Devia estar muito mal para mudar assim o seu comportamento. Olhando para o seu rosto percebia-se uma certa falta de ar. A sua mão trémula apoiava o rosto pálido.
Celebrou a missa com o fervor do costume, apesar dos seus olhos estarem agora avermelhados. De vez em quando tossia, mas nada especial por causa da sua idade.
Foi dado o alarme durante o pequeno-almoço em que não tocou em nada. Seria uma pneumonia? Apesar desta suspeita fez questão de estar presente no refeitório juntamente com toda a comunidade. Esforçava-se para se mostrar forte, sorridente às vezes, mas a palidez da cara denunciava-o. Ao sair disse ao Pe. Jacquemin, Mestre de noviços, que preferia retirar-se para o quarto para um pouco de repouso. Voltou a descer ao almoço, mas apenas provou a refeição e o seu estômago se revoltou. Ficou à mesa até ao final da refeição comunitária. Depois voltou para o quarto. Veio o médico e ordenou-lhe repouso absoluto, pois os pulmões estavam muito afetados.
No dia seguinte, não desceu à capela. Tinha febre alta e a respiração era lenta e pesada. Veio outro médico que achou a situação agravada
No dia 25 recebeu o viático.
Ao expetorar sangue, o Pe. Prévot compreendeu que o seu estado era grave e dizia:
- Amanhã cedo chegará o Superior Geral. Quero que seja ele a administrar-me a santa unção... Quero que seja ele a entregar-me a Deus para a eternidade.
O Pe. Dehon encontrava-se em São Quintino. Logo que recebeu o telegrama pôs-se a caminho. Passou a noite em Mons de modo que chegou tarde demais.
À noite o Pe. Prévot pediu o seu breviário.
- O breviário ajudar-me-á a ter a mente ocupada...
- Recitá-lo-ei eu em voz alta - prontificou-se o noviço enfermeiro. E rezou vésperas e completas.
O Pe. Prévot aconselhou o enfermeiro que fosse descansar no quarto ao lado... Enquanto lá estava ouviu algo cair ao chão. Correu para a enfermaria e encontrou o Pe. Prévot de pé, com o terço na mão e o relógio caído no chão.
- Para onde vai? Não pode levantar-se...
- Lá... - foi o que conseguiu dizer apontando com a cabeça em direção à capela.
Acorreram outros padres... deitaram o enfermo na cama e começaram as orações dos agonizantes.
Às Zero Horas e Quinze Minutos do dia 26 de novembro, quarta-feira, o Pe. Prévot deixou a terra para ir para o céu festejar Santo André, seu santo patrono.
Logo pela manhã chegou o Pe. Dehon.
- Como está o Pe. Prévot?
- Está no céu! Morreu esta noite quando ia para a capela.
- Não esperou por mim... - Foi tudo o que, a soluçar, o Padre Fundador conseguiu dizer pela partida de um dos seus mais queridos filhos espirituais.
(Cf. Paolo Tanzella, Carta Bianca - vita di padre Andrea Prévot, Ed. Dehonane, Nápoli 1987, pag. 189 ss)

Prévot neste Quintal


Começam hoje as comemorações dos 100 anos da partida do Pe. André Prévot, ilustre dehoniano.

Até aqui foram publicados neste Quintal alguns textos sobre a vida, a obra e a santidade deste confrade:

- Modelo sacerdotal = 09/11/2009
- Bem-aventuranças dos sacerdotes = 21/11/2009
- Morte de um santo = 26/11/2009

sábado, 23 de novembro de 2013

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Presidente Kennedy

Onde estava eu no dia em que o Presidente Kennedy morreu?
Não me recordo absolutamente, pois eu tinha apenas 6 anos, ainda não andava na escola, nem havia televisão na minha casa nem na Madeira. Mas tinha familiares e amigos espalhados por todo o mundo…
É que encontrei esta relíquia lá em casa e só pode ter vindo de alguém da América, pois nunca lá estive.
Não estava lá há 50 anos, mas isto está comigo.
Nunca lá fui, mas isto veio até mim.
E guardo tudo religiosamente.
Ele faz-me lembrar o meu pai que era mais velho apenas 50 dias, pois nasceu a 7 de abril de 1917.

Que ambos estejam na paz do Deus em quem acreditaram.



A multiforma de ensinar

6ª Feira - XXXIII Semana comum

Jesus entrou no templo de Jerusalém e começou a expulsar os vendedores…
Jesus ensinava todos os dias no templo.

Jesus ensinava com gestos, com obras, com milagres, com curas e com palavras.
Há tantas maneiras de ensinar, mas só uma de aprender: fazendo.
Façamos então a sua vontade… mas estejamos atentos, pois ele tem muitas maneiras de ns ensinar.




quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A felicidade da fé

A felicidade da fé ou a fé dá felicidade!


Apresentação = Dedicação


Apresentação de Maria

A propósito da comemoração da dedicação de uma basílica, lembramos a dedicação de Maria ao Templo de Jerusalém para valorizarmos a dedicação que a Virgem Maria fez de si mesmo a Deus todo-poderoso.
A propósito da abertura de um edifício, lembramos a entrada de Maria no templo de Jerusalém para valorizarmos a entrada de Deus na vida de Maria.
A propósito da construção de um templo, lembramos que Maria habitou num Templo para valorizarmos o templo que Deus habitou, isto é, o seio de Maria Santíssima.

Nós também entrámos neste templo para podermos transformarmo-nos em Templo de Deus através da comunhão.

Recordamos as belas palavras de João Paulo II:
Se Jesus é a Vida, Maria é a Mãe da Vida.
Se Jesus é a Esperança, Maria é a Mãe da Esperança.
Se Jesus é a Paz, Maria é a Mãe da Paz, Mãe do Príncipe da Paz.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Crer


ZAQUEU


3ª Feira - XXXIII Semana comum
 
 
ZAQUEU & JESUS OU JESUS & ZAQUEU
 
Subir para ver
Quando o coração é pequeno e humilde, é preciso agir como Zaqueu, que não era grande e subiu a uma árvore para ver Deus.
Devemos fazer assim quando somos baixos, quando temos o coração pequeno e pouca caridade: é preciso subir à árvore da mui santa cruz e de lá veremos e tocaremos Deus.
Com efeito, quando a alma se eleva deste modo, vê as benfeitorias da bondade e do poder do Pai, vê a clemência e a abundância do Espírito Santo, esse amor inexprimível que prega Jesus ao madeiro da cruz.
Nem os pregos nem cordas podiam prendê-Lo ali: somente a caridade.
Subi a essa santa árvore onde se encontram os frutos maduros de todas as virtudes que o corpo do Filho de Deus nos traz.
(Santa Catarina de Sena, Carta 119)
 
Sobe tu também à árvore do perdão
Jesus no seu caminho rumo a Jerusalém entra em Jericó. Esta é a última etapa de uma viagem que resume em si o sentido de toda a vida de Jesus, dedicada à procura e à salvação das ovelhas perdidas da casa de Israel. Mas quanto mais o caminho se aproxima da meta, tanto mais se vai estreitando ao redor de Jesus um círculo de hostilidades.
E no entanto, em Jericó tem lugar um dos acontecimentos mais jubilosos narrados por são Lucas: a conversão de Zaqueu. Esse homem é uma ovelha perdida, é desprezado, é um excomungado porque é um publicano; aliás, é o chefe dos publicanos da cidade, amigo dos odiados ocupantes romanos, é um ladrão e um explorador.
Impedido de se aproximar de Jesus, provavelmente por causa da sua má fama, e dado que era pequeno de estatura, Zaqueu sobe a uma árvore para poder ver o Mestre que passa. Este gesto exterior, um pouco ridículo, exprime contudo a atitude interior do homem que procura elevar-se acima da multidão para entrar em contacto com Jesus. O próprio Zaqueu não conhece o sentido profundo deste seu gesto, não sabe por que o faz, mas fá-lo; nem sequer ousa esperar que possa ser superada a distância que o separa do Senhor; resigna-se a vê-lo só de passagem. Mas quando chega perto daquela árvore, Jesus chama-o pelo nome: Zaqueu, desce depressa, porque hoje tenho que ficar em tua casa. Aquele homem pequeno de estatura, rejeitado por todos e distante de Jesus, vive como que perdido no anonimato; mas Jesus chama-o, e aquele nome, Zaqueu, na língua daquela época tem um significado bonito, cheio de alusões: com efeito, Zaqueu quer dizer Deus recorda.
E Jesus vai à casa de Zaqueu, suscitando as críticas de todos os habitantes de Jericó (porque também naquele tempo as pessoas bisbilhotavam muito!), que diziam: — Mas como? Com todas as pessoas boas que vivem na cidade, Ele vai ter precisamente com aquele publicano? Sim, porque ele estava perdido; e Jesus diz: Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão. A partir daquele dia, na casa de Zaqueu entrou a alegria, entrou a paz, entrou a salvação, entrou Jesus.
Não há profissão nem condição social, não existe pecado nem crime de qualquer tipo que possa eliminar da memória e do coração de Deus um só dos seus filhos. Deus recorda sempre, não se esquece de nenhum daqueles que Ele criou; Ele é Pai, sempre à espera vigilante e amorosa de ver renascer no coração do filho o desejo de voltar para casa.
Olhemos para Zaqueu hoje, na árvore: o seu gesto é ridículo, mas é uma atitude de salvação. E eu digo-te: se tiveres um peso na consciência, se sentires vergonha de tantas coisas que cometeste, pára um pouco, não te assustes. Pensa que alguém te espera, porque nunca deixou de se recordar de ti; e este alguém é o teu Pai, é Deus que te espera! A exemplo de Zaqueu, também tu sobe à árvore do desejo de ser perdoado; garanto-te que não ficarás dececionado. Jesus é misericordioso e nunca se cansa de perdoar! Recordai-vos bem disto, Jesus é assim.
Irmãos e irmãs, deixemos também nós que Jesus nos chame pelo nome! No fundo do nosso coração, ouçamos a sua voz que nos diz: Hoje tenho que ficar em tua casa, ou seja, no teu coração, na tua vida. E acolhamo-lo com alegria: Ele pode mudar-nos, pode transformar o nosso coração de pedra em coração de carne, pode libertar-nos do egoísmo e fazer da nossa vida uma dádiva de amor. Jesus pode fazê-lo; deixa-te olhar por Jesus!
(Papa Francisco, Angelus de 3/11/2013)
 
Jesus & Zaqueu
Jequeu & Zasus

Zaqueu não conhecia Jesus,
mas Jesus conhecia Zaqueu.

Zaqueu pensava que não era conhecido,
mas Jesus conhecia o que o Zaqueu pensava.

Zaqueu queria ver no anonimato,
mas Jesus chamou pelo seu nome.

Zaqueu quis esconder-se numa árvore,
mas Jesus quis ficar na sua casa.

Zaqueu olhou para Jesus de cima para baixo,
mas Jesus olhou para Zaqueu de baixo para cima.

Zaqueu achou Jesus mais pequeno do que era,
mas Jesus considerou Zaqueu maior do que aparentava.

Zaqueu procurava e foi encontrado,
mas Jesus encontrou quem procurava.

Zaqueu queria ver e foi visto,
mas Jesus foi visto e viu o que queria.

Zaqueu queria ver de passagem,
mas Jesus queria ficar.

Zaqueu subiu para descer,
mas Jesus aproximou-se para entrar e sentar-se à mesa.
 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Semana dos seminários (4)



Cruz e distância

5ª Feira - XXXII Semana comum

Quando virá o reino de Deus?

Quando não sei nem Cristo nos diz.
Apenas fiquei a saber como virá:
Como luz forte (como relâmpago) que tudo e todos iluminará. 
O reino de Deus iluminará, esclarecerá tudo e todos, revelará a plena verdade.
O reino porá em claro todo o mistério.

Mas antes que isso aconteça são necessárias duas coisas, uma para Jesus e outra para nós.
É preciso que Jesus sofra muito. É o mistério da cruz, pois sem batalha não há vitória, sem cruz não há ressurreição.
É preciso que esta geração rejeite este projeto. É o mistério do afastamento: nós só valorizamos a saúde quando ficamos doentes; só admiramos a luz quando sentimos a sua falta. É preciso então passar por uma privação, um afastamento ou um distanciamento para darmos importância àquilo que temos e às oportunidades que o Senhor nos dá.
Cruz e distância significa dar um passo atrás para poder ir em frente com maior determinação.
É perdendo que se ganha.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Semana dos seminários (3)





ingrato = indigno


3ª feira - XXXII Semana Comum

Uma vez o pai quando lhe foi dar as boas noites ao filho perguntou-lhe se já tinha agradecido a Deus o dia que então terminava.
O miúdo respondeu que não, justificando-se assim:
- Não aconteceu nada para agradecer.
- De certeza? meu filho, pensa melhor.
- Pois não. Ainda não recebi o jogo que o pai me prometeu, a mãe ainda não me comprou a tshirt de marca que escolhi, não fui passear nem jantar fora…
Então o pai foi-lhe perguntando calmamente:
- Estiveste doente hoje? Não tiveste nada comer hoje? Não tens onde dormir? Os teus pais desprezaram-te?
Não tiveste amigos com quem brincar?
O miúdo foi fechando os olhos pouco a pouco, agradecendo silenciosamente tantas graças recebidas, mas esquecidas. E duas lágriamas sinceras foram a melhor expressão da sua eterna gratidão.
E o pai saíu satisfeito, pois o seu filho, que à primeira vista era como os 9 leprosos, afinal sabia agradecer.
Quem não agradece, não merece nada daquilo que tem.
Ser ingrato é ser indigno de tudo o que recebeu.

1. É bom agradecer.
2. É bom ter algo para agradecer.
3. É bom ter a quem agradecer.
4. É bom ter com quem agradecer.
5. É bom saber agradecer.


terça-feira, 12 de novembro de 2013

Semana dos seminários (2)



Seminário virou maternidade


PARA QUE CRISTO SE FORME EM NÓS
Semana dos Seminários

Ao ter conhecimento do tema da Semana dos Seminários deste ano, PARA QUE CRISTO SE FORME EM NÓS, confesso que fiquei intrigado.
Pensava eu que Cristo é quem formava os seminaristas e, afinal, parece que Ele é que é formado nos seminaristas.
Pensando melhor, estão certas as duas realidades: Para que o candidato seja formado por Deus é preciso que cada um deixe crescer dentro de si o próprio Deus. Cada seminarista forma e é formado e o próprio Cristo é formador e é formado.
Este tema foi inspirado na Carta de São Paulo aos Gálatas:
Meus filhos, por quem sinto outra vez dores de parto, até que Cristo se forme entre vós” (Gl 4, 19).
Usando as expressões mais apropriadas deste contexto atrevo-me a dizer que o seminário é uma maternidade onde alguém sofre as dores do parto.
Deus para fazer nascer um novo sacerdote sofre as dores do parto e o seminarista para tornar presente Deus na sua vida sofre as mesmas dores. E o seminário virou maternidade ou sala de partos.
Só sei que o seminário e a igreja sofrem mais do que as dores da maternidade para formar um novo sacerdote. E toda a vida do sacerdote é um contínuo trabalho de parto para dar à luz Cristo Senhor na história dos homens. Explica-se assim o caráter mariano do sacerdócio e o caráter sacerdotal de Maria Santíssima.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Semana dos seminários (1)


Vinho de São Martinho























O jovem oficial Martinho numa receção à mesa imperial estava encarregado de servir o vinho. Mandava a etiqueta real que primeiro fosse servido o imperador e depois todos os outros convivas. Martinho, porém, dirigiu-se com toda a veneração ao único sacerdote que estava à mesa e serviu-o em primeiro lugar. Todos os presentes ficaram surpreendidos, de modo que o imperador lhe pediu explicações. Ele justificou-se:
- Em primeiro lugar a Deus, aqui representado pelo sacerdote, devem ser oferecidas as primícias. Depois Ele é a maior autoridade aqui presente, pois o imperador manda na terra e no presente, mas Deus manda no Céu e na eternidade, por fim todos sabem que só o sacerdote pode fazer o melhor uso do vinho do que qualquer um de nós: pode consagrá-lo como sangue em Cristo…
O imperador engoliu em seco e não foi capaz de corrigir o catecúmeno Martinho.

A partir desse acontecimento falar de Martinho é falar das primícias do vinho, é falar da bênção do vinho, é falar da consagração do cálice…


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Isto chama-se FÉ !



Três palavras


6ª Feira - XXXI Semana comum

Três palavras, apenas três palavras, podem resumir a mensagem da liturgia deste dia:

MEMÓRIA - na 1ª leitura Paulo lembra as romanos que se lhes escreve é para lhes reavivar a memória.
Nós também precisamos de reavivar a nossa memória pessoal e coletiva. Sem memória nós não temos nem passado nem futuro. Recordemos as maravilhas que o Senhor fez e continua a fazer por nós. 

ESPERTEZA - No Evangelho Jesus elogia a esperteza deste mundo. Nós, crentes, não temos nem mais nem menos do que os outros. Então sejamos tanto esperto ou ainda mais do que eles. É preciso acreditar com memória, mas também com inteligência e com esperteza. Ao seguirmos o nosso Mestre podemos fazê-lo com a razão e com o coração.

APROVEITAR - O Administrador da Parábola foi saneado por desperdiçar os bens, por não os ter aproveitado. É preciso saber aproveitar. Saibamos nós também aproveitar todas as oportunidade que nos são oferecidas para progredirmos muito mais. Dizia a Irmã Wilson: É preciso aproveitar tudo o que o Senhor nos dá no dia a dia.


quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Memorial Pe. Colombo (10)



As 3 parábolas da misericórdia

5ª Feira - XXXI Semana comum

Segundo Santo Ambrósio (comentário ao evangelho de Lucas, 7-207-209) não é por acaso que São Lucas apresenta a sequência de 3 parábolas:

- A ovelha
- A dracma
- O filho pródigo

- Uma criatura
- Uma coisa
- Uma pessoa

- Uma tresmalhada
- Outra perdida
- Aquele perdido

- Esta reencontrada
- Aquela achada
- Esse retornado

- Um é Pastor
- Uma é Mulher
- Outro é Pai

- Este é Jesus Cristo
- Essa é a Igreja
- Ele é Deus Pai

- Cristo carrega
- A Igreja procura
- Deus Pai acolhe

- Como pastor traz ao rebanho
- Como mãe procura
- Como Pai acolhe

- Primeiro a misericórdia
- Depois o socorro
- Por último a reconciliação

- O Redentor auxilia
- A Igreja socorre
- Deus Pai reconcilia

- A ovelha cansada é trazida
- A dracma perdida é encontrada
- O filho regressa pelo seu pé para junto do pai

- Congratulemo-nos porque esta ovelha foi erguida em Cristo
- Alegremo-nos porque somos a alegria da igreja
- Rejubilemos porque Deus abraça-nos

- Os ombros de Cristo são os braços da cruz
- As mãos da igreja são a comunhão
- O abraço do Pai é perdão

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Memorial Pe. Colombo (9)


Assim era o Pe. Colombo!

Isto chama-se humildade!
 “… Antes de começar a trabalhar, é preciso saber falar. E, infelizmente, as línguas não se compram! (Quisesse o céu que se pudessem comprar como aquelas das vacas do talho! Pediria imediatamente um empréstimo!) Portanto, toca! Para a Escola! Meu Deus! Voltar para a escola com esta idade?! Sim. E, para aprender mais depressa, para a escola com as crianças da terceira e quarta classe, para fazer a análise gramatical, o ditado e outras coisas mais. Que delícia! Imaginais, por exemplo, o Pe. Colombo, com 35 anos, a aprender ainda estas matérias? Na parte de trás do frontispício do seu livro de leitura, estão estampadas perguntas sobre as generalidades do seu dono; e ele, como bom menino da escola, preencheu-o. Eis:
Chamo-me – Pe. Ângelo Colombo
Moro – Caminho do Meio, 110
Idade – 35anos.
Altura – 1,73.”
(Carta do Pe. Colombo de 6 de março de 1947 para os seus confrades em Itália)

Isto chama-se abandono à Providência!
Não foi fácil levar para diante a obra do Colégio Missionário…
Sei que o Pe. Colombo ia, muitas vezes, para diante do sacrário e rezava:
- Senhor, Tu sabes; Tu vês; Tu podes.
E tudo aparecia.
(Testemunho da benfeitora Maria Bernardete Fernandes, Abril 1997)

Isto chama-se persistência!
 “Apreciei e admiro o Pe. Angelo Colombo, fundador do Colégio Missionário e da nossa obra em Portugal. Era um homem reto, honesto e sincero; um homem corajoso, que confiava na Divina Providencia; era exigente no cumprimento da regra e, sobretudo, na prática da Adoração Eucarística reparadora. Mas era também compreensivo. Lembro-me que, um dia, encontrando-me um pouco abatido e cansado, agarrou-me com as suas mãos rigorosas e disse-me, para me animar:
- Sabes, Júlio?! Quando me sinto cansado e nervoso e parece que o mundo está para desabar, vou para o meu quarto, fecho janelas e persianas, meto-me na cama e durmo, durmo, durmo. Quando acordo, vou à janela e, vendo de novo o mundo, digo, animado: afinal o mundo não caiu! E recomeço o meu trabalho.”
(Testemunho do Pe. Júlio Griti, in As minhas memórias, Janeiro de 2011)

Quem manda é o Chefe

 
4ª Feira - XXXI Semana comum
 
Mais do que meditar sobre as condições a respeitar no seguimento de Jesus, podemos acolher 2 generalidades:
 
1ª - Jesus não faz publicidade enganosa. Antes de convidar a segui-lo Jesus apresenta as regras do jogo. Isto quer dizer que nós não podemos exigir mandar, ou estabelecer nós a regras do jogo.
Na casa de Deus quem manda é Ele, tal como o dono da casa é quem estabelece as regras, ou é o general que marca o ritmo do exército.
Então porque é que cada um de nós gosta de propor mudanças, de mandar em casa alheia, de querer mudar as leis etc... ?
 
2ª - Mais do que ver quais as regras, podemos contemplar o novo tipo de relações que o seguimento de Jesus nos proporciona: novo relacionamento com as pessoas (preferi-lo ao pai, à mãe...), novo relacionamento com os afazeres (tomar a sua cruz), novo relacionamento com as coisas (desprendimento dos bens deste mundo) e novo relacionamento connosco mesmos (renunciar-se a si mesmo).
Mais do que condições, seguir a Cristo exige atitudes e relações novas.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Casa cheia


3ª Feira - XXXI Semana Comum

Aceitar o convite não é mudar de casa, mas sim regressar à casa donde nos afastamos.
O problema não está em não aceitar o convite.
O problema é que nos afastamos.
Quem não se afasta, não precisa de regressar.
Quem não está fora, não precisa de ser convidado.
Há quem se tenha afastado da casa paterna por causa de coisas (comprei um terreno).
Há quem se tenha afastado por causa de afazeres (vou experimentar as juntas de bois).
Há quem se tenha afastado por causa de pessoas (casar-se).
Mais do que um convite é um regresso, ou uma maneira de corrigir um afastamento.
A casa paterna é uma casa cheia, uma casa para todos.
Essa casa é o coração de Deus.

Podemos com estas desculpas afastar-nos do Coração de Deus,
mas não há pecado, por maior que seja, que faça Deus afastar de nós o seu Coração.


segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Rezar com fé



Sem esperar retribuição

2ª feira - XXXI Semana comum


Se eu sou pobre e nada tenho de meu, esta página do evangelho não é para mim.
E se convidar alguém, que posso oferecer na minha pobreza ou no meu convento?
Pensando bem, esta recomendação de Jesus para oferecer um banquete a alguém sem esperar retribuição tem a ver com todos, comigo e contigo, independentemente da nossa situação. Pelo menos é o que Santa Teresinha do Menino Jesus interpreta com toda a propriedade (Cf. Manuscrito autobiográfico C, 28rº-vº (ed. Carmelo 1996):

Convidar quem?
“E serás feliz por eles não terem com que te retribuir.
Notei (e é muito natural) que as Irmãs mais santas são as mais amadas; procura-se conversar com elas, [e] prestam-se-lhes serviços sem que os peçam. [...] As almas imperfeitas, pelo contrário, não são nada procuradas; as pessoas mantêm-se, sem dúvida, em relação a elas, dentro dos limites da cortesia religiosa, mas, receando talvez dizer-lhes algumas palavras pouco amáveis, evitam a companhia delas. [...] Eis a conclusão que daí tiro: devo procurar, no recreio, nas licenças, a companhia das Irmãs que me são menos agradáveis, [e] exercer junto dessas almas feridas o ofício do Bom Samaritano…”

Convidar para quê?
Para não ser mal interpretada ou acusada de discriminar seja quem for…  “Assim, para não perder o meu tempo, quero ser amável para com todas (e em particular para com as Irmãs menos amáveis) para dar alegria a Jesus e corresponder ao conselho que Ele dá no Evangelho mais ou menos nestes termos: Quando derdes um banquete, não convideis os vossos parentes nem os vossos amigos, não vão eles também convidar-vos, por sua vez, recebendo [vós] assim a vossa recompensa; mas convidai os pobres, os coxos, os paralíticos, e sereis felizes por eles não vos poderem retribuir, pois o vosso Pai, que vê no segredo, vos recompensará. Que banquete poderia uma carmelita oferecer às suas Irmãs, senão um banquete espiritual composto de caridade amável e alegre?

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Rezar com convicção



Santos, companhia ilimitada


A santidade não é um privilégio para alguns, mas uma obrigação para todos, para ti e para mim! (Madre Teresa de Calcutá)

Dia de todos os santos

Dia dos santos
Santos do dia

Dia de todos
Todos do dia

Todos santos
Santos de todos