quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Dom Bosco

 
No dia da memória de São João Bosco recordamos a confiança do santo ou um santo de confiança.
 
O Pe. João Bosco preocupou-se muito pela infância abandonada e pelos marginais da sociedade. Visitava amiúde os trzentos prisioneiros, recolhidos por vadiagem, crimes, roubos e toda a sorte de malandragens.
Um dia propôs ao Diretor da Penitenciária, fazer uma excursão com eles. O Diretor pensou que Dom Bosco estava a brincar. O sacerdote repondeu que estava a falar a sério. Brincando ou não, era impossível tal coisa. Só se falassem com o Ministro.
Foram conversar com o Ministro. Ele pensou e respondeu:
- É uma proposta inédita, mas podemos experimentar. Não duvido que vai fazer muito bem para eles, tanto moral como fisicamente. Pedirei um reforço de guardas presionais à paisana para os acompanhar de lomge de modo que possa ajudar-vos a manter a ordem.
- Excelência, respondeu Dom Bosco, agradeço a sua oferta. Mas só os levarei a passeio se eu for sozinho com eles. Dispenso o policiamento.
O Ministro ficou boquiaberto. Discutiram bastante. Por fim o Ministo cedeu, pois percebeu que estava a falar com um homem em quem podia confiar.
Dom Bosco reuniu então os detidos e transmitiu a alegre notícia. Ouviu-se um grito de satisfação comum. Mas... que se comportassem bem. Se não... Um dele pediu a palavra para prevenir:
- O patife que desonrar o grupo, não volta vivo. E se alguém tentar fugir, eu quebro a sua cabeça à pedrada.
- Assim não... acalmou Dom Bosco.
No dia seguinte Dom Bosco saiu com os seus trezentos detidos e voltou à noitinha. Não faltava ningém. Comportamento impecável!
 
Conclusão:
Um santo é alguém que tem confiança em Deus, tem confiança nos irmãos e merece a confiança de todos eles.
Quanto mais confiarmos em Deus e nos outros, tanto mais eles confiarão em nós.
Confiar é merecer a confiança dos outros.
Ser santo é confiar e fazer-se confiar.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Águia do pensamento


Celebramos a memória de Tomás de Aquino, Presbítero e Doutor da Igreja, que morreu em 1274 aos 48 anos de idade.
É chamado "Águia do pensamento" por ter voado tão alto nas suas reflexões, livros, pregações e artigos, de teologia, moral e filosofia. Tudo isso foi fruto da sua contemplação e do seu amor a Deus.Tinha como lema: Oferecer aos outros os frutos da contemplação.
 
Destacamos 2 mensagens:
 
- Tomás de Aquino foi um exemplo perfeito do carisma da Ordem Dominicana. São Domingos morrera 3 ou 4 anos antes de Tomás nascer, mas este seu discípulo foi quem melhor encarnou o seu carisma: Pregar a Palavra de Deus ardentemente contemplada, solenemente celebrada e cientificamente indagada. A vida de São Tomás de Aquino é a confirmação viva deste tríplice propósito.
 
- Foi canonizado em 1323 não tanto pelos seus milagres, mas pelo esplendor da sua doutrina. João XXII nessa altura declarou que São Tomás de Aquino realizou tantos milagres quantos os artigos que escreveu, pois a sua doutrina não teria sido possível sem milagre divino.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Pregar com o exemplo

 
Nós rezamos a Deus que “instruiu o mundo inteiro com a palavra do apóstolo São Paulo…” Mas eu acho que a sua maior pregação, as suas melhores palavras, as suas melhores instruções ou epístolas não foram escritas ou pronunciadas mas vividas.
Ele pregou mais e melhor com o exemplo da sua conversão do que por todas as palavras que disse ou escreveu (e ele até tinha o dom da palavra).
Daí a importância da festa da sua conversão.
O acontecimento da conversão de Paulo foi a sua melhor pregação.
Portanto, não nos queixemos se não sabemos falar, pregar ou escrever, porque basta o nosso exemplo e as nossas boas obras para anunciarmos eloquentemente a mensagem de Deus.
Que a nossa conversão seja a nossa melhor pregação.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Francisco de Sales

 
Memória do Bispo e Doutor da Igreja São Francisco de Sales
 
Um homem que conseguiu expressar, com o seu amor e a sua vida, a mansidão do Senhor.
Diz-se que, depois da sua morte, descobriram que a sua mesa de trabalho estava toda arranhada por baixo, porque, com o seu temperamento forte, preferia arranhar a mesa a responder sem amor e sem mansidão ao seu próximo.
Este grande Santo Pastor e Doutor da Igreja morreu com 56 anos, sendo que 21 deles foram vividos no episcopado como servo para todos e sinal de santidade.
A seu exemplo sejamos apóstolos da mansidão e da paz, engolindo o amargo e cuspindo o doce.


O Pe. Dehon dizia:
“São Francisco de Sales era muito generoso.
A sua caridade sem limites punha em desespero o seu ecónomo, mas o santo mostrava-lhe o crucifixo e dizia-lhe:
- Como somos capazes de hesitar em nos despojarmos, quando vemos o que Deus fez por nós?”

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Mão e coração

 
4ª Feira - II Semana Comum
 
- Quem na página do evangelho de hoje precisa da cura de Jesus?
- Um homem que tinha a mão atrofiada.
- Negativo. Há mais alguém que está mal e que precisa da cura de Jesus.
- Os fariseus que tinham o coração endurecido!
- Sim. Ter a mão atrofiada é como ter o coração endurecido. Ter o coração fechado é como ter a mão ressequida.
- Então por que é que Jesus só curou a mão do homem e não o coração dos fariseus?
- Jesus só cura quem quer ser curado. É por isso que a mão do homem ficou curada porque estendida ou estendida porque sarada. Por sua vez a dureza do coração ficou na mesma, pois não queriam ser curados, mas apenas arranjar um pretexto para tramar alguém.
 
Senhor Jesus, fazei-me estender a minha mão, isto é abrir o meu coração.
 
Como escreveu Josyas:
 
Se não for para levantar
por que estender a mão?
Se não for para amar
por que abrir o coração?
 
É que o coração foi feito para amar!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Vicente vencedor



Vitória post-mortem

-"Se não pude vencê-lo vivo, ao menos castigá-lo-ei morto" -- exclamou Daciano ao tomar conhecimento da morte de seu supliciado Vicente.
Ordenou então que o cadáver venerável do mártir fosse jogado em campo raso, a fim de ser devorado por feras e aves.
Deus, porém, mais uma vez velou pela honra e glória de seu fiel servo. Um corvo, pousado próximo aos despojos de Vicente, afugentou aves e até mesmo um lobo, que deles se aproximaram.
-"Penso que já nem morto poderei vencê-lo" -- lamuriou-se o despótico juiz, quando se inteirou do novo e estupendo milagre. E determinou: "Ao menos, que os mares cubram sua vitória".
Assim, encerrado o cadáver dentro de um saco, foi conduzido até alto mar e lançado às ondas.
Novamente a Providência Divina não permitiu que aquela preciosa relíquia se perdesse. O cadáver foi levado milagrosamente à praia, e as areias incumbiram-se de proporcionar um túmulo para sepultar o precioso corpo, encobrindo-o para resguardá-lo da cruel perseguição pagã.
Mais tarde quiseram transladar as suas relíquias até à cidade de Lisboa. A embarcação foi sempre acompanhada por dois corvos, como dois guardiões, não fosse alguém fazer mal a quem nunca conseguiram vencer.
De fato, Vicente quer dizer aquele que vence ou vencedor.

Alguém dizia: Há mártires porque há gente cruel.
Não, repondo eu. Há mártires porque há gente corajosa.
Não se pode dizer que há mártires porque há perseguidores, mas sim há perseguidores porque há gente heroica, fiel e corajosa.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

A coroa de Santa Inês



Rezamos hoje que Santa Inês foi ornada com a dupla coroa da Virgindade e do Martírio.
 
Eu prefiro dizer que Santa Inês foi ornada com uma coroa que apresenta 5 pérolas preciosas:
- A pérola da Juventude (morreu aos 12 anos)
- A pérola da Pureza (defendeu a sua Virgindade)
- A pérola da Constância (nunca desistiu dos seus ideais)
- A pérola da Fé (foi vítima da sua fé em Cristo)
- A pérola da Coragem (enfrentou o martírio com heroísmo)
 
Quem dera que cada cristão também ostentasse uma coroa com tantas pérolas preciosas.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Novo Milagre de Caná

Ano C - II Domingo Comum

Perguntei aos que comigo participavam na missa se gostariam de ter estado em Caná e ter presenciado no milagre e provado desse vinho.
Todos disseram que sim.
Seria uma honra estar na companhia de Jesus, assistir ao seu milagre e beber do vinho de alta qualidade (e quantidade pois 6 talhas cheias levando cada uma 2 ou 3 medidas de 40 litros, dá um total de perto de 720 litros de vinho, mas as bodas duravam cerca de 7 dias).
 
Mas eu não tenho pena de não ter estado lá, porque hoje a minha vantagm é maior.
Hoje eu presencio um milagre maior.
Jesus também está presente na nossa festa e também transforma não a água em vinho, mas o vinho no seu sangue e isso é superior ao primeiro milagre.
 
Jesus começa a sua vida pública com o milagre de Caná, transformando a água em vinho.
Terminará a sua vida pública com outro milagre ainda maior: transformando o vinho em seu sangue redentor.
Foi para prefigurar esse último milagre que Jesus agiu em Caná.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A fé daquela gente

 
6ª Feira - I Semana Comum
 
Um paralítico queria ser curado, mas não podia aproximar-se de Jesus...
Quatro voluntários dispuseram-se a levá-lo até ao lugar onde Jesus se encontrava, mas a multidão era compata junto à porta.
O paralítico com certeza ficou ressentido. Ele e os seus amigos tinham fé em chegar até Jesus, mas os outros não colaboravam...
Encontraram uma saída, ou melhor, uma descida...
Fiseram uma abertura no teto e desceram o catre onde jazia e... Jesus ao ver a fé de toda aquela gente, disse:
- É grande a fé desta gente... e curou o homem paralítico.
 
Conclusão, o homem foi curado não apenas pela sua fé, mas também pela fé dos que o levaram até Jesus bem como pela fé dos que lhe barraram o acesso pela porta principal.
Foi a fé coletiva o responsável pelo milagre.
 
Atenção: se à minha volta não acontecem milagres, quer dizer que a minha fé não é suficientemente grande.É a nossa fé que faz com os outros sejam curado.

A fé vê o invisível;
crê o incredível;
e recbe o impossível!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Antão

Hoje celebra-se a memória de Santo Antão.
 
Há quem admire Antão pela sua vida de eremita.
Há quem o admire pela sua ascese.
Ou por ser intrépido nas tentações.
Ou por ter sido o pai no monaquismo ocidental.
Ou por ser um pobre desprendido.
Ou por abençoar os animais, domésticos ou selvagens.
Ou um santo abade, educador dos jovens e conselheiro de imperadores.
 
Eu admiro-o sobretudo pelo fato de, apesar de nunca ter saído do deserto, nem do seu refúgio, a sua santidade brilhou em todas as partes do mundo. Ficaram a conhecer a sua santidade e sabedoria os povos da Gália, da Hispania, Roma e todo o império. E isto, sem ele ter viajado. Isto foi a um dom de Deus ou uma Graça Divina.
Ainda se fosse hoje, com os meios de comunicação, nesta aldeia global, onde as notícias se espalham mais depressa do que o próprio vento, ainda compreendia. Mas no século IV, acontecer tal divulgação só pode ser obra de Deus.
O próprio imperador Constantino foi pedir-lhe conselhos e pareceres. E como ele sabia de Antão? Como é que era conhecedor da capacidade deste santo homem?
Antão quanto mais vivia escondido e no silêncio, mais se proclamava as maravilhas de Deus em todo o mundo e brilhava como lâmpada no candelabro iluminando todos os homens.
 
É esta maravilha que mais admiro neste santo e discreto homem.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Fundação

Hoje faz 129 anos que a Madre Wilson fundou a Congregação das Irmãs Franciscanas de Nossa Senhora das Vitórias.
 
E neste dia, apesar de acordado, sonhei:
Estava a Irmã Wilson a instruir as suas noviças:
- Minhas filhinhas, quem fundou a Congregação das Irmãs Vitorianas não fui eu, foi Deus. Ele é que é o Fundador pois esta obra é Dele e só Dele.
Nisto ouviu-seu ma voz vinda do alto que dizia:
- Quem fundou a Congregaçao foi a minha filha Wilson, em quem ponho todo o meu enlevo.
- Não, não. Replicou a Madre. Deus é que é o verdadeiro fundador, pois Ele é que me inspirou e me fez agir por Ele, cumprindo apenas a Sua vontade...
- Foste tu, minha filha, foste tu a fundadora, o rosto da nova congregação...
As noviças estavam abismadas com aquele ping-pong. Ouviam a Madre e achavam que ela tinha razão; ouviam a voz celeste que também achavam não estar errada...
Até que uma noviça, muito prática e sincera, declarou:
- Já percebi... quem fundou a Congregação foi a obediência!
- Bravo. Aplaudiram todos, até mesmo o Pai do Céu... A Irmã Wilson sorriu, os Anjos bateram as asas, os Mártires  fizeram um brinde, os Santos Doutores piscaram o olho em sinal de aprovação e o próprio Jesus repetiu uma vez mais a Sua expressão "é como dizes..."
A obediência é que foi a verdadeira fundadora das Irmãs Vitorianas.
É a obediência à vontade de Deus que faz surgir qualquer obra divina.
É por isso que a Irmã Wilson costumava dizer: "quem obedece, nunca se engana."
 
Mas estes aplausos não me acordaram e continuei no meu sonho.
Vi que a Irmã Wilson tinha na sua mão uma pequena semente que colocou na mão de uma noviça. Surgiu logo outra semente que ela entregou a outra e assim sucessivamente, como se surgisse de uma fonte inesgotável ou de um golpe de magia. Cada noviça recebia uma semente...
Ao recebê-la cada pessoa tranformava-se numa árvores que crescia rapidamente...
A determinada altura, ela também estendeu-me a sua mão... e nisto acordei.
Compreendi então que a Irmã Wilson, ao fundar a congregação, recebera uma semente.
Não a guardou apenas para si.
Semeou-a e depressa ficou a saber que carregava uma floresta que ainda hoje continua a dar frutos, sementes e a florescer por toda a terra.

Santo Amaro


Uma noite, devia ser às abas da alvorada, estava S. Bento na sua cela, ouviu o jovem Plácido que se levantava no quartinho ao lado. – Onde irá ele, tão madrugador? – disse de si para consigo. Mas continuou em oração e deixou que o sol se levantasse…

Desce ele a montanha com um cântaro ao ombro. Milagre é que ainda o não o tenha quebrado porque vai saltitando num alor de juventude incontida.

Lá vai ele na esteira do cântaro que, antes de encher, faz uns ensaios de natação boiante…

São Bento na sua cela tem um pressentimento que se volve em certezas: Plácido caiu à água. Manda vir Amaro e diz-lhe que voe à lagoa e leve salvamento ao noviço. Vem Amaro de escantilhão por ali abaixo, dá-se conta que a corrente vai arrastando o cântaro e o aguadeiro e, sem tirte nem guarte, cego para o perigo, avança por cima da água e caminha a pé enxuto, a espaços deslisando em patinagem …

Agarra Plácido pela cabeleira e vem-no trazendo para as ervas ridentes… Ali virou-o de boca para baixo e fê-lo deitar toda a água que tinha engolido.

Só depois disto é que ajuizou do que acabava de fazer e sentiu um frémito de terror: olhava para o pego fundo e reconhecia que não sabia nadar. Apalpava-se e estava enxuto. Mais. Com Plácido tinha trazido o cântaro ou ele viera nadando atrás deles e balançava-se ali, na margem. Ambos silenciosos, Plácido e Amaro sobem agora a ladeira, rumo à cela de S. Bento. Chegam e ali se arma uma discussão. Amaro atribuía, e com toda a justiça o milagre a S. Bento. Este atribuía-o à obediência de Amaro.

Neste ponto os sábios têm metido a sua colherada, mas pouco têm adiantado porque sendo Amaro e Bento ambos santos de altar julgam que é roubar a este o que dão aquele e não sentenciam, deixando o veredicto em suspenso, suponho que até ao juízo final.

(João Maia, São Plácido, in Mensageiro, Janeiro 1981)

domingo, 13 de janeiro de 2013

Batismo do Senhor

Ao contemplar o Batismo de Jesus, somos convidados a recordar o nosso próprio batismo e a vida nova que a partir daí iniciámos.
 
A) O nosso batismo
Sempre que tenho a oportunidade de administrar o batismo escolho a leitura que ouvimos hoje no Evangelho e digo que o mesmo fenómeno acontece nesse dia: O céus também ficam abertos e Deus declara com a mesma ternura: Este é meu filho, minha filha, bem amado!
Os céus abertos para daí nos vir todas as bênçãos e graças e para que possamos caminhar para lá pois as suas portas estãoescancaradas. Não caminhamos à toa, mas Deus espera-nos.
Além disso Deus tem orgulho de nós. Será que nós lhe damos motivo para tal? Se Deus tem orgulho de ser nosso Pai, será que nós sempre temos orgulho de sermos seus filhos?
Que a ternura de Deus nos contagie.
 
B) A nossa vida
Não basta ser batizado. É preciso viver em coerência com essa nova vida. Antigamente uma pessoa convertia-se e só depois é que era batizada. Antigamente batizava-se os convertidos. Hoje é o contrário: nós temos de converter os batizados. Primeiro somos batizados (em criança) e temos o resto da vida para nos convertermos. E há tanta conduta a corrigir, tanta atitude a melhorar!
Recordo um episódio histórico:
Conta-se que Alexandre Magno, o maior conquistar e senhor do mauor império de sempre, que subiu ao trono da Macedónia com 20 anos apenas e ao morrer de doença aos 32 anos era senhor de meio mundo, um dia soube que um soldado era um autêntico "baldas". Andava desleixado, indisciplinado, desobediente... Ninguém podia contar com ele. O próprio imperador foi ter com ele e começou por perguntar-lhe:
- Então, ó soldado, como é que e chamas?
O soldado, apesar de tão irresponsável respondeu cheio de vaidade:
- Eu chamo-me Alexandre, como vossa majestade!
Alexandre Magno, ficou perplexo e cpm autoridade respondeu-lhe:
- Então, rapaz, de duas, uma: ou mudas de conduta, ou mudas de nome!
Assim nós ao recordarmos o nosso batismo se as nossas atitudes não estar a condizer com o nome de cristão, de duas, uma: ou mudamos de nome ou então mudemos de vida, pois é preciso cada dia converter os batizados.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Veni, vidi, vici


6ª Feira depois da Epifania
 
Júlio César disse um dia, talvez para justificar a vitória fácil de uma difícil batalha:
- Vim, vi e venci!
Isto quer dizer que houve determinação, confiança, atenção, vontade, realização e sucesso.
 
O mesmo podemos constatar na página do Evangelho de hoje:
Vinham multidões para ouvir Jesus e serem curados...
 
Apenas há a diferença de ver para ouvir.
É preciso a mesma determinação, vontade de vencer, confiança, atenção, etc...
 
Que possamos dizer:
- Vim, ouvi e venci!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Gonçalo de Amarante

Hoje a Igreja propõe-nos a Memória Facultativa do Beato Português, Bem-aventurado Gonçalo de Amarante.
 
Do Pe. António Vieira, Sermão de São Gonçalo de Amarante, pregado na Baía, a 10 de janeiro de 1682:
“Mas se os Sermões de S. Gonçalo todos eram encaminhados à doutrina dos ouvintes, e não é licito faltar à imitação do Santo no seu próprio dia; que doutrina posso eu tirar deste Sermão, que seja acomodada aos que me ouvem?
Hei-de exortá-los a que sejam bons Pastores, como S. Gonçalo? Isto pertence aos Eclesiásticos.
Hei-de exortá-los a que vão em peregrinação ao Brasil, a Jerusalém? Assaz peregrinos são os que tão longe se desterraram da pátria.
Hei-de exortá-los a que façam milagres? Basta que sejamos Santos sem aspirar à canonização.
Que doutrina será bem logo a que tiremos da vida, e obras de S. Gonçalo?
 
A primeira que me ocorria muito útil, e muito necessária, é que o imitássemos em fazer pontes.
São Gonçalo fez pontes (por exemplo sobre o rio Tâmega, em Amarante, ligando as duas margens junto ao convento).
E continua a manter essas pontes, mesmo depois da morte:
Alguns anos depois de morto, S. Gonçalo em ocasião de uma extraordinária tempestade vinha tão cheio, e furioso o Rio Tâmega, que não só levava envolto consigo quanto encontrava nas ribeiras, mas também nos montes. Entre outras cousas vinha atravessado na corrente um carvalho de tanta grandeza, que julgaram atónitos quantos o viam, que batendo o peso seu, e das águas a Ponte, arruinaria os arcos, e a derrubaria sem dúvida. S. Gonçalo, (gritaram todos) S. Gonçalo, acudi à vossa Ponte: eis que no meio destes clamores vêem sair da Igreja um Fradinho vestido de branco com o manto negro, e um cajadinho na mão, o qual voando pelo ar ao Rio, lançou a volta do cajadinho a um ramo do tronco, e fazendo-o encanar, e embocar direito pelo olho do arco maior, ele passou precipitado com a corrente, e a Ponte sem dano, nem perigo ficou tão firme, e inteira como fora edificada. Com iguais clamores, e triunfos deram todos graças a S. Gonçalo que pelo Hábito, e lugar donde saíra visivelmente, se lhe manifestou com era.
 
Segundo exemplo a copiar de S. Gonçalo:
E sendo a sua vida e morte uma perpétua imitação de Cristo; foi cousa maravilhosa, que assim como nascido tomou por exemplar a Cristo morto na cruz, assim morrendo imitou ao mesmo Cristo nascido no Presépio. Morreu enfim S. Gonçalo entregando a Alma nas mãos da Rainha dos Anjos, de que foi devotíssimo, e se achou presente a seu felicíssimo trânsito; e tanto que expirou, se ouviu no ar uma voz, que dizia: Ide todos ao enterro do Santo. Concorreram todos, e o leito em que acharam defunto o sagrado corpo, foi deitado no chão sobre umas palhas. Assim acabou na morte imitando a Cristo nascido no Presépio, quem assim desde seu nascimento tinha imitado a Cristo morto na Cruz. Oh ditoso nascer, e ditoso morrer! Oh ditoso começar, e ditoso acabar! Este foi o último exemplo, que S. Gonçalo deixou ao mundo, e com que deixou o mundo, que todos também havemos de deixar. E pois o não imitamos no nascimento, ao menos comecemos desde este dia seu ao imitar na morte, trazendo sempre diante dos olhos o fim da vida, para que por seus merecimentos, e intercessão, consigamos a vida sem fim. Àmen.”
 
Conclusão:
Podemos ser como São Gonçalo.
Basta lançar pontes e conservá-las, pois amar é lançar pontes de união. Já alguém disse que amar é criar laços. Hoje São Gonçalo diz-nos que amar é lançar pontes. Amar a Deus é estar unido por essa ponte. Amar os irmãos é manter pontes de comunicação e união.
Podemos também seguir São Gonçalo imitando Jesus Menino que nasceu como nós para que nós possamos viver como ele.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Deus amor

3ª Feira depois da Epifania
 
Da Primeira Leitura:
Se Deus é amor, Jesus é amor...
 
Eu pensava que o amor escrevia-se com 4 letras apenas, mas amor escreve-se com 5 letras. Escreve-se com as letras J E S U S porque Deus é amor, Jesus é amor, o nosso amor é Jesus.
 
Do Evangelho de hoje:
Jesus primeira alimento o interior, reforça a alma e... só depois alimenta o corpo, sacia o corpo.
É o que pedimos na Oração do Pai Nosso: Primeiro pedimos o alimento e a força interior e depois o alimento e as foraçs exteriores, do corpo.
 
Conclusão:
Amar a Deus é o maior dos romances;
procurá-lo é a maior das aventuras;
encontrá-lo é a maior de todas as realizações.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Todos os caminhos vão dar a...


2ª Feira depois da Epifania

Na 1ª Leitura:
Nós somos de Deus.
Deus não é nosso. Deus é de todos.
Nós é que devemos ouvir a Deus e não esperar que Deus nos escute.
Nós é que fazeos a Sua vontade e não esperar que Deus faça a nossa vontade.
Tudo iso porque nós somos de Deus.
E Deus não é de ninguém, Deus é de todos e todos são de Deus.

Da 2ª Leitura:
Costumamos dizer que todos os caminhos vão dar a Roma, mas nesta página do Evangelho todos os caminhos vão dar a Cafarnaum e toda a gente vai dar a Jesus.
Cafarnaum era a conflugência de todas as estradas, caminhos e direções...
Jesus era o ponto de encontro de toda agente.
É preciso fazer-se à estrada, pois todos os caminhos, todas as peregrinações vão dar a Jesus.

domingo, 6 de janeiro de 2013

O exemplo dos Reis Magos


Ano C - Epifania do Senhor

 
Havia um homem ansioso por encontrar o Deus em quem acreditar.
Um dia recebeu uma mensagem: Deus vai visitar o seu povo. Prepara-te!
O homem arrumou a casa, preparou-se e sentou-se na varanda à espera dessa visita tão suspirada. Esperou, esperou, mas ninguém apareceu.
Estava quase desesperado quando recebeu outra mensagem: Acorda, oh homem. Deus veio visitar o seu povo, mas é preciso ir ao seu encontro. Sai de casa!
O homem percebeu que tinha de pôr-se a caminho. Saiu de casa e percorreu todas as ruas e caminhas, mas não encontrou o ilustre visitante.
Já se sentia perdido quando recebeu um SMS: Desperta oh homem! É preciso ir ao encontro do Deus, mas nunca sozinho! Arranja companhia!
Então o homem fez-se acompanhar de dois amigos. Assim estaria em condições para encontrar com o seu Deus. Continuaram assim a busca, mas nada acontecia.
Finalmente chegou-lhe mais um aviso: Abri os olhos, homens de pouca fé! Não sair para procurar, nem basta formar comunidade, é preciso levar-lhe alguma oferta.
Então os homens prepararam o ouro do seu coração, o incenso do seu louvor e da mirra da sua vontade e no virar da esquina encontraram logo Quem procuravam.

 
Foi isto precisamente o que nós contemplamos neste dia da Epifania:
Os magos saíram da sua terra para ir ao encontro de Deus que o veio visitar. (Também nós só encontraremos o nosso Deus se sairmos de nós mesmos, se partirmos, se o procurarmos)
Cada um dos magos não veio sozinho. Fizeram comunidade para alcançar o seu objetivo. (Assim também nós sozinhos nunca encontraremos o nosso Deus. É preciso estar unidos para que Ele nos encontre)
Os magos deixaram-lhe presentes: ouro, incenso e mirra. Cada um ofereceu um de tudo um pouco. Todos ofereceram ouro, todos ofereceram incenso e todos ofereceram mirra pois não basta ir em assembleia ao seu encontro com as mãos limpas, é preciso que estejam cheias… (Assi nós também podemos partilhar tudo o que temos: o ouro do nosso coração, o louvor do nosso incenso e a mirra da nossa vontade).

 
Assim, todos nós somos reis, todos iremos encontrar o Deus que nos veio procurar e chegaremos à conclusão que, afinal, nós não o enriquecemos, ele é que nos cumula das suas graças e bênçãos.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Basílio e Gregório

Não sei se estes dois santos, bispos e doutores da Igreja eram SANTOS PORQUE ERAM AMIGOS OU SE ERAM AMIGOS PORQUE ERAM SANTOS.
Só sei que os santos são amigos e os amigos são santos.
 
Basílio Magno
Basílio nasceu em Cesareia da Turquia, antiga Capadócia, no ano 329. Pertencia a uma família de santos. Seu avô morreu mártir na perseguição romana. Sua avó era Santa Macrina e sua mãe, Santa Amélia. A irmã, cujo nome homenageia a avó, era religiosa e se tornou santa. Também, seus irmãos: São Pedro, bispo de Sebaste e São Gregório de Nissa, e seu melhor amigo São Gregório Nazianzeno, são honrados pela Igreja.
Basílio estudou em Atenas e Constantinopla.
Decidiu ir para o Egito aprender com os monges do deserto a viver em solidão. Ao regressar consagrou-se monge.
Foi eleito bispo de Cesareia da Turquia.
Trabalhava e escrevia sem cessar, apesar da saúde débil. Sofrendo de hepatite, quase não podia alimentar-se, a ponto de sua pele tocar os ossos.
Morreu no 1º de janeiro de 379, com apenas quarenta e nove anos.
O seu amigo de vida e de fé, Gregório Nazianzeno, também comemorado nesta data, disse no dia do funeral:
"Basílio santo, nasceu entre os santos. Basílio pobre viveu pobre entre os pobres. Basílio, filho de mártires, sofreu como um mártir. Basílio pregou sempre; com seus lábios e com seus exemplos, e seguirá pregando sempre com seus escritos admiráveis".
 
Gregório Nazianzeno
Gregório nasceu no ano 329, numa família muito devota, na Capadócia, atual Turquia.
Seu pai foi eleito bispo da cidade de Nazianzo e teve o cuidado para que seu filho fosse educado nas melhores escolas e academias.
Desde pequeno demonstrava um forte temperamento místico e inclinação para a vida de
Foi estudante em Atenas onde cultivou uma fiel amizade com São Basílio.
Como estava vaga a diocese de Sásimos, na Ásia Menor, o bispo São Basílio consagrou-o bispo desta sede.
Em virtude de sua grande erudição teológica e seus claros conhecimentos sobre a discutida cristologia dos primeiros tempos, foi escolhido para bispo de Constantinopla.