quarta-feira, 31 de agosto de 2011

In + Firmus

4ª Feira - XXII Semana Comum

Perguntaram-me se eu acreditava no DEMÓNIO.
E eu secamente respondi que não.
Insistiram: - Mas olhe que tem de acreditar nele, pois ele existe.
- Ai sim, justifico-me, eu não sei se existe ou não, só sei que não acredito no demónio, pois ele não é credível, não é de confiar… Além disso eu só acredito em Deus e em quem Deus acredita. De certeza que Deus não acredita nem confia no demónio.
Mas o demónio acredita em Deus: “Eu sei quem tu és, és o santo de Deus…” ouvimos hoje no evangelho.

Eu só quero acreditar em Deus… e que Deus acredito também em mim!


Jesus curou a sogra de Pedro que estava enferma… e trouxeram muitos enfermos a quem Jesus imponha as mãos e eles ficavam curados.
Isto que quer dizer?
IN + FIRMUS = não firme, inseguro, instável.
Um enfermo é alguém débil, que não se segura, que não consegue estar firme.
Então Jesus impõe-lhe a mão e dá-lhe firmeza, dá-lhe apoio seguro…
A cura que Jesus proporciona é esta firmeza, esta segurança.

Saibamos então apoiar-nos n’Ele.



segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Martírio de João Baptista

Neste dia celebramos o martírio de São João Baptista.

Foi Mártir porque Profeta;
foi Profeta porque Precursor;
foi Precursor porque humilde;
foi humilde, mas grande aos olhos de Deus…

Que João Baptista nos ensine a sermos especialistas como Ele na arte de:

ANUNCIAR = Comunicar ou apontar = Eis o Cordeiro de Deus

DENUNCIAR = Acusar, revelar = Não é lícito que tomes a mulher…

ENUNCIAR = Expor, demonstrar = Que havemos de fazer?...

PRENUNCIAR = Anunciar antecipadamente, predizer = Precursor

PRONUNCIAR = Declarar, proferir = Voz que clama… arrependei-vos

RENUNCIAR = Rejeitar, largar = Não sou digno… Que Ele cresça…


domingo, 28 de agosto de 2011

Tomar a cruz

Ano A - XXII Domingo Comum

"Quem quer ser meu discípulo, renegue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me..."

Na nossa vida temos sempre, quer queiramos ou não, considerar 2 vontades:
A Nossa Própria Vontade
e a Vontade de Deus.
Tudo o que fazemos, decidimos ou esperamos é conformar a nossa vida com essa dupla vontade.

Consideremos duas ripas de madeira, uma maior e outra menor.
Se quisermos identificá-las com a Nossa Vontade e a Vontade de Deus, com certeza identificaríamos a maior com a de Deus e a mais cruta com a nossa própria vontade.
Como harmonizar essas vontades ou essas ripas?
- Ou coloco-as lado a lado como sendo paralelas. (Sinal de independência). Nunca conseguirei harmonizá-las, pois nunca se encontrarão. Estão ali, lado a lado como se não existissem uma para a outra. Assim não serve.
- Ou então posso colocar a ripa mais curta sobre a mais longa: sobrepor a nossa vontade limitada sobre a eterna vontade de Deus. (Sinal de autonomia, eu é que mando em mim). É uma loucura, pois fica sempre muito fora do nosso alcance. Assim não dá.
- Ou então posso colocar a ripa mais longa, a vontade de Deus, sobre a nossa, a ripa mais curta. (Sinal de aniquilamento). Também não é solução pois Deus não quer fazer desaparecer nada e nem ninguém.
- Só há uma solição: é colocar a ripa maior na vertical e sobrepor a menor na horizontal sobre a primeira, à maneira de cruz. Só assim podemos harmonizar as duas ripas ou as duas vontades: a minha e a de Deus em forma de cruz.

Tomar a cruz é conformar a nossa vontade com a de Deus, é unir as duas vontades.
A vontade de Deus é viver unido a Ele, colaborar com Ele, servir o semelhante, amar, oerdoar, fazer o bem.
Que a vontade de Deus seja a minha vontade e a minha vontade seja conformada à vontade de Deus.

Sempre que me benzo, faço a cruz, abençoo ou vejo um crucifixo posso lembrar-me que a cruz representa a união de duas vontade:
Senhor que eu queira o tu tu queres...

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Parábola das donzelas


6ª Feira - XXI Semana Comum

O Reino dos céus é como 10 donzelas, cinco das quais prudentes e as outras insensatas.

Lições a tirar:
Há coisas comuns e há diferenças...

Comuns:
- Todas as donzelas estão no reino...Este é universal. O Reino dos céus é constituido por DEZ e não apenas por cinco.
- Todas as personagens têm as mesmas oportunidades, ou os meios ou as mesmas condições. Não há gente à partida mais facultada para entrar no Reino dos céus.
- Ambos os grupos passam pelas mesmas dificuldades, pela sonolência...

Diferenças:
- A diferança está no Brilho. Umas brilharão mais que as outras. Estão todas no mesmo reino mas umas terão luz mais brilhante...
- A diferença está na proximidade ou semelhança com o noivo... Umas estão junto dele, outras ficam aquém...
- Outra diferença está na pena: Se soubesse que era assim, tihna-me prevenido em terra...Quem vai ao mar avia-se em terra... para não se lamentar depois.

Cada um de nós é este grupo de 10 donzelas: às vezes somos prudentes, outras vezes insensatos.
Mas a nossa vida não deixa de ser equilibrada. É por isso que metade é assim e a outra metade é diferente... na justa medida.

Assim somos nós aos olhos de Deus, isto é, no Reino dos Céus.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Bartolomeu ou Natanael

Hoje celebramos a festa do Apóstolo Bartolomeu.

A primeira leitura abre-nos as portas do Reino de Deus:

Essa nova Jerusalém, ou novo céu e nova terra, ou reino dos céus
tem 3 portas ao Sul,
3 portas a Norte,
3 portas a Oriente,
3 portas a Ocidente.

Não faltam portas de entrada - 3 de cada lado...
para dizer que há facilidade de acesso de onde quer que se venha, há sempre tantas portas ...
Não há discriminação nenhuma, há 3 portas iguas em todos os 4 pontos cardeais...

Só não entra quem não quer, pois há portas à discrição e sem discriminação... igualdade de circunstâncias e de oportunidades.

Nem se precisa dobrar a esquina para encontrar uma porta, pois temo-la sempre à nossa frente, independentemento do nosso ponto de origem... ou de chegada.

Tudo isto é sinal da universalidade, acessibilidade, generosidade e igualdade de oportunidades do Reino de Deus...


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Cuidar do mais importante

3ª Feira - XXI Semana Comum

1ª Reflexão
Na Primeira Leitura, São Paulo diz que cuidou da comunidade de Tessalónica: apresentámo-nos no meio de vós com bondade, como a mãe que acalenta os filhos que anda a criar.
Isto que quer dizer?
Há sempre uma dimensão marterna ou familiar na missão,
e há uma dimensão missionária na família ou na comunidade materna...

2ª Reflexão
No Evangelho: Limpa primeiro o interior do copo para que também o exterior fique limpo.
Isto quer dizer.
- que o interior é mais importante,
- que Dus não repara no exterior, não liga às aparências
- Deus só conhece o ´intimo do coração' (refrão do salmo responsorial de hoje).

Se Jesus falasse hoje não diria tal e qual disse nesta página do Evangelho, para limparmos interior em vez de nos preocuparmos com a pureza do exterior.
Diria antes: Se vos sabeis apresentar-vos bem exteriormente e cuidar do vosso aspecto exterior, porque não cuideis do mesmo modo do vosso interior, pois ele é ainda mais importante.

É por isso que nas Sacristias antigamente havia sempre um espelho. Porquê? Para que o Sacerdote se apresentasse bem, pois a comunidade merecia essa atenção e Deus ainda mais. Além disso havia umas 'sacras' ou quadros com orações de preparação interior. O celebrante preparava-se exteriormente sem descurar a sua preparação interior.

Costumo reconfortar alguns colegas meus que são carecas, dizendo-lhes:
"Não te preocupes isso. Se o cabelo fosse mesmo muito importante, Deus em vez de o colocar fora, teria colocado no interior da cebeça..."
Pois é! O mais importante é o que está no interior.
Cuidemos então dele.

Por fim: Se eu ao olhar para alguém sou capaz de dar graças a Deus pela sua beleza exterior que contemplo... ainda mais extasiado devo ficar se pensar que se é assim o exterior, como não será ainda mais belo o interior!


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O mais importante é AMAR

6ª Feira - XX Semana Comum

Para poder amar muito a Deus no céu,
é preciso, em primeiro lugar, amá-Lo muito na terra.

O grau do nosso amor a Deus aqui nesta vida
será a medida do nosso amor a Deus durante a eternidade.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Trabalhadores da vinha

4ª Feira - XX Semana Comum

Quem é quem nesta parábola dos trabalhadores da vinha do Senhor?

O Proprietário - é Nosso Senhor, o Nosso Criador.

A Vinha - é a Igreja Universal que tem de dar fruto abundante.

As horas de contratação - são os pregadores que Deus vai enviando para cuidar da Igreja.

O Nascer do dia - é o tempo de Adão a Noé.

A Terceira hora - é o tempo de Noé a Abraão.

A Sexta hora - é a época de Abraão a Moisés.

A Décima primeira hora - vai desde a vinda do Senhor até ao fim do mundo.

O pagamento aos trabalhadores - é o juízo final ou a recompensa eterna.

O Senhor continua a enviar trabalhadores para cultivar a sua vinha, isto é, servidores para ensinar o Seu povo.

Os chamados de hoje continuem o trabalho dos patriarcas, profetas, doutores, apóstolos.

Todos aqueles que  acrescentam boas obras fazem parte dos trabalhadores do Senhor e ajudam a cuidar da sua vinha.



quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Santa Clara de Assis

Era bela, rica, poderosa. Um dia conheceu Francisco, ouviu-o pregar e escolheu viver na mais absoluta pobreza. Santa Clara de Assis é a face feminina do franciscanismo. Conta a lenda que derrotou sarracenos com um raio de Sol e ensinou como se pode ser feliz sem nada

Celano, ao escrever a primeira biografia de São Francisco de Assis, em 1228, quando Clara não tinha mais do que 34 anos de idade (dos sessenta que deveria viver, quarenta e dois dos quais como Abadessa das Irmãs Pobres de São Damião) já fale dela como de uma santa canonizada:
"Clara... virgem no corpo e puríssima no coração; jovem em idade mas amadurecida no espírito. Firme na decisão e ardentíssima no amor de Deus. Rica em sabedoria, sobressaiu na humildade. Foi clara de nome, mais clara por sua vida e claríssima em suas virtudes...

Trecho da Bula de canonização de Santa Clara, publicada pelo Papa Alexandre IV, que canonizou a Santa a 15/8/1255
"Clara, preclara por seus claros méritos, clareia claramente no céu pela claridade da grande glória, e na terra pelo esplendor dos milagres sublimes. Brilha aqui claramente sua estrita e elevada religião, irradia no alto a grandeza de seu prémio eterno, e sua virtude resplandece para os mortais com sinais magníficos.
A esta Clara foi dado o título do privilégio da mais alta pobreza…
Esta Clara foi distinguida aqui por suas obras fúlgidas, esta Clara é clarificada no alto pela plenitude da luz divina. E a maravilha de seus prodígios estupendos declara-a aos povos cristãos.
Ó Clara, dotada de tantos modos pelos títulos da claridade! Foste clara antes da tua conversão, mais clara na conversão, preclara por teu comportamento no claustro, preclara pelos seus claros méritos, e brilhante claríssima depois do curso da presente existência!
O mundo recebeu de Clara um claro espelho de exemplo: por entre os prazeres celestiais ela oferece o lírio suave da virgindade.
Ó admirável clareza da bem-aventurada Clara, que quanto mais diligentemente é buscada em pontos particulares mais esplendidamente é encontrada em tudo. Brilhou no século e resplandeceu na religião. Em casa foi luminosa como um raio, no claustro teve o clarão de um relâmpago! Brilhou na vida, irradia depois da morte. Foi clara na terra e reluz no céu! Como é grande a veemência de sua luz e como é veemente a iluminação de sua claridade!"

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

São Lourenço

Hoje celebramos a festa do mártir São Lourenço, diácono da Igreja de Roma, queimado vivo na perseguição religiosa do ano 258.

São Leão assim expressou o martírio de São Lourenço:

"As chamas não puderam vencer a caridade de Cristo;
e o fogo que queimava por fora foi mais fraco
do que aquele que lhe ardia por dentro."

terça-feira, 9 de agosto de 2011

A Santa judia








Teresa Benedita da Cruz,
(Edith Stein, 1891-1942)
Padroeira da Europa

Judia de nascimento, foi após a leitura, de um fôlego, da Autobiografia de Santa Teresa d’Ávila, que ela encontrou o caminho de vida que procurava.
Por sua vontade, foi baptizada na Igreja Católica no dia 1 de Janeiro de 1922. Continuou a sua vida como professora e escritora, até ser agregada às Irmãs Carmelitas, em 1933. Durante este período, vai-se desenvolvendo o seu trabalho intelectual e o aprofundamento da sua fé cristã, sem deixar de ter um profundo respeito pela fé da sua família e do seu povo judeu, que nunca renegou. Morreu a 9 de Agosto de 1942, na câmara de gás de Auschwitz, para onde fora levada juntamente com a sua irmã Rosa, também baptizada, e tantos outros perseguidos pelo nazismo.

Fazemos nossas as palavras do Papa João Paulo II, pronunciadas a 11 de Outubro de 1998, dia da sua canonização:
«Edith Stein é para nós um exemplo e uma guia. Do misterioso projecto divino sobre a sua pessoa, no início também ela percebeu somente “poucos e suaves sons”, como de uma melodia que ressoava ao longe. Na escola da Cruz, estes sons compuseram-se entre si e tornaram-se sinfonia interior.
Graças à sua intercessão, possa também a nossa vida transformar-se numa harmoniosa sinfonia para louvor e glória de Deus».


segunda-feira, 8 de agosto de 2011

São Domingos

Hoje celebramos a memória de São Domingos
Contemplemos o seu RAMALHETE DE VIRTUDES

Ramalhete de virtudes de SÃO DOMINGOS

1 - Mestre Domingos foi sempre homem humilde, manso, paciente, moderado, pacífico, sóbrio, modesto e muito maduro em todos os seus actos e palavras; piedoso, consolador dos demais e em especial dos seus frades; cheio de zelo pela observância regular, muito amante da pobreza tanto na comida como na sua vestimenta e dos frades da sua Ordem e também nos edifícios e igrejas dos frades.

2 - Quando caminhava pelas cidades e vilas, mal levantava da terra os olhos.

3 - Duas ou três vezes foi eleito bispo, mas renunciou sempre, querendo mais viver na pobreza com os seus frades, do que possuir qualquer benefício episcopal.

4 - Raras vezes falava, a não ser com Deus ou de Deus, e sempre procurou persuadir os seus frades a fazerem o mesmo.

5 - Com frequência exortava e animava com palavras e por escrito aos frades da sua Ordem, para que estudassem o Novo e o Antigo Testamento. Sempre levava consigo o Evangelho de Mateus e as Cartas de Paulo, e estudava muito nelas, de tal modo que quase as sabia de cor.

6 - Era alegre e festivo, misericordioso e benigno, consolador dos frades. Se encontrava algum frade que havia faltado em algo, passava como se não o visse; mas depois, com rosto alegre e palavras brandas, lhe dizia: “Irmão, tu fizeste mal, confessa...”. E com suaves palavras induzia a todos à penitência.

7 - Nunca se ouvia sair da boca de frei Domingos palavra feia, ociosa ou nociva.

8 - Nunca, nem nas fadigas dos caminhos, nem no calor da paixão, ou noutras circunstâncias, o viram irado, excitado ou perturbado, mas sempre alegre nas tribulações e paciente nas adversidades.

9 - Nunca celebrava missa sem derramar lágrimas. Passava as noites em oração rezando com soluços e lágrimas. E quando pregava algum sermão aos frades, derramava lágrimas. E muitas vezes os frades também choravam.

10 - Quando frei Domingos ficou doente, daquela enfermidade que o levou depois à morte, os frades estavam juntos a ele e choravam. Frei Domingos disse: “Não queirais chorar, porque eu serei mais útil no lugar para onde vou do que se ficasse aqui”.

sábado, 6 de agosto de 2011

Escutar, Olhar, Falar

Ano A - XIX Domingo Comum

1º Escutar o convite de Jesus
Jesus ordenou aos discípulos que entrassem no barco e passassem para a outra margem…
Parece que os discípulos não queriam ouvir nem entrar pois Jesus teve que obrigá-los.
O barco simboliza o plano de Deus para a nossa vida.
O barco é tudo o que Deus idealiza para nós.
A Igreja é um desses barcos que Jesus preparou para nós.
Ele continua a dizer: entra no barco e passa para outro lado. Deixa essa margem, entra no barco e muda de direcção da tua vida.
Não fiques entre a multidão sem rumo, enfrenta as tempestades e vai mais além, mais longe… alarga os horizontes da tua vida.

2º Olhar para o modelo de Jesus
Os nossos olhos devem acompanhar a Jesus…
Às vezes aos nossos olhos Jesus parece-nos distante, imperceptível, difuso…
É preciso fixar o nosso olhar Nele para O descobrirmos melhor.
Se desviarmos o nosso olhar de Jesus começaremos a afundar-nos no meio das tempestades da vida.
(Exemplo das corridas de bandejas… só um conseguiu chegar ao fim ser derramar nenhum copo cheio de água: porque eu estava com os olhos fixos no copo, não via mais nada, só o copo.)
Pedro fixou os olhos em Jesus, como o jovem fez com o copo, e teve a força que tanto precisava para vencer as resistências.
Enquanto Pedro estava olhando para Jesus conseguia andar sobre o mar. Bastou tirar os olhos de Jesus, olhar temerosamente para a força do vento e para as ondas do mar, para começar a perder o equilíbrio e afundar…
Tu queres afundar? Então olha para os teus problemas, olha para o medo, olha para ti …
Queres andar sobre o mar? Queres ir mais além? Olha para Jesus, fixa o teu olhar na Sua pessoa.
Elevemos então os nossos olhos para Jesus e o milagre acontecerá.
Tiremos então os olhos dos nossos problemas e fixemo-los em Jesus.
Que ele seja o rumo da nossa vida.
Nunca percamos de vista o nosso Deus.

3º Falar com Jesus
Quando Jesus entrou no barco a tempestade acalmou:
Então os discípulos disseram:
Realmente tu és o Filho de Deus…
E começaram a rezar e a fazer daquele barco um SANTUÁRIO.
Ajoelharam e adoraram a Jesus.
E o barco chegou logo ao seu destino.
Quando fazemos do nosso barco um santuário encontramos logo o destino certo…
Façamos do nosso barco um santuário e a nossa vida terá outro rumo.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

As Neves de Nossa Senhora

Hoje a Igreja propõe-nos a celebração de Nossa Senhora das Neves ou a Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior, de Roma.

Duas reflexões:

a)
Esta festa é como o Natal no tempo de Verão.
A Providência repete em Roma de uma certa maneira os lugares santos da Palestina.
A Basílica de Santa Maria Maior é como Belém. É aí que está o presépio.
A Basílica da Santa Cruz de Jerusalém em Roma é como o Calvário. Ela tem as relíquias da Vera Cruz.
A Basílica de São João Latrão, em Roma, é o Cenáculo. É lá que está a mesa da última Ceia.
A Festa de Santa Maria Maior lembra o Natal e Belém. Tudo nos faz lembrar isso: A neve que traça a planimetria da basílica, segundo a tradição; o presépio ou a manjedoura que veio de Belém e que aí se guarda; as relíquias dos Santos Inocentes cuja festa é contígua à do Natal; os restos mortais de São Jerónimo, o Santo de Belém e custódio da santa gruta.
Agradeçamos à Divina Providência que nos dá esta oportunidade para que seja o dia de Natal do Verão. Saibamos aproveitar para adorar Jesus menino e a ternura da sua mãe.
(Cf. Pe. Dehon, 5 de Agosto, in O Ano com o Coração de Jesus,  1909)

b)
A planimetria ou os traços de uma igreja ou templo desenhados pela neve em pleno Verão lembra-nos outros dois traços da Igreja, com letra maiúscula:
Lembra-nos o traço eclesiológico de Maria
E lembra-nos o traço mariano da Igreja.
Estejamos atentos para ver em Maria esses traços da Igreja
e atentos para ver na Igreja os traços de Maria.



quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Rochas

5ª Feira - XVIII Semana Comum

Deus faz maravilhas a partir da rocha insignificante, dura, rústica, fria e informe.

Na Primeira Leitura, Deus faz brotar da ROCHA água viva.
No Evangelho, Deus faz erguer a sua Igreja, a sua comunidade sobre a ROCHA de Simão Pedro.

E nós?
Deus faz surgir da ROCHA desfeita em PÓ filhos prediletos... Pedras vivas do seu santuário.


Por brincadeira dizemos que a vida de um homem é uma história de PEDRAS:

É uma pedra da Escola
Pedra da rua
Pedra de casa
Pedra dos rins
Água das Pedras
Pedra tumular.

Mas Deus continua a fazer maravilhas a partir destas PEDRAS.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Humildade de Moisés

3ª Feira - XVIII Semana Comum

Na Primeira Leitura lemos:
"Moisés era homem muito humilde, mais humilde que todos os homens sobre a face da terra..."

Não sei se devo contemplar a GRANDEZA DA HUMILDADE de Moisés,
ou se devo contemplar a HUMILDADE DA GRANDEZA de Moisés!


Ladainha da Humildade:

Senhor, tende piedade de nós – Senhor, tende piedade de nós
Cristo, tende piedade de nós – Cristo, tende piedade de nós
Senhor, tende piedade de nós – Senhor, tende piedade de nós

Jesus manso – Escutai-nos, Senhor
Jesus humilde – Escutai-nos, Senhor
Jesus Coração – Escutai-nos, Senhor

Do desejo de ser estimado – Livrai-nos, Senhor
Do desejo de ser amado – Livrai-nos, Senhor
Do desejo de ser procurado – Livrai-nos, Senhor
Do desejo de ser elogiado – Livrai-nos, Senhor
Do desejo de ser honrado – Livrai-nos, Senhor
Do desejo de ser preferido aos outros – Livrai-nos, Senhor
Do desejo de ser consultado – Livrai-nos, Senhor
Do desejo de ser aprovado – Livrai-nos, Senhor
Do desejo de ser lisonjeado – Livrai-nos, Senhor

Do temor de ser humilhado – Livrai-nos, Senhor
Do temor de ser desprezado – Livrai-nos, Senhor
Do temor de ser rejeitado – Livrai-nos, Senhor
Do temor de ser caluniado – Livrai-nos, Senhor
Do temor de ser esquecido – Livrai-nos, Senhor
Do temor de ser ridicularizado – Livrai-nos, Senhor
Do temor de ser burlado – Livrai-nos, Senhor
Do temor de ser injuriado – Livrai-nos, Senhor

Ó Maria, mãe dos humildes – Rogai por nós
São José, protector das almas – Rogai por nós
São Miguel, o primeiro a abater o orgulho de Satanás – Rogai por nós
Todos os santos, justificados pela humildade – Rogai por nós

Oremos:
Ó Jesus, que dissestes “aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração”, ensinai-nos a ser, de verdade, mansos e humildes e a ter um coração igual ao Vosso.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo…


(Cf. Cardeal Merry del Val)

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Maná

2ª Feira - XVIII Semana Comum

Eu pensava que o Maná, dispensado por Deus ao povo peregrino no deserto era "uma papinha jé feita".
Pensava que o povo recolhia e comia imediatamente sem mais trabalho...

Ao ouvir a primeira leitura chego à conclusão que Deus dá sempre duas coisas complementares:
Dá a sua graça e dá a capacidade de trabalho e de completar a obra por Ele começada.

O povo tinha de recolher o maná, passá-lo pelo moinho, amassá-lo, cozê-lo e partilhá-lo.
Isto é, Deus dá como oferta e exige sempre trabalho, esforço, conquista.
Se tudo estivesse já feito ou completo, nada teria gosto, valor ou sentido.

A maior oferta ou presente que Deus dá é a capacidade de colaborarmos na sua obra.
Deus não nos dá coisas completas, mas dá-nos a capacidade de as concluirmos.

A maior obra de Deus somos nós.
Deus criou criadores.