quinta-feira, 31 de março de 2011

Cronologia

Ao terminar Março, o mês mais dehoniano, partilhamos a uma cronologia da vida de Leão Dehon

Mais do que somar 82 anos à sua vida, queremos contemplar a vida que ele somou aos seus 82 anos.

1843 – Ano 0
14 de Março = Nasceu Leão Dehon em La Capelle (Aisne) França.

1844 – Ano 1
O avô de Leão Dehon, Sr. Hipólito Dehon, durante décadas foi o Regedor de La Capelle, e como tal, foi ele quem fez o registo do nascimento do seu neto.

1845 – Ano 2
Também o pai de Leão Dehon, Sr. Júlio Alexandre Dehon, foi o Regedor de La Capelle durante vários anos.

1846 – Ano 3
19 de Setembro = É a data mais longínqua das recordações de Leão Dehon: três anos e meio. A sua mãe e as suas tias falavam muito da aparição da Virgem Maria a La Salette e das suas lágrimas.

1847 – Ano 4
Leão Dehon teve uma febre cerebral aos 4 anos de Idade. A mãe julgou perder o filho, mas foi curado.

1848 – Ano 5 Leão Dehon nunca deixava a companhia da sua mãe. Enquanto o irmão ia e vinha com seu pai, Leão Dehon ficava em casa e seguia a mãe… A bela alma da mãe passava assim para o seu filho.

1849 – Ano 6
Leão Dehon ia à igreja primeiramente para o banco com a sua mãe… Mais tarde começou a ir para a tribuna do pensionato e um colega ensinou-lhe a seguir as funções pelo seu missal.

1850 – Ano 7
Tinha cerca de 7 anos quando um bispo veio crismar e ao atravessar a igreja abençoava as crianças. Deu a beijar a Leão Dehon a sua cruz dizendo: É a cruz do meu santo predecessor…

1851 – Ano 8
Ao voltar do Pensionato sofreu um acidente numa noite de inverno com um tempo horrível, no meio de turbilhões de neve. Chocou com um cavalo, ficou derrubado no chão e a roda do carro atingiu-o na cabeça junto à orelha. Ficou-lhe uma certa surdez para toda a vida.

1852 – Ano 9
Leão Dehon recebeu influência constante da sua mãe. Tomou dela o gosto pela oração e pelas coisas religiosas. Brincava às capelas…

1853 – Ano 10
O último ano no Pensionato de La Capelle foi particularmente mau para Leão Dehon que se mostrou orgulhoso, altivo e intransigente…

1854 – Ano 11
04 de Junho = Recebeu a Primeira Comunhão na Igreja Paroquial de La Capelle.

1855 – Ano 12
01 de Outubro = Juntamente com o seu irmão Henrique iniciou os seus estudos no Colégio de Hazebrouck.

1856 – Ano 13
25 de Dezembro = Sentiu pela primeira vez o apelo vocacional para o Sacerdócio.

1857 – Ano 14
01 de Junho = Recebeu o Crisma na capela do Colégio de Poperingh, Bélgica, pelo Bispo de Bruges.

1858 – Ano 15
Verão = Durante as férias Leão Dehon foi com o pai ao castelo e parque de Chimmay, na Bélgica. Visitou a Trapa que o fascinou…

1859 – Ano 16
17 de Agosto = Obteve o Bacharelato em Letras.

1860 – Ano 17
12 de Julho = Obteve o Bacharelato em Ciências no Politécnico de Paris.

1861 – Ano 18
Abril a Junho = Primeira viagem à Grã-Bretanha.

1862 – Ano 19
18 de Agosto = Leão Dehon obteve a Licenciatura em Direito.

1863 – Ano 20
12 Agosto a 11 de Novembro = Viagem pela Europa – Reno, Baviera, Áustria, Prússia, Suécia…

1864 – Ano 21
23 de Agosto = Iniciou a Viagem pelo Palestina e Médio Oriente.

1865 – Ano 22
25 de Outubro = Entrou no Seminário de Santa Clara, fazendo os seus estudos de filosofia na Universidade Gregoriana.

1866 – Ano 23
25 de Julho = Fez a Licenciatura em Filosofia.

1867 – Ano 24
21 de Dezembro = Recebeu o Sub-diaconado.

1868 – Ano 25
19 de Dezembro = Foi ordenado sacerdote em São João Latrão, Roma.

1869 – Ano 26
08 de Dezembro = Iniciou-se o Concílio Vaticano, no qual o Pe. Leão Dehon desempenhou a função de estenógrafo.

1870 – Ano 27
19 de Julho = Obteve a Licenciatura em Direito Canónico.

1871 – Ano 28
03 de Novembro = Foi nomeado 7º vigário da Basílica de São Quintino, na Diocese de Soissons.

1872 – Ano 29
23 de Junho = Fundou uma espécie de oratório com o nome de Patronato ou Obra de São José, em São Quintino

1873 – Ano 30
1 de Novembro = Fundou o Círculo Católico de São Quintino.

1874 – Ano 31
Novembro = Fundou o primeiro jornal católico local, ‘O Conservador de Aisne’.

1875 – Ano 32
15 de Maio = Foi nomeado 2º vigário da Basílica de São Quintino.

1876 – Ano 33
24 de Outubro = Foi nomeado Cónego Honorário da Catedral de Soissons.

1877 – Ano 34
16 a 31 de Julho = Deu início ao seu noviciado e escreveu as primeiras Constituições.

1878 – Ano 35
28 de Junho = Fez os seus primeiros votos como Primeiro Oblato do Coração de Jesus. Foi o dia da fundação da Congregação.

1879 – Ano 36
27 de Agosto = O Pe. Dehon estando gravemente doente, a Irmã Maria de Jesus, das Servas do Coração de Jesus, ofereceu a sua vida por ele.

1880 – Ano 37
O irmão do Pe. Dehon, Henrique, foi também Regedor de La Capelle, dando continuidade, por eleição, do mesmo serviço prestado pelo avô e pelo pai durante vários anos.

1881 – Ano 38
29 de Dezembro = Ocorreu um incêndio no Colégio São João.

1882 – Ano 39
11 de Fevereiro = Em La Capelle morreu o Pai do Pe. Dehon.

1883 – Ano 40
19 de Março = Em La Capelle morreu a mãe do Pe. Dehon.

1884 – Ano 41
29 de Março = Recebeu o decreto do Santo Ofício a autorizar a reconstituição da Congregação agora com o nome de Sacerdotes do Coração de Jesus.

1885 – Ano 42
02 de Agosto = D. Thibaudier, bispo de Soissons, aprovou ‘ad experimentum’ as novas Constituições SCJ

1886 – Ano 43
15 a 16 de Setembro = Primeiro Capítulo Geral da Congregação SCJ.

1887 – Ano 44
02 de Outubro = O Pe. Dehon enviou à Santa Sé a relação sobre a Congregação para obter a sua aprovação.

1888 – Ano 45
25 de Fevereiro = Documento ‘Breve Louvor’ em que o Leão XIII deu a aprovação à Congregação SCJ.

1889 – Ano 46
25 de Janeiro = Fundou a revista ‘O Reino do Coração de Jesus nas almas e nas sociedades’.

1890 – Ano 47
06 de Agosto = O Pe. Dehon apresentou o novo Directório Espiritual SCJ.

1891 – Ano 48
15 de Maio = Foi publicada a encíclica de Leão XIII, ‘Rerum Novarum’ que deu impulso ao apostolado social do Pe. Dehon.

1892 – Ano 49
Agosto - Dezembro = o Pe. Dehon participou em vários congressos, assembleias e reuniões de obras sociais.

1893 – Ano 50
28 de Junho = Pe. Dehon é nomeado por D. Duval, presidente da comissão diocesana dos estudos sociais.

1894 – Ano 51
20 de Agosto = Publicou o ‘Manual Social Cristão’.

1895 – Ano 52
O Pe. Dehon publicou ‘A Usura no tempo presente’.

1896 – Ano 53
Dezembro = Publicação do ‘Retiro do Coração de Jesus’.

1897 – Ano 54
10 de Abril = Leão XIII nomeou o Pe. Dehon ‘Consultor do Índex’

1898 – Ano 55
25 de Novembro = Publicação do ‘Catecismo Social’

1899 – Ano 56
14 a 15 de Setembro = Quinto Capítulo Geral da Congregação SCJ.

1900 – Ano 57
26 de Março a 03 de Abril = O Pe. Dehon visitou Portugal ( Lisboa, Almada, Sintra, Alcobaça, Batalha, Leiria, Coimbra, Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos)

1901 – Ano 58
Maio = Publicou ‘A vida de amor para com o Coração de Jesus’.

1902 – Ano 59
09 de Novembro = Começou o Sexto Capítulo Geral SCJ em Lovaina

1903 – Ano 60
28 de Março = Os religiosos SCJ são expulsos de São Quintino na perseguição religiosa da França.

1904 – Ano 61
08 de Agosto = Erecção em Prefeitura da missão SCJ de Stanley-Falls e nomeação de D. Grison SCJ como Prefeito Apostólico.

1905 – Ano 62
O Pe. Dehon publicou ‘Coroas de Amor’

1906 – Ano 63
04 de Julho = Aprovação definitiva da Congregação SCJ

1907 – Ano 64
O Pe. Dehon publicou o ‘Coração Sacerdotal de Jesus’

1908 – Ano 65
O Pe. Dehon publicou ‘O plano da Franco-Maçonaria’

1909 – Ano 66
O Pe. Dehon publicou “Mil léguas na América do Sul” no qual fala da sua escala em Portugal e dos portugueses no Brasil.

1910 – Ano 67
Viagem à volta do mundo: Canadá, USA, Japão, Coreia, China, Filipinas, Java, Ceilão, Índia, Palestina…

1911 – Ano 68
02 de Março = Regresso do Pe. Dehon à França depois da Volta ao Mundo.

1912 – Ano 69
14 de Março = O Pe. Dehon publicou ‘Memórias’.

1913 – Ano 70
01 de Junho = Consagração da igreja São Martinho, cuja construção muito se deveu ao Pe. Dehon.

1914 – Ano 71
Início da I Guerra Mundial = O Pe. Dehon ficou retido em São Quintino e escreveu aí o seu Testamento Espiritual.

1915 – Ano 72
15 de Novembro = Morreu o empresário Leão Harmel, amigo e companheiro das obras sociais do Pe. Dehon.

1916 – Ano 73
01 de Julho = Bombardeamento aéreo de São Quintino.

1917 – Ano 74
Março = Evacuação de São Quintino. O Pe. Dehon foi deportado para a Bélgica. O Papa Bento XV chamou-o a Roma.

1918 – Ano 75
22 de Dezembro = O Pe. Dehon celebrou em Roma os 50 anos do seu Sacerdócio.

1919 – Ano 76
Julho = Publicação de ‘O Ano com o Coração de Jesus’ e ‘A vida interior’.

1920 – Ano 77
18 de Maio = Bênção e colocação da primeira pedra da Basílica do Coração de Jesus em Roma.

1921 – Ano 78
04 de Março = Foi entregue oficialmente e com todos os poderes as missões da Finlândia à Congregação SCJ.

1922 – Ano 79
18 de Julho = O Pe. Dehon eleito Superior Geral vitalício, com aprovação da Santa Sé.

1923 – Ano 80
05 de Dezembro = Aprovação definitiva das Constituições SCJ pela Santa Sé.

1924 – Ano 81
Maio = As novas Constituições SCJ foram impressas e promulgadas pelo Pe. Dehon.

1925 – Ano 82
12 de Agosto, às 12h10 = morreu piedosamente em Bruxelas.

terça-feira, 29 de março de 2011

Amigo, servo e santo

3ª Feira - III Semana da Quaresma

Na 1ª Leitura são recordados a Deus os 3 patriarcas: Abraão seu amigo, Isaac seu servo e Israel seu santo.

Para além de ser uma referência a 3 personalidades, nós podemos uni-las numa única entidade, como se fossem uma pessoa colectiva. Assim, essa pessoa apresentava 3 qualidades distintas. Mas podemos aplicar melhor - a ordem com que nos são apresentados é muito significativa. Primeiro amigo, depois servo e por fim santo. Se fores bom amigo, com certeza serás um bom servo e chegarás a santo.

Peço a Deus que me conceda estas virtudes por esta ordem bíblica: se amigo para ser bom servo e chegar a ser santo!

sábado, 26 de março de 2011

Água Viva

Ano A - III Domingo da Quaresma

- Senhor Padre, qual é a diferença entre a água benta e a água normal?
- A água benta é água normal que recebeu uma benção. É símbolo de Cristo que se apresentou como fonte de água viva.
- E o que é água viva?
- Então tu não sabes? – atalhou um seu colega – Quando a água está a mexer-se nós dizemos que ela está viva. Não é assim, Senhor Padre?
- É pois! - Respondi pensativo. É Cristo que se mexe e que põe-nos a mexer também, e nos faz renascer e reviver. Jesus é a água que corre para a eternidade.
Entre os gregos, as fontes eram divindades veneradas como doadoras da fertilidade, protectoras do casamento. A Bíblia vê nelas a figura da vida eterna que jamais seca, mas também expressão do renascimento baptismal. Tanto pode ser criativa como destrutiva, conforme o simbolismo pascal do morrer e ressuscitar.

No diálogo com a Samaritana, junto ao poço de Jacob, Jesus apresenta-se como fonte de água que jorra para a eternidade. É como a água que vem do alto, lembrando-nos que é divino. Reparte-se em mil gotas, sem perder a sua identidade e para se fazer chegar a todos. Transforma-se em seiva viva de cada um, é fonte de energia e sinal de purificação.
A iconografia cristã representa essa fonte divina no coração trespassado de Jesus, derramando o seu amor para saciar a nossa sede de salvação.
Todos nós bebemos desta fonte viva. Não podemos estagnar.


quinta-feira, 24 de março de 2011

O fardo da pobreza e o da riqueza

5ª Feira - II Domingo da Quaresma

Hoje ao contempar a pobreza de Lázaro e a riqueza do rico Epulão podemos aplicar uma reflexão de Santo Agostinho:

A pobreza é o fardo de alguns,
e a riqueza é o fardo de outros, e talvez o maior.
Fardos que podem pesar-lhes para a sua perdição.

Ajuda o teu próximo a levar o seu fardo de pobreza
e deixa que ele te ajude a levar o teu fardo de riqueza.
Aliviarás a tua carga
aliviando a dele.

Todos somos ricos nalguma coisa e pobres noutras,
ricos em capacidades, ou pobres em iniciativas...
às vezes somos Lázaros, outras vezes Epulões!
Ajudemo-nos então mutuamente a levar esses fardos....

quarta-feira, 23 de março de 2011

Vamos subir a Jerusalém


4ª Feira - II Semana da Quaresma

Um corpo, pelo seu peso, tende para o seu lugar próprio; o peso não significa necessariamente ir para baixo, mas para o lugar próprio de cada coisa. O fogo tende para cima, a pedra para baixo, cada coisa para o seu lugar próprio; o óleo sobe para cima da água, a água desce para baixo do óleo. Se uma coisa não está no seu lugar, não está em repouso; mas, quando encontra o seu lugar, fica em repouso.
O meu peso é o meu amor: é ele que me leva para onde me leva.
O Teu dom, ó Deus, inflama-nos e leva-nos para cima; ele abrasa-nos e nós partimos. O Teu fogo, o Teu fogo bom, faz-nos arder e nós vamos, subimos para a paz da Jerusalém celeste – porque encontrei a minha alegria quando me disseram: «Vamos para a casa do Senhor!» (Sl 121, 1). É para aí que a boa vontade nos conduz por ser o nosso lugar, aí onde não desejaremos mais nada do que assim permanecer para toda a eternidade: Deus connosco e nós com Deus!

Santo Agostinho (354-430), Bispo (África do Norte) e Doutor da Igreja Confissões, XIII, 9

domingo, 20 de março de 2011

Retirar-se para transfigurar-se


Ano A - II Domingo Quaresma

Mt 17, 1-9
“Jesus tomou conSigo Pedro, Tiago e João
e levou-os, em particular,
a um alto monte
e transfigurou-Se diante deles”.

Após três anos de seguimento de Cristo, os apóstolos encontravam-se ainda impermeáveis à sua mensagem. Quanto mais sermões escutavam menos se impressionavam. Viam tantas boas obras, mas não se sentiam contagiados.
Então Jesus julgou impossível continuar assim. Tomou alguns discípulos à parte, levou-os para longe das multidões, no meio das quais se julgavam importantes. Conduziu-os para um lugar retirado, para um sítio calmo e solitário. Lá se acalmaram, se recolheram e começaram a ver claro. Despojaram-se das suas ambições e a sós com Jesus, sentiram a radiação da sua influência. Tornaram-se atentos, começaram a escutá-l’O como nunca tinham feito e a sentir a sua presença como nunca tinham notado.
Os discípulos sentiram-se então tão bem que desejaram aí ficar para sempre. Era bom ficar por ali e instalar a sua tenda. Não tinham sido grandes entusiastas da subida, mas notaram que a estadia fora muito curta. Queriam prolongá-la. Tinham gostado do retiro.

O tempo da Quaresma é a oportunidade para cada cristão sair da rotina, converter-se, renovar-se, isto é, mudar de vida. Para isso é preciso passar pelo deserto, retirar-se para se encontrar consigo mesmo e estar em condições de se aproximar dos outros e do Outro, de Deus. Onde quer que esteja, pode fazer o seu retiro ou caminhada quaresmal para chegar à glória da Ressurreição e deixar-se envolver por essa vida nova.

E como é que hoje se pode fazer retiro?
Vive-se um retiro da mesma forma que se escreve.
Retiro escreve-se assim:

R
de Recolhimento
E de Escuta
T de Transformação
I de Igreja
R de Reflexão
O de Oração.

sábado, 19 de março de 2011

Ser Transfigurado


Ano A - II Domingo Quaresma

Um dia, uma velhinha deu por falta do seu colar de ouro. Procurou-o por todo o lado mas não o encontrou. Suspeitou então da sua vizinha, mulher nova, bonita e atrevida. Devia ficar-lhe bem esse colar. Começou a espreitá-la por detrás das cortinas da janela. O modo de andar, o aspecto e o seu olhar pareciam mesmo de alguém que tinha culpas no cartório.
Alguns dias mais tarde, por casualidade, a velhinha encontrou o seu colar no fundo de uma gaveta. Então tornou a vigiar a sua vizinha: o modo de andar, o aspecto e o seu olhar pareciam mesmo de alguém inocente.

Ver com perfeição não depende tanto do que é visto mas do modo como nós vemos. E muitas vezes só vemos o que queremos ver.

Ao contemplarmos a Transfiguração de Jesus, parece, à primeira vista, que foi Ele que mudou. Mas isto depende de nós. Apenas nós temos de mudar. Somos o único obstáculo à manifestação de Deus. Uma luz emanava, sem cessar, de Cristo, mas os olhos distraídos e obscurecidos não viam. Por isso retirou-se, com alguns apóstolos, para um lugar calmo. Aí, a sós com Ele, tornaram-se atentos, começaram a escutá-lo como ainda o não haviam feito, a ver como Ele se encontrava sempre entre eles e como eles nunca o haviam reparado. Somos tão responsáveis pelas transfigurações como pelas desfigurações. Não é Deus que as recusa, somos nós que não nos prestamos a isso. Não teremos nunca revelações de Deus e dos irmãos além das que tivermos provocado e merecido.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Dia do PAI


ABENÇOADO PAI

Abençoado o Pai
que chama a criança à vida e sabe dar educação aos seus filhos!
Abençoado o Pai
que sabe jogar com os filhos e ‘perder’ tempo com eles!
Abençoado o Pai
para quem os filhos contam mais que os ‘hobies’ e as partidas de futebol!
Abençoado o Pai
que sabe escutar e dialogar, mesmo quando está cansado!
Abençoado o Pai
que dá segurança com a sua presença e o seu amor!
Abençoado o Pai
que sabe rezar com os filhos e confrontar a vida com o Evangelho!
Abençoado o Pai
convicto de que um sorriso vale mais do que uma repreensão;
uma brincadeira mais que uma crítica;
um abraço mais que qualquer recomendação!
Abençoado o Pai
que cresce conjuntamente com os filhos
e os ajuda a tornarem-se eles mesmo!
Abençoado o Pai
que sabe entender e perdoar os erros dos filhos
e reconhecer os próprios!
Abençoado o Pai
que caminha com os filhos em direcção a horizontes sem confins,
abertos ao homem, ao mundo e à eternidade!
Pai abençoado
és o maior tesouro, quero-te tanto!
Neste dia abro-me ao dom da tua pessoa,
à riqueza da tua paternidade, à tua saúde
e que Deu nos conserve unidos
e amigos para sempre.

(Adaptado de autor desconhecido)

terça-feira, 15 de março de 2011

os 7 Pês


3ª Feira - I Semana da Quaresma

O Pai-Nosso

Muitos segredos de salvação estão contidos nesta prece e começam com a letra “P”. Não que isso seja muito importante ou que esconda grandes segredos. Mas pode ser uma forma “prática” de gravar algumas lições que o Mestre de Nazaré nos pregou.
A primeira parte fala do “Pai”, que é nosso, e a segunda parte fala do “pão” partilhado, que também é nosso.
Uma parte aponta para o “paraíso” e a outra para a “planície”, ou seja, para a nossa terra, ou se se preferir, com “p”, nosso “planeta”.
Contei sete “pês” na oração do pai-nosso. Certamente uma procura mais atenta poderemos encontrar muito mais.

1. PAI
“Pai nosso…”

2. PARAÍSO
“…que estais nos céus”

3. PRECE
“…santificado seja o vosso nome”

4. PREPARAR-SE
“venha a nós o vosso reino, seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu”

5. PÃO
“o pão nosso de cada dia nos dai hoje”

6. PERDÃO
“…perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido…”

7. PAZ
“e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”



segunda-feira, 14 de março de 2011

Omissão


2ª Feira - I Semana Quaresma

«O que fizestes a um dos meus irmãos mais pequeninos,
a Mim o fizestes»

Sabei, Cristãos, que se vos há-de pedir estreita conta do que fizestes, mas muito mais estreita do que deixastes de fazer.
Pelo que fizeram, se hão-de condenar muitos; pelo que não fizeram, todos.
Cinco cargos, e todos omissões: «porque não destes de comer, porque não destes de beber, porque não recolhestes, porque não visitastes, porque não vestistes».
Em suma, que os pecados que ultimamente hão-de levar os condenados ao Inferno, são os pecados de omissão.
Por uma omissão perde-se uma inspiração, por uma inspiração perde-se um auxílio, por um auxílio perde-se uma contrição, por uma contrição perde-se uma alma; dai conta a Deus de uma alma, por uma omissão.
A omissão é o pecado que com mais facilidade se comete e com mais dificuldade se conhece; e o que facilmente se comete e dificultosamente se conhece, raramente se emenda. A omissão é um pecado que se faz não fazendo.
Mas porque se perdem tantos?
Os menos maus perdem-se pelo que fazem, que estes são os menos maus; os piores perdem-se pelo que deixam de fazer, que estes são os piores: por omissões, por negligências, por descuidos, por desatenções, por divertimentos, por vagares, por dilações, por eternidades.
Eis aqui um pecado de que não fazem escrúpulo os ministros, e um pecado por que se perdem muitos. Mas percam-se eles embora, já que assim o querem; o mal é que se perdem a si e perdem a todos, mas de todos hão-de dar conta a Deus.

(Pe. ANTÓNIO VIEIRA, Pregando na Capela Real, no ano de 1650)

domingo, 13 de março de 2011

Ser Tentado


Ano A - I Domingo da Quaresma

No primeiro Domingo da Quaresma temos oportunidade de seguir a Jesus Cristo, no deserto, e a vencer as tentações, que ainda hoje nos pressionam. A expressão dominante de resistência, escrita em latim, tem outro sabor: Vade retro Satana.
Isto faz lembrar dois episódios que ilustram as nossas disposições.

Quando eu era pequeno, nas brincadeiras de infância, não se podia andar em arrecuas, porque era ensinar o caminho ao Diabo. Nós pensávamos que fazendo isso éramos apanhados por ele. O diabo é aquele que nos leva para trás, quem nos impede de avançar. Assim se deve compreender a palavra tentação. Só Cristo nos faz progredir.

O segundo episódio diz respeito à palavra Satanás. Num baptismo, o sacerdote perguntava:
- Renunciais a Satanás?
Os presentes, não habituados a essas cerimónias, olharam-se indecisos, sem saber que responder.
- A quem? A Santa Anás?
Depois de insistir, o reverendo traduz a expressão em linguagem mais familiar:
- Mandais o Diabo àquela banda?
- Sim, sim. Se é isso, está bem.

Parece que as maiores dificuldades no nosso caminhar surgem com uma capa de bondade, felicidade ou santidade. Parece que o tentador é uma pessoa de bem. É preciso mandar para bem longe tudo o que dificulta o nosso andamento. O seu lugar é lá atrás, para nunca mais nos atrapalhar. Quem olha para a frente e está sempre em progressão, não tem nada a temer. Quando alguém nos tenta agarrar é precisamente nessa altura que avançamos mais depressa.




sábado, 12 de março de 2011

Tempo de Rejuvenescimento

Quaresma,
tempo de Rejuvenescimento

“Os que fizeram penitência ou conversão tornar-se-ão jovens em todo o seu ser e estarão firmes sobre a rocha, desde que se convertam de todo o coração.” (Pastor de Hermas, III, 16,4)
Assim a Quaresma é um processo de rejuvenescimento.
Se detectamos em nós ou na nossa comunidade sintomas de velhice, é porque precisamos de conversão… É preciso fazer Quaresma.
Habitualmente pensamos o contrário: os exercícios quaresmais são coisas antiquadas. Quem se preocupa hoje com os temas de Jejum, abstinência, cinzas, via-sacra? São coisas caducas do passado.
A Quaresma é uma coisa de velhos!
É verdade, sim senhor. Quem não passa pelos exercícios quaresmais permanece velho… Só a penitência e a conversão nos transformam em criaturas novas. Então Quaresma é rejuvenescimento.
“Somos jovens, somos um povo novo, muito diferente do povo antigo: aprendemos o bem totalmente novo.
Para nós a fecundidade da juventude, o ardor de conhecer sempre.
Somos sempre jovens, sempre novos.
É preciso que sejamos novos, que tenhamos parte na verdade do Verbo.
Os que participam do eterno devem parecer-se com algo de incorruptível.
Como os adolescentes, toda a nossa vida é primavera, porque temos em nós a verdade que não envelhece, e porque essa Verdade anima a nossa vida.” (Clemente de Alexandria, Século III)
Inspirado in Um Manancial Inesgotável, Madrid 1998

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tempo de optimismo

Quaresma, tempo de optimismo

A Quaresma é um tempo positivo, luminoso e gerador de esperança.
Não se deve negar as exigências, o esforço, a austeridade, mas destacar os efeitos mais libertadores da caminhada quaresmal.
Não escondemos que a Quaresma nos pede um esforço acrescentado, mas o esforço é próprio de quem quer renascer.

Em vez de dizer mortificações, digamos vivificações.
Em vez de dizer negações, digamos libertação.
Em vez de dizer abstinência, digamos austeridade.
Em vez de dizer penitência, digamos coração novo.
Em vez de dizer pranto, digamos misericórdia.
Em vez de dizer rezas, digamos encontro consigo mesmo e com Deus.
Em vez de dizer exercícios, digamos actualização do mistério de Cristo.
Em vez de dizer tristeza, digamos felicidade crescente.

A Quaresma não é um tempo antipático, mas de esforço de superação.
A Quaresma não é um tempo de pena, mas de graça.
A Quaresma não é uma coisa de velhos, mas de quem deseja ser jovem.
A Quaresma não é negativa, mas criativa.
A Quaresma não mortifica, mas prepara à vida pelo caminho do amor.
A Quaresma não fere, mas poda a folhagem.
A Quaresma não proíbe, mas afirma a lei do amor.
A Quaresma corta amarras, para sermos mais livres.
A Quaresma é austera, para sermos solidários.
A Quaresma reza, porque temos fome de Deus.
A Quaresma golpeia o coração, para que este possa engrandecer.


Inspirado in Um Manancial Inesgotável, Madrid 1998

quinta-feira, 10 de março de 2011

A alma do mundo

5ª Feira depois das Cinzas

No Evangelho ouvimos Jesus dizer:
De que vale ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma!

Alma de quem? A sua ou a dele?

De que vale ganhar o mundo e não ganhar a alma do mundo?
Ganhar só o mundo é como alcançar um corpo sem alma.

Nós somos a alma do mundo,
somos nós quem dá dignidade ao mundo, quem lhe dá vida, quem lhe dá razão de ser...

Ganhemos o mundo e não nos esqueçamos de nos ganhar a nós mesmo, pois nós somos a alma do mundo.

Vale a pena ganhar o mundo com a integridade da sua alma que somos nós.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Início da Quaresma

Os exercícios da Quaresma:
a esmola, a oração, o jejum

Meus irmãos, começamos hoje a grande viagem da Quaresma.
Levemos, pois, no navio todas as nossas provisões de alimento e bebida, colocando sobre elas a misericórdia abundante de que teremos necessidade.
Porque o nosso jejum tem fome, o nosso jejum tem sede se não se alimentar de bondade, se não se dessedentar com misericórdia.
O nosso jejum tem frio, o nosso jejum desfalece se o velo da esmola não o cobrir, se a capa da compaixão não o envolver.
Irmãos, a misericórdia está para o jejum como a Primavera está para os solos: o suave vento primaveril faz florescer todos os rebentos nas planícies; a misericórdia do jejum faz brotar todas as nossas sementes até à floração, fá-las encherem-se de frutos até à colheita celeste.
A bondade está para o jejum como o óleo está para o candeeiro. Tal como a matéria gorda do óleo alimenta a luz do candeeiro e, com tão pouco alimento o faz brilhar para o conforto de toda a noite, assim a bondade faz o jejum resplandecer: lança raios até atingir o brilho pleno da continência.
A esmola está para o jejum como o sol está para o dia: o esplendor do sol aumenta o brilho do dia, dissipa a obscuridade das nuvens; a esmola que acompanha o jejum santifica a santidade do mesmo e, graças à luz da bondade, remove dos nossos desejos tudo o que poderia ser mortífero. Em suma, a generosidade está para o jejum como o corpo está para a alma: quando a alma se retira do corpo, traz-lhe a morte; se a generosidade se afastar do jejum, é a morte deste.

Comentário ao Evangelho do dia feito por São Pedro Crisólogo (c. 406-450), Bispo de Ravena, Doutor da Igreja Sermão 8; CCL 24, 59; PL 52, 208 (a partir da trad. Matthieu commenté, DDB 1985, p. 59 rev.)

Lembra-te ó pó que és homem


Dias de Cinzas
Início da Quaresma

Lembra-te ó pó que és homem e em homem te hás-de tornar!

Na Quarta-feira de Cinzas, alertei os alunos para a celebração do início da Quaresma. Perguntei se alguém sabia o que é que o sacerdote dizia ao impor as cinzas. Ninguém era capaz de dizer. Então fui sugerindo:
- Lembra-te que… quem é capaz de completar a frase? Eu ajudo … pó… homem…
- Já sei – respondei um aluno mais espevitado - Lembra-te, ó pó, que és homem e em homem te hás-de tornar!
Eu comecei a rir com aquele trocadilho e corrigi: “Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás-de tornar.”
Mas logo depois compreendi que, afinal, lhe tinha fugido a boca para a verdade. Mas quem somos nós?! Somos barro, somos pó, limitados mas portadores de um grande tesouro, chamados a ser filhos de Deus.
Já Paulo VI, aquando da sua visita a Fátima em 1967, fizera o apelo: “Homens, sede homens!”
Somos chamados a ser homens segundo a estatura de Cristo. Levamos no nosso corpo os sofrimentos da morte de Jesus, a fim de que se manifeste também no nosso corpo a vida de Cristo.

terça-feira, 8 de março de 2011

João de Deus

Hoje celebramos a Memória de São João de Deus.
É um santo português, humilde, não foi padre, nem estudou teologia, mas foi fundador de uma ordem de irmãos, servidor dos últimos da sociedade (os deficientes mentais).

Podemos acolher duas mensagens para a nossa vida:

1ª - O povo e os que eram acolhidos por este santo não sabiam o seu nome, ou melhor, o seu sobrenome, e chamavam-lhe de JOÂO de DEUS. Ele era João Cidade, mas o povo baptizo-o de João de Deus porque via nele um homem enviado por Deus...
Quem dera que todos nós também fôssemos homens ou mulheres de Deus, enviados por Deus, a fazer as obras de Deus.

2ª - João Cidade foi durante 43 anos um homem de muitas profissões: primeiro foi pastor, depois camponês, soldado, trabalhador braçal, vendedor ambulante e livreiro... e a partir daí, foi apanhado e levado como louco para um manicónio e lá despertou o seu carisma para servir os mais desprezados da sociedade... tornando-se assim irmão religioso, enfermeiro, auxiliar...
Isto quer dizer que - De todas as profissões podem surgir santos.
Mas tamdém quer dizer que - Os santos têm de desenpenhar todas estas actividades. Um Santo tem de ser pastor, camponês, soldado, livreiro etc.etc..
Quem dera que todos nós fôssemos capazes de santificar o nosso trabalho e deixar-nos santificar pelas nossas actividades...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Perpétua e Felicidade

Hoje a Igreja propõre-nos a memória de duas mártires no II Século: Perpétua e Felicidade.

Como é que pomos duas pessoas na mesma festa e no mesmo nível se elas eram de condições diferentes: Uma era nobre (perpétua) e a outra escrava (Felicidade).

É que estas duas mártires têm muito mais em comum do que em separação:
- Ambas viviam na mesma casa
- Ambas tinham sido pagãs
- Ambas eram mulheres
- Ambas eram jovens
- Ambas eram mães há pouco tempo
- Ambas tornaram-se cristãs
- Ambas foram perseguidas
- Ambas foram martirizadas pela sua fé em Cristo.
Assim se ultrapassou a diferença de condição: Da nobre Perpétua e da escrava Felicidade.

E não foi a nobre que se tornou como a escrava, nem a escrava que foi promovida ao nível de nobre. As duas foam irmanadas, foram igualadas - É que Deus exalta os humildes e humilha os altivos...

Deus nivela-nos pela mesma condição... não nos nivela por cima ou por baixo, torna-nos simplesmente irmãos, iguais...

Além disso saibamos fazer jus ao nome destas duas santas mártires: Pérpétua e Felicidade - Sejamos felizes e singramos os caminhos da eternidade...

sábado, 5 de março de 2011

Gravar as Palavras


Ano A - IX Domingo Comum

"As palavras que eu te digo, gravai-as no vosso coração e na vossa alma..." Falou Deus a Moisés.
Os preceitos de Deus, os mandamentos da Lei do Senhor não são imposições ou obrigações, mas simplesmente algo que deve brotar do coração. Será como uma espécie de etiquete ou ficha de fabrico. Tal como um casaco tem anexada uma ficha técnica - Esta peça tem tanto por cento de algodão, outro tanto de nylon, deve ser lavado em água fria, não pode ser passado a ferro etc.

Assim no nosso coração há também uma marca indelével do nosso Criador - Esta pessoa foi criada para amar a Deus sobre todas as coisas, foi feito para não matar, para respeitar os outros, para não invocar o santo nome de Deus em vão etc. Então deve ser fácil amar porque para isso fomos criados; será mais fácil respeitar a vida porque está inscrita no nosso coração...

É por isso que qualquer expressão de amor a Deus deve ser sincera, isto é, deve brotar do seu coração: "Nem todo aquele que Me diz Senhor, Senhor, entrará no reino dos Céus".
É por isso também que podem surgir tempestades que não o deitarão abaixo porque a sua confiança tem raízes no coração.
A relação com Deus e o fazer o bem surgem do fundo de nós mesmos, onde Deus gravou a sua marca.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Limpeza no templo

6ª Feira - VIII Semana Comum

1ª Leitura:
Os homens justos morrem, mas a sua memoria permanece por gerações e gerações...
Quem é bom, derdura através das suas boas obras que fez em vida.

2ª Leitura
Jesus expulsa os vendilhões e comerciantes do Templo:
- Jesus purifica o Templo para nos lembrar que é o nosso coração que Ele quer realmente limpar e purificar.
- Jesus expulsou os vendilhões porque estes já O tinham expuksado há muito tempo. Quem dá morte a Deus, é com Ele enterrado. Jesus expulsou porque ja tinham expulsado a Deus.
- Jesus expulsa os comerciantes do templo para que nós nunca tentemos expulsá-lo da nossa vida.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Que eu veja

5ª Feira - VIII Semana Comum

Jesus: Que queres que eu te faça?
Bartimeu: Que eu veja, Senhor!

Que eu veja o quê?
Que eu vejo o que tu fazes,
Que eu veja o tu queres,
Que eu veja o que tu vás fazer...

Nós que temos os olhos abertos peçamos também a capacidade de ver as obras, as maravilhas que Deus faz, em nós, e através de nós...

E não esqueçamos que Deus também vê as nossas obras...