quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O Humor do Pe. Dehon

O Humor do Pe. Dehon
ou as anedotas dehonianas

- O Pe. Dehon era uma pessoa sempre bem-disposta e bem-humorada. Na vida comum o fundador abria os corações à alegria, comunicava o seu bom humor que a todos alegrava. Recorria muitas vezes a jogos de palavras, fáceis em francês (Cf Giuseppe Manzoni, Leon Dehon y su mensajem, Madrid 1995, pág. 634).
- O Bispo Binet, no elogio fúnebre ao Pe. Dehon, dizia que ele foi sempre jovem, sempre confiante, sempre optimista (Cf. Ducamp A, Le Père Dehon e son Oevre, Paris 1936, pág. 558).
- O fundador tinha um espírito amável e fino de um sábio. Às vezes tinha a subtileza dos franceses, outras vezes a acutilância do humor britânico. Sabia muito bem aplicar a ironia, até ao sarcasmo (Dorresteijn H, Vita e personalitá di P. Dehon, Bologna, 1978, pág. 430).

Identificámos apenas três anedotas do Pe. Dehon nos documentos históricos e que transcrevemos aqui. (Cf. Giuseppe Manzoni, Leon Dehon y su mensajem, Madrid 1995, pág. 644, José Fernandes de Oliveira, Por Causa de um Certo Reino, S. Paulo, 1978, pág. 186).

I
Havia um padre que costumava celebrar a missa com voz muito baixa.
Um dia o Pe. Dehon foi ter com ele e lhe disse:
- Um noviço veio dizer-me que não participou na eucaristia desta manhã. O que é que o Padre aconselha?
- Deve confessar-se imediatamente!
- Então você pode ir já para o Confessionário, mas fique da parte de fora porque você é que vai confessar-se…
- Como assim?
- É que aquele noviço não ouviu nada da missa que você celebrou…

II
Um dia numa casa da Itália, em época de grande carestia, o Pe. Dehon estava cansado e com a saúde combalida. Os tempos eram difíceis. Tanto isto é verdade que se comia muito pouco. O Fundador calava-se, mas o seu estômago dava sinais evidentes de carência. Um dia, saindo para o jardim com o reitor e com o ecónomo, reparou numa vaca muito magra que pastava por lá. Olhando de soslaio o Pe. Dehon declarou:
- Olhem só a coitadinha da vaca. Está a olhar atravessado para nós porque pensa que queremos comer a sua ração…

III
Em Fourdrain, um religioso pintou um quadro para o aniversário do Pe. Dehon. Representava uma paisagem iluminada por um sol na linha do horizonte. Um dos presentes comentou:
- Será o sol nascente ou sol poente?
- Não te preocupes com isso. Nascente ou poente!? – disse o Pe. Dehon. A comparação com o sol é que é demasiado para mim.

São Jerónimo

30 de Setembro

Memória de São Jerónimo, Presbítero e Doutor da Igreja

Nasceu em Estridon (Dalmácia) cerca do ano 340.
Estudou em Roma e aí foi baptizado.
Começou a revisão das traduções latinas da Sagrada Escritura
e promoveu a vida monástica. Estabeleceu se em Belém.
Escreveu muitas obras, principalmente comentários à Sagrada Escritura.
Morreu em Belém no ano 420.

Jerónimo morreu onde Jesus nasceu porque renasceu onde Jesus Morreu.

Dedicou a sua vida a estudar a Sagrada escritura:
Cada página da Bíblia é uma janela.
Em cada janela há várias vidraças através das quais nós avistamos o que está do outro lado. Através dessas mensagens descobrimos o além e o que espera de nós.
Mas também essas vidraças podem servir de espelho para nos conhecermos melhor…
Às vezes preciso de uma vidraça transparente,
outras vezes necessito mais de um espelho.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ser Grande

2ª Feira – XXVI Semana Comum

Jesus tomou uma criança, colocou-a junto de Si e disse-lhes… Quem for o mais pequeno entre vós esse é que será o maior…

O Grande General e Imperador Napoleão Bonaparte era pequeno. Devia ter não mais de um metro e sessenta e cinco centímetros. Justificava-se dizendo que a grandeza de uma pessoa não se podia medir da terra ao alto da cabeça, mas sim do céu ao alto da cabeça. Assim sendo, uma criança era maior do que um adulto…

Essa criança é a maior, dizia Jesus.

Ser grande não aos olhos do mundo, mas aos olhos de Deus.
Sejamos então grandes, não na perspectiva do mundo, mas na perspectiva do céu.
Somos importantes não da terra para cima, mas do céu para baixo…

A lógica de Deus é assim diferente da nossa lógica humana. Deus vê-nos de outro ponto de vista.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Muito Obrigado

Ano B - XXVI Domingo Comum

Quem vos der a beber um copo de água, por serdes de Cristo, em verdade vos digo que não perderá a sua recompensa, diz Jesus no Evangelho. Qualquer gesto de amor não ficará sem fruto ou sem gratidão.

Contaram-me que em Madagáscar a galinha é tida como o símbolo da gratidão. Porquê?
- É que ela por cada gole de água que recebe, ergue a cabeça para agradecer a Deus. Por cada copo de água dos homens haverá uma recompensa mas as galinhas agradecem por cada gota de água. Elas não são miudinhas, são sim reconhecidas.

Há dias alguém tentava compreender a expressão exclusiva da língua portuguesa para agradecer: Muito obrigado. Porquê?
- Isto é a abreviatura de uma frase completa: Eu sinto-me obrigado a reconhecer esse gesto durante toda a vida.
E há muitas maneiras de agradecer ou de mostrar o nosso contentamento: erguer o olhar, um sorriso, uma atenção, uma simples palavra, ou qualquer gesto espontâneo.
Deus promete valorizar qualquer acção feita por amor. Podemos ser como Ele. Por isso rezamos: Vós não precisais dos nossos louvores e poder glorificar-vos é dom da vossa bondade, porque os nossos hinos de bênção, nada aumentando à vossa infinita grandeza, alcançam-nos a graça da salvação.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pare, escute e olhe

5ª Feira - XXV Semana Comum

No trecho do Evangelho de hoje vemos Herodes a PARAR para pensar sobre o que estava a OUVIR e resolveu ir VER Jesus.
Isto faz-me lembrar a recomendação junto às passagens de nível: PARE, ESCUTE e OLHE.
É preciso parar, escutar e olhar para Jesus. Se assim fizermos com certeza iremos com mais confiança para a outra margem.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pe. Dehon e os Jovens

Aos jovens[1]

“Ninguém te despreze por seres jovem.” (1 Tm 4,12).
“ O Senhor te rejuvenesce como a águia”(sl 103,5).
Os santos não envelhecem. (São João ficou sempre jovem). Os ímpios não têm juventude.
Que ninguém tenha a possibilidade de desprezar a vossa juventude. Assim será se cumprirdes todos os vossos deveres. Quais são esses deveres? Pode-se resumi-los a três: oração, respeito e caridade.

I - A oração, é o dever mais agradável. Os que não rezam privam-se da maior felicidade do homem neste mundo e destroem a perspectiva da sua salvação. Os que deixam de rezar não têm mais vida sobrenatural, os instintos dos pagãos assumem o seu controle.
Não é justo oferecer de manhã a sua jornada ao bom Deus e de noite pedir-lhe perdão das nossas faltas e a sua bênção para a noite.
Procuremos mesmo familiarizar-nos com a oração e a elevar-nos para Deus pela contemplação das suas obras. É a paz, é a alegria. É a respiração sobrenatural da alma: é a vida. É o espírito dos filhos de Deus.
O bom Cura d’Ars dizia: "Quando eu era agricultor, rezava sempre nos campos. Então fazia bom tempo."
Os vossos operários blasfemam e atraem a maldição de Deus. Bendizei a Deus para reparar o seu crime.
A missa e os sacramentos são também orações e mais do que orações. Abandonando-as, abandonais a paz da alma e a felicidade.

II - Um pagão, Demetrius de Phalère recomendava aos jovens de Atenas respeitar os seus pais em casa, os transeuntes na rua e a si mesmos quando estivessem sozinhos. O respeito pelos vossos pais, é uma fonte de bênção... O respeito pelos transeuntes, pelo próximo: não escandalizai, edificai. O respeito por vós mesmos, pelo vosso espírito, pelo vosso coração, pelo vosso corpo...
Deus vos vê.
Não há nada mais bonito do que a discrição e a pureza nos jovens.

III - A caridade, as obras. É acerca das vossas obras que sereis julgados. "Porque tive fome e destes-me de comer..." (Mt 25,35). A natureza manda-o: somos irmãos. Nosso Senhor deseja-o. É de nosso interesse. A esmola apaga o pecado! (1 Pd 4,8) “Feliz daquele que cuida do pobre; no dia da desgraça, o Senhor o guardará…” (Sl 41,2).
As obras.
A acção. Os congressos, as associações de jovens. Estudar as normas da justiça. É contra a natureza que um trabalhador honesto não tenha um modesto rendimento.
A boa imprensa.
Vede o que fez Ozanam e alguns outros jovens de Paris. As suas obras ainda vivem e espalharam-se até aos confins da terra. (Os jovens santos...).
A França é o vosso campo de batalha. Nada de pessimismo. É o país do ideal e do sentimento. A graça não falha, os homens sim.
Então, mãos à obra!
Não digais: é preciso que a juventude acabe. No prazer ela acabará mais depressa e será uma juventude desonrada e decaída.
As primícias são para o Senhor, ele é ciumento. O Salvador ao encontrar um jovem que podia dizer de verdade: "Tenho observado todos os mandamentos desde a minha infância" (Mc 10,20), olhou-o com afeição e amou-o.
O Marquês de Fénelon, aos 16 anos, pediu para servir o exército de Luís XIII. Sois muito jovem, diz-lhe o Rei. Senhor, responde ele, terei durante mais tempo a felicidade de servir a vossa majestade. Dizei isso a Deus.
Há santos da vossa idade. São João permaneceu jovem. A águia é o símbolo da juventude que se renova... (Sl 103,5). A laranjeira dá ao mesmo tempo flores e frutos.

Pe. João Leão Dehon

[1] Conferência do Pe. Dehon aos alunos de São João. Inventário 38.09 – AD: B6/5.9

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Pe. Dehon e Educação

Ao iniciar um novo ano escolar quero recordar a experiência e o legado sobre a educação que nos deixou o Pe. Dehon.:
Experiência:
O Pe. Dehon fundou o Colégio São João no Verão de 1877 e foi o seu director até 1892, quando foi substituído pelo Pe. Mercier. Continuou, no entanto a ser o director oficial, pois era o único para isso legalmente autorizado. Na qualidade de fundador, proprietário e director legal continuou a visitar o Colégio alguns dias por semana. O seu empenho como fundador e Superior Geral de uma Congregação, o seu envolvimento na questão social como estúdios e conferencista e o seu exercício de escritor não permitiam maior disponibilidade para organizar ou acompanhar a vida do Colégio. Em 1896 o Pe. Dehon renunciou definitivamente este cargo, sendo nomeado director o Pe. Delloue, membro da congregação dehoniana.

“Era preciso um titular legal para a casa. Eu não tinha o estágio exigido. Mas a coisa pôde arranjar-se. O Sr. Lecompte continuou titular por alguns meses. Eu pedi uma dispensa completa de estágio. O Sr. Bispo deu este bilhete amável para acrescentar ao meu processo: Autorizamos o Rev. Dehon, vigário em S. Quintino, cónego honorário da nossa Sé catedral, provido de diplomas honrosos da Universidade de França e do estrangeiro, conhecido nesta diocese e fora dela por se ter ocupado com sucesso das obras da juventude, a pedir ao conselho do Departamento do Aisne uma certidão de estágio para a direcção dum estabelecimento de instrução secundária; sendo preciso, autorizámo-lo a pedir dispensa dessa certidão ao Sr. Ministro da Instrução Pública.” Alguns meses depois, eu recebia a dispensa, assinada por Júlio Simon” e passava a ser o Director do Colégio São João durante 19 anos seguidos. (NHV VII – Verão 1877)

Ensinamentos:
A águia é o símbolo da juventude que se renova. (Aos Jovens, Conferência, inventário 38.09, AD: B6/5.9)

A educação religiosa é o cultivo das faculdades mais elevadas do homem, na civilização da inteligência e do coração. (A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, pp. 274-293 do IV Volume das Obras Sociais do Pe. Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985)

A escola sem Deus é um erro social. (Discursos sobre a educação do carácter, in IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 434)

A Igreja é a grande escola do patriotismo como é a verdadeira fonte do progresso nas letras e nas artes. (Acerca do Patriotismo Cristão, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 319)

A infância é a primavera da vida. É mais a idade das flores do que dos frutos. O florescimento e a frescura são-lhe mais convenientes do que a maturidade. (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 284)

A inteligência, a vontade, as mãos humanas são a imagem e semelhança da actividade divina. (ACJ 1, Pág. 174)

A juventude deve ter o entusiasmo na acção, a sedução na forma, a audácia na execução. (CR, Pág. 210)

A razão e a fé são duas filhas de Deus, que não devem estar em desacordo. (CR, Pág. 470)

A vida dos jovens dependerá mais daquilo que serão pelo coração e pelo carácter do que pelo conhecimento acumulado na mente. (Discursos sobre a educação do carácter, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 433)

A vida intelectual e moral derrama-se da alma do educador para a alma do seu aluno por duas fontes: a palavra e o exemplo. (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 279)

As viagens bem feitas completam o estudo das humanidades… São um complemento da educação. (NQ, 1925, Pág. 102)

As viagens são uma fonte inesgotável de estudo. (NHV, volume III, Outubro 1865 – Outubro 1869, Pág. 184)

Castigai pouco, encorajai muito. Perdoai facilmente, esquecei sobretudo. Que o vosso rosto depois da correcção testemunhe apenas a bondade de ter feito o bem. (Pequeno Directório para os reitores, 1919, in VII volume das Obras espirituais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, pág.248)

Deus não vos pede um trabalho intelectual, mas o vosso amor. Não pede a vossa cabeça, mas o vosso coração. (CF, 9 de Setembro de 1886)

Deus nos livre da educação sem Deus! (CR, Pág. 492)

Educar um cristão é formar um homem de coração, um homem de sacrifício e de dedicação. (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 278)

Educar um cristão não é somente dar-lhe noções de ciência humana… não é somente ensinar-lhe boas maneiras…dar-lhes uma ciência… é sobretudo formar nele um nobre e grande carácter, virtudes vigorosas… fazer crescer na sua alma a fé… (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 278)

Eis as virtudes que são as amáveis companheiras da educação cristã: a piedade, a pureza, a energia e o afecto. (Acerca da Educação Cristã e das Virtudes da Infância, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 335)

Façamos os nossos alunos amar Jesus e eles serão santos. (Carta ao Pe. Falleur, 31/12/1884, Inv. 465.45, AD: B22/11)

Jovens cavaleiros, este deve ser o vosso ideal, este deve ser o vosso plano de vida: o livro e a espada devem caracterizar a vossa vida, o estudo e a acção militante devem completá-la. (O sonho do jovem cavaleiro, 1903, in in I Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1979, Pág. 620)

Jovens, é preciso agir! Na vossa idade deve-se ter espírito de combatividade. (Discurso aos antigos alunos de São João. 08/08/1887, AD: B36)

Jovens, sois a nossa esperança e sereis a nossa salvação. A vossa rectidão e a vossa lealdade ganharão os corações. (Aos Jovens, 1898, in I Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1979, Pág. 383)

Na literatura o cristianismo não é a noite sombria, é a luz esplendorosa. (Acerca das Letras Cristãs, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 303)

Nada há de mais belo do que os jovens cristãos, que entram na arena da vida para defender as suas convicções. (CR, Pág. 210)

Não esqueçamos que o objectivo a atingir não é punir, mas corrigir; não é humilhar, mas santificar. (Pequeno Directório para os reitores, 1919, in VII volume das Obras espirituais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, pág. 247)

Não vos esqueceis de edificar os vossos filhos ao mesmo tempo que os instruís. (Discurso Acerca da Educação, 20/01/1888, Inventário 43.04 AD: B7/3)

No prazer a juventude passa mais depressa. (Conferência aos Jovens, inventário 38.09, AD: B6/5.9)

O asseio é um meio de educação: deve reinar nas camaratas, salas de estudo, livros, cadernos. (CC 17/10/1899, Pág. 132)

O ensino não pode limitar-se a palavras: ele propõe e impõe ideias. (NHV, volume III, Outubro 1865 – Outubro 1869, Pág. 173)

O futuro pertence a quem tiver nas suas mãos a formação das novas gerações. (A Educação e o Ensino segundo o Ideal Cristão, Prefácio, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 270)

O livro é bom, mas não é tudo. O livro na mão esquerda e a espada na mão direita. O livro, é a oração, é a leitura, o estudo pessoal feito na sua mesa e o estudo comunitário feito no Círculo. A espada, é a luta, o ataque e a defesa; é a acção social dos sindicatos, das caixas de crédito e dos secretariados do povo. O livro e a espada, tais são, caros jovens, as armas do vosso brasão. A igreja faz-vos seus cavaleiros. (O sonho do jovem cavaleiro, 1903, in I Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1979, Pág. 621)

O livro é um dos conselheiros da criança. Ele segue-a a cada passo. Ensina com o mestre e contra ele. Ele influencia consideravelmente a sua alma de discípulo. (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 280)

O mestre desempenha, frente ao seu discípulo, a acção de uma verdadeira paternidade espiritual. (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais deLeão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 278)

O modelo por excelência da Educação é Jesus que une a doçura mais suave à força mais triunfante. (Discursos sobre a educação do carácter, in IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 445)

O rumo impresso à educação depende particularmente da ideia que se tem acerca do homem perfeito. (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 276)

Os professores são para os alunos e não os alunos para os professores. Ide pausada e sabiamente. (Carta ao Pe. Paris, 31/10/1912, Inv. 300.02, AD: B20/7.4)

Os que amam o estudo evitarão mil tentações que conduzem à ociosidade. (CC 17/10/1897, Pág. 104)

Pela sua vida, inteligência e vontade, o homem é a imagem da Santíssima Trindade. (CA, Pág 50)

Quão belo é o coração que só abraça na terra a virtude e a ciência, a Igreja e a pátria, a família e as santas amizades! (Acerca da Educação Cristã e das Virtudes da Infância, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 326)

Somente o ideal cristão abarca todos os elementos da perfeição humana. (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 277)

Trabalhando para os alunos, os mestres acreditam trabalhar para Deus. (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 280)

Uma criança sem religião não domina as suas paixões. (Acerca da Educação Cristã, in “A Educação e o Ensino Segundo o Ideal Cristão”, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 292)

Uma viagem bem feita, grande ou pequena, vale mais do que uma outra recreação ou recompensa. É um estudo, e dos melhores. Este gosto vale mais de que o círculo (convívio), o bilhar ou o romance. (Discurso acerca do estudo da geografia, IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, Pág. 366)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Servo dos Servos

ANo B - XXV Domingo Comum

No filme La Vita è Bella há uma cena em que Guido presta provas para empregado de mesa. Para mostrar que percebe de cortesia, inclina o tronco a 50, 90º e mais. É repreendido pelo tio:
- Pensa nos girassóis. Inclinam-se para o sol, mas se vires alguns demasiado inclinados significa que estão mortos! Estás a servir, mas não és criado. Servir é uma arte superior. Deus é o primeiro servidor...


Se alguém quiser ser o primeiro, seja o último e o servo de todos.
Talvez para evitar dúvidas, os Evangelhos referem-se nada mais nada menos que seis vezes a estas palavras do Mestre.
Na comunidade cristã, quem ocupa o primeiro lugar deve prescindir de todos os sinais de grandeza. A comunidade não é o lugar apropriado para alcançar posições, para dominar sobre os outros, para se impor. É o lugar onde cada um, conforme os dons recebidos de Deus, celebra a própria grandeza servindo os irmãos.
Não há lugares altos ou baixos, mas a justa dimensão, que nos define diante de Deus e dos homens. A importância do lugar está em ocupá-lo bem. Não é o lugar que me eleva a mim, mas eu que elevo o lugar.
O meu lugar é Cristo. Onde Ele estiver, quero estar também.

Modelo a imitar

5ª Feira - XXIV Semana Tempo Comum

Da primeira Leitura:
"Que ninguém te despreze por seres jovem...
Sê modelo para os fiéis:
- na palavra,
- na maneira de proceder,
- na caridade,
- na fé,
- na pureza."

Eu sempre ouvi dizer que os mais velhos, os idosos é que eram modelos de vida. Devímaos seguir o exemplo dos mais velhos.
São Paulo lembra a Timóteo que ele como jovem devia ser modelo e exemplo de vida em 4 aspectos indicados.
Afinal, todos temos algo a imitar, algo a servir de modelo.

domingo, 13 de setembro de 2009

Perguntar e responder

Ano B - XXIV - Domingo Comum

Reflexão do Pe. António Vieira, século XVII:

Perguntou o Senhor:
Perguntou para que os senhores que mandam o Mundo
se não desprezem de perguntar.
Se pergunta a sabedoria divina,
porque não perguntará a ignorância humana?
Quem não pergunta, não quer saber;
quem não quer saber, quer errar.

Quem dizem:
Não perguntou o Senhor o que era,
senão o que se dizia: Quem dizem?
Antes de se fazerem as coisas, há-se de temer o que dirão;
depois de feitas, há-se de examinar o que dizem.
Uma coisa é o acerto, outra o aplauso.
A boa opinião de que tanto depende o bom governo,
não se forma do que é, senão do que se cuida;
e tanto se devem observar as obras próprias,
como respeitar os pensamentos e línguas alheias.
A providência com que Deus permite a murmuração,
é porque talvez de tão má raiz se colhe o fruto da emenda.
E se eu de murmurado me posso fazer aplaudido,
porque me não informarei do que se diz?

Um profeta do passado:
Grande é o ódio que os homens têm à idade em que nasceram.
Não diziam que era um profeta como os antigos, senão um deles.
Pois assim como antigamente houve também profetas,
não poderia também agora haver um?
Cuidam que não.
Por melhor milagre tinham ressuscitar um dos profetas passados,
que nascer em seu tempo outro como eles.
Tudo o moderno desprezam,
só o antigo veneram e acreditam.

Conclusão:
Não sei o que mais devo venerar aqui,
se o que Cristo disse a Pedro,
se o que Pedro disse a Cristo.

Sermão de São Pedro, do Padre António Vieira Pregado em Lisboa, em S. Julião, no ano de 1644, à venerável congregação dos sacerdotes.

sábado, 12 de setembro de 2009

Corrigir por amor

6ª Feira - XXIII Semana Tempo Comum

" Tira primeiro a trave da tua vista e então verás bem para tirar o argueiro da vista do teu irmão."

Como é que queres corrigir o teu irmão?

- Se alguém peca por ganância, como é que queres repreendê-lo por inveja?
- Se peca por cólera, como é que queres repreendê-lo com ódio?
- Se peca por orgulho, como é que queres repreendê-lo com prepotência?

Afasta primeiro a tua inveja, o teu ódio e a tua prepotência e então poderás corrigir aqueles que amas, pois CORRIGIR SÓ PODE SER UM ACTO DE AMOR.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Deus é

Ano B - XXIV Domingo Comum

Quem dizem os homens que é Deus?
A resposta que se segue foi recolhida pelo saudoso Pe. Dr. Angelino Barreto, que tomo a liberdade de repetir:

Para muita gente, Deus não passa de uma bengala. E o que é uma bengala?
Para os idosos é uma terceira perna, que muito ajuda na velhice.
Os da segunda idade dizem que é um objecto de luxo e daí o procurar uma bengala de material precioso.
Para os jovens a bengala é objecto supérfluo, inútil e sinal de velhice.
Assim muita gente vê em Deus um auxílio nas suas necessidades e diz que rezar é para velhos. Outros vêem em Deus um sinal de bom tom, que ajuda a resolver alguns problemas da vida. Aceita-se este Deus como luxo enquanto ajuda a obter certos objectivos.
Os jovens acham a ideia de Deus como uma coisa supérflua, inútil e, porque pensam que Deus é isso, repelem-no.
Que concluir?
Todos falam de Deus. Diante dele ninguém fica indiferente, todos tomam posição. Uns louvam, outros condenam. Ele é sinal de contradição. Mas o mais importante não é o que os outros pensam mas o que eu penso, o que tu pensas. Perante Cristo urge uma resposta pessoal, que nos marca e compromete.
E para ti, quem é Jesus Cristo?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Transcrição

10 de Setembro de 1957
Registo de baptismo FOLHA 63, ASSENTO nº 123, ANO 1957

No dia DEZ do mês de SETEMBRO do ano de mil novecentos e cinquenta e SETE na Igreja Paroquial do ESPÍRITO SANTO e SANTO ANTÃO DESTA FREGUESIA DO CANIÇO, Concelho de SANTA CRUZ, Diocese do Funchal, com o nome de JOSÉ DAVID QUINTAL VIEIRA baptizei solenemente uma criança do sexo MASCULINO que nasceu NESTA freguesia às DEZOITO horas do dia DOIS do CORRENTE mês e ano, filho legítimo de JOÂO VIEIRA e de MARIA JOSÉ QUINTAL recebidos NESTA Igreja, naturais DESTA FREGUESIA, moradores do SÍTIO DA RIBEIRA DOS PRETETES, neto paterno de JOAQUIM VIEIRA e de CAROLINA DE JESUS e materno de FRANCISCO DE QUINTAL e de MARIA BARRETO. Foram padrinhos CLÁUDIO VIEIRA e MARIA BELA GOUVEIA QUINTAL, SOLTEIROS, MORADORES NESTA FREGUESIA DO SÍTIO DA RIBEIRA DOS PRETETES.
DATA SUPRA, O PÁROCO JOSÉ AGOSTINHO DE FREITAS.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Oito Palavras

4ª Feira - XXIII Semana Comum

Evangelho das Bem-aventuranças:

O Pe. Dehon dizia simplesmente, a propósito das Bem-aventuranças:

"Nosso Senhor reuniu em 8 palavras todo o evangelho – as oito bem-aventuranças". (CF, 26 de Novembro de 1879)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Nasce para quê

8 Setembro
Natividade da Virem Santa Maria

Parabéns a Maria de Nazaré!

No seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus, o Pe. António Vieira diz:

"Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina. Dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;

perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios;

perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo;

perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação;

perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;

perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança;

os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz;

os discordes: para Senhora da Paz;

os desencaminhados: para Senhora da Guia;

os cativos: para Senhora do Livramento;

os cercados: para Senhora da Vitória.

Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;

os navegantes: para Senhora da Boa Viagem;

os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso;

os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte;

os pecadores todos: para Senhora da Graça;

e todos os seus devotos: para Senhora da Glória.

E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus".
Cf. www.­evangelhoquotidi­ano.­org

E para mim, Maria nasceu para quê?
O que mais preciso que ela seja para mim?

E eu? Nasci para quê?
Qual a minha missão hoje?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Estender a mão

2ª Feira - XXIII Semana Comum

Jesus disse ao homem que tinha a mão paralisada:
- Estende a mão.
Ele estendeu… e ficou curado.


Sempre que alguém estende a mão, o milagre acontece.

Ainda hoje Jesus nos pede para estendermos a mão.
Se o fizermos veremos maravilhas na nossa vida.
Estender a mão é deixar que um milagre aconteça.

Vale sempre a pena estender a mão!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Fazer cócegas

Ano B - XXIII Domingo Comum

Os alunos da catequese representaram a cena evangélica da cura de um surdo-mudo.
Quando Jesus se afastou com o homem e lhe meteu os dedos nos ouvidos, aquela, que na representação estava a ser curado, mexeu-se cheio de cócegas e desatou a rir.
Na apreciação da mensagem, um miúdo perguntou, com toda a seriedade:
- senhor Padre, Jesus também fazia cócegas?
Compreendi a razão da pergunta e corrigi:
- Não foram as cócegas, como nesta representação, que curaram aquele homem. Jesus fala, escuta e vê e por isso retribuiu ao surdo-mudo a capacidade de escutar, falar e ver com toda a dignidade.
Um outro miúdo acrescentou:
- Mas eu já vi uma figura de Deus a fazer cócegas a Adão.
Ao pedir mais informações identifiquei a cena da Criação, na Capela Sistina, em que Miguel Ângelo põe o dedo de Deus Criador a tocar em Adão. Tive que concordar:
- Sim, Deus faz-nos cócegas porque gosta de nós, porque quer ver-nos felizes, a sorrir e porque quer pôr-nos a mexer... São estes gestos de carinho que nos salvam.
Quem me dera que toda a gente sentisse como cócegas todas as intervenções de Deus na nossa vida.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Faz-te ao largo

5ª Feira - XXII Semana Tempo Comum

Comentário do Pe. Dehon à frase do Evangelho de hoje: Faz-te ao largo...

É no alto mar que faremos a pesca milagrosa. (A barca de Pedro, discurso, Roma, 8 de Janeiro de 1901, in IV Volume das Obras Sociais de Leão Dehon, Edizione CEDAS (Centro Dehoniano Apostolato Stampa) – Andria, 1985, pág. 676)

Ide para o alto mar, ao oceano das graças, ao Coração de Jesus, e fareis uma pesca milagrosa. (ACJ 2, Pág. 201)