sexta-feira, 27 de junho de 2008

Vida de Capelão (8)

- Ó Sr. Padre, como é que eu posso tratá-lo? Por Sr. Tenente ou Sr. Capelão?
- Olhe, desde que não me chame filho da mãe eu não me importo. Em todo o caso, aqui Tenentes há muitos, capelão só há um…

Criancices (8)

Durante uma aula, um aluno estava sempre a falar. Não ouvia nada e ninguém.
- Ó menino, afinal quantas orelhas tens?
- O senhor Padre não sabe contar?
Fui junto dele e puxei uma orelha de cada vez dizendo uma, duas...
- Que engraçado. Tens duas orelhas e bem grandes. E sabes para quê? É que apesar de teres uma só língua, falas mais do que escutas. Por isso as orelhas estão a crescer tanto para te lembrares que deves ouvir o dobro do que falas.

Calar e Contemplar

6ª Feira - XII Comum

Depois de curar um leproso, Jesus diz-lhe: “Não digas nada a ninguém e vai mostrar-te ao Templo…”
1º Ponto - Isto quer dizer que Jesus aconselha que cada um descubra por si mesmo as maravilhas de Deus. Cada um tem de fazer a sua própria experiência. Daí não falar a ninguém para que cada qual chegue a descobrir por si mesmo.
2º Ponto – Vai mostrar-te ao Templo, isto é, vai pregar não com palavras, mas com obras, vai ensinar com a vida, com a tua presença.
3º Ponto – As maravilhas de Deus, mais do que serem narradas, proclamadas ou ouvidas, devem ser experimentadas, vistas ou contempladas.
4º Ponto - É preciso calar para poder contemplar.
5º Ponto - Quando se contempla, fica-se calados, em silêncio... sem palavras!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Casa Sobre a Rocha

5ª Feira - XII Comum

Na Parábola da Casa Construida sobre a Rocha quem é quem?
1ª resposta:
À primeira vista, parece-nos que nós somos a Casa e Jesus é a Rocha sobre a qual nós devemos construir. Só sobre o alicerce de Jesus é que podemos construir com segurança, pois quer queiramos ou não temos de enfrentar tempestades.
2ª resposta:
Mas há outra interpretação: nós somos a rocha e Jesus quer construir a sua morada em nós. Escreve a Ir. Mary Wilson: "Devemos ser como pedras firmes nas quais Deus vai edificar a sua obra. Se formos pedras moles (ou apenas areias) a obra de Deus cairá à menor tempestade porque não poderemos com o peso que há-de ficar sobre nós... Devemos ser firmes no amor divino como um ilhéu no meio do oceano: batem de todos os lados tempestades e fica sempre sendo ilhéu..."
Sejamos então a rocha firme sobre a qual Deus construirá a sua morada em nós.

As Chaves de São Pedro

Festa de São Pedro (29 de Junho)

Porque é que São Pedro é representado com duas chaves na mão?
Com certeza que irão responder-me porque assim as recebeu de Jesus que lhe disse: “Dar-te-ei as chaves do Reino dos Céus”.
Mas na minha terra uma porta só tem uma chave. A mesma chave serve para abrir e para fechar. Porque é que no céu é diferente?
No Céu há uma chave para abrir e outra chave diferente para fechar, há uma chave para unir e outra chave diferente para separar: “Tudo o que desligares na terra será desligado no céu e tudo o ligares na terra será ligado no céu.”
São duas chaves: uma é o Pecado, (para separar, para prender (ligar) ao mal) outra é o Perdão (para unir, para desligar ou absolver).
Parece sugerir que cada coisa tem a sua função, cada coisa o seu lugar…
Um fecha, mas será outro a abrir…

Hoje há futebol

A BOLA ESTÁ NO CAMPO

Nesta época em que o futebol está na ordem do dia, nas meias-finais do Euro 2008, partilho uma reflexão inspirada na Comunidade Jovem sobre o Jogo da Vida.
Há dois mil anos Alguém deu o pontapé de saída no verdadeiro Jogo da Vida. Desde então, a bola está no campo. Notamos, porém, que falta gente para continuar esse desafio, segundo as regras que Ele estabeleceu.
Primeiro, faltam os líderes, os que orientam, os que comandam, os que dão o exemplo de entrega total a essa causa. Falta quem seja capaz de mobilizar tudo e todos.
Muitos são convocados ou incorporados desde pequenos, mas nunca chegam a jogar de facto, segundo as regras do jogo do perdão e do amor que são as cores do clube.
Outros há que até se animam a jogar, mas, como não é uma tarefa fácil, deixam o campo e instalam-se nas bancadas, donde apenas olham, espectadores passivos que nada mudam no campo do jogo. É claro que ficam cada vez mais frustrados, porque sentem dentro de si que deveriam estar lá, dentro do campo, disputando ombro a ombro, com tantos outros, para a vitória de todos.
Há muitos outros que nem sabem quem é quem, no jogo do perdão e do amor. Se não houver quem lhes recorde as regras, eles nunca jogarão na equipa certa.
Há vinte séculos que se joga este desafio e não vai terminar tão cedo. Milhões já jogaram, na sua vida; alguns, dando realmente a vida por esta causa; outros, defendendo-se como podiam, com os recursos pessoais de que dispunham.
No jogo do perdão e do amor, só é substituído quem não quer nada com nada. E quando alguém der o que tinha e o que podia dar, o árbitro entregar-lhe-á o prémio, não porque apareceu mais em campo, mas pela maior ou menor boa-vontade que colocou no jogo. No jogo da vida o prémio é atribuído não em função do resultado mas apenas do esforço.
O desafio está lançado. É preciso entrar neste jogo, o único que realmente conta. Não vale ficar na bancada, sem participar. O importante é entrar no campo da vida e marcar o golo do perdão e do amor.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

São Paulo

28 de Junho

ANO PAULINO

O símbolo de São Paulo é um livro e uma espada por dois motivos:
1º porque ele falou da Palavra de Deus como sendo a “espada do Espírito”.
2º porque é autor de 13 Epístolas do Novo Testamento e foi martirizado em Roma provavelmente decapitado à espada no ano 68 d.C.

De 28 de Junho de 2008 a 29 de Julho de 2009 celebra-se o ANO PAULINO, por proposta do Papa Bento XVI, para assinalar os 2000 anos do seu nascimento.

Podemos imitar o zelo de São Paulo pela Palavra de Deus (Livro) e a luta ou o bom combate por um ideal (Espada).

terça-feira, 24 de junho de 2008

Oração Conclusiva do Ano Lectivo

Encerramento do Ano Lectivo 2007/2008


Senhor, ao terminar este ano de estudo
quero agradecer-te tudo quanto recebi da tua bondade:
Graças pela vida e pela amizade!
Graças pela alegria e pela vontade!
Graças pela inteligência e pelos sonhos!

Senhor, quero agradecer-te por ter encontrado pessoas
que me ajudaram a crescer e a chegar até aqui:
Os meus pais e demais família,
Os meus colegas, amigos, professores e funcionários.
Ao receber deles, de ti, Senhor, recebi,
e ao agradecer-te, estou a agradecer a cada um deles.

Agradeço-te, Senhor, tudo quanto realizei
e pelo que desejei realizar.
Valeu a pena!


A Escola da APEL nos reuniu…
A amizade nos uniu…
O estudo nos desafiou…
Que a felicidade nos inebrie
e o sonho nos conduza pela vida fora…

Ámen!

Nascimento São João Baptista


Missa da Véspera

“Zacarias, a tua oração foi atendida… terás um filho."

Os pedidos dirigidos a Deus são sempre atendidos.
A oração de Zacarias foi também atendida.
Queria ter um filho e intercedeu a Deus durante muitos anos.
Na sua velhice, juntamente com Isabel, com certeza deixou de pedir.
A resposta de Deus veio precisamente quando era mais difícil a solução e quando deixou de pedir.
Deus responde sempre, mas o seu tempo é diferente do nosso.
A oração da juventude foi alcançada na velhice. Bendito seja Deus.
Não há que desesperar. Deus responde sempre às nossas solicitações nem que seja através do silêncio.

Missa do Dia

João Baptista “pela boca e pela vida indicava o caminho da penitência.”
Ele era o mas humilde entre todos os homens. Pregava com a palavra sem deixar de pregar com o exemplo e vice-versa.
Pela boca e pela vida… isto é, ele ensinava aquilo que vivia e vivia aquilo que ensinava.
Ainda hoje nós podemos anunciar Deus pela boca e pela vida.

Lição de Amor

Ano A – XIII Domingo Comum

Um missionário contou que certo dia estava a dar uma lição de catequese aos meninos da aldeia. Chegou alguém e entregou-lhe uma carta. Ele afastou-se e começou a ler. As lágrimas escorriam-lhe pelas longas barbas. As crianças aproximaram-se apreensivas.
- De quem é essa carta que o faz chorar?
- É da minha mãe.
- Mas, diga-nos, Padre. Ela está bem? Aconteceu-lhe alguma desgraça?
- Está tudo bem. Ela apenas escreve cheia de saudades.
- Ah! Você gosta muito da sua mãe. Porque é que não vai para junto dela? Nós gostamos também muito de si mas não o queremos ver a sofrer assim. Vá para junto de quem gosta muito.
- Sabem, eu tenho um compromisso. Eu prometi a mim mesmo que enquanto não vos vir amar tanto a Deus como eu amo a minha mãe, não vos deixarei. Como gosto tanto dela, quero também que vocês fiquem a gostar assim de Deus.
O missionário recordou-se do Evangelho: “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim, não é digno de mim”. Se era grande o amor da mãe, quão grande não seria o amor de Deus? Ele teve de escolher entre estes dois.
Aquelas crianças compreenderam que o amor de Deus valia o amor de mãe e muito mais. O missionário conseguiu, através do amor da sua mãe, aumentar o amor a Deus Pai.
E Deus, lá no céu, sorrindo, começou a preparar uma recompensa para aquela mãe. O seu amor tornou-se missionário e valeu mais do que uma lição de catequese.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Vida de Capelão (7)

Um colega Capelão a quem eu acompanhava numa visita à Unidade:
- Nesta Base quantas pessoas trabalham?
- Metade!

criancices (7)

Havia um miúdo que estava sempre a roer as unhas. Até causava dor, ver as pontas dos dedos assim devoradas. Na primeira aula depois do almoço perguntei-lhe:
- Ó menino, tu não almoçaste?
- Almocei sim, senhor Padre? Porquê?
- Então deves estar a comer agora a sobremesa.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Vida de Capelão (6)

- Ó Capelão, madeirense de uma figa. Leia comigo: B+A=BA; T+A=TA; T+A=TA
- SEMILHA !

Criancices (6)

Ao fim da tarde, os alunos estavam na Sala de Estudo, já cansados. Um miúdo olhava constantemente para a janela, contemplando o Sol que estava prestes a desaparecer no horizonte. Um seu colega pôs-se a rir dele. Chamei-o à atenção:
- Cala-te e olha também este pôr-do-sol!
- Oh! O senhor Padre disse um palavrão. Disse estupor...

quinta-feira, 19 de junho de 2008

O tesouro e o coração

6ª Feira – XI Comum

ONDE ESTIVER O TEU TESOURO
AÍ ESTARÁ O TEU CORAÇÃO



- Porque o maior tesouro é o teu coração.

- Porque o coração define a pessoa.

- Porque aquilo que amas
é aquilo que valorizas
e valorizar é encher o coração.

- Põe o teu coração
em tudo o que és, tens ou fazes.

- Se amas terra
com ela encherás o teu coração
e este será terra.
Se amas a verdade
o teu coração será verdade.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

O Coração é um Livro

Junho é o mês do Coração de Jesus. Este não pode ser visto apenas como um símbolo, mas sobretudo como um compêndio de todo o mistério da nossa redenção. O Coração de Jesus é o resumo do Evangelho ou a síntese de toda a teologia.

Quero desfolhar este livro, escrito com o sangue da entrega total:
- A primeira página apresenta-nos um CORAÇÃO ABERTO: Eis um coração que tanto amou os homens. Aberto para nos fazer chegar ao seu amor, mas também para acolher todo o amor que lhe podemos dar.
- Outra página mostra-nos um CORAÇÃO TRANSPARENTE, à vista de todos. Nada tem a esconder. Está acessível, fora do peito porque é de todos.
- Noutra página observamos o SANGUE e a ÁGUA, os sacramentos a jorrar para a vida eterna.
- Depois contemplamos a sua LUZ a irradiar. É a VERDADE do seu amor, pois quem ama não anda nas trevas.
- Mais acima vemos a coroa de espinhos e a CRUZ implantados no Coração de Cristo, porque quem ama padece…
E podíamos continuar a desfolhar este compêndio infinito do amor de Deus.
Ao saborear este Livro que é o Coração de Jesus, aprendamos a imitar o seu estilo e a fazer do nosso coração mais um livro da sua colecção.

Vida de Capelão (5)

O Barista para mim, às tantas da noite:
- Ó Sr. Capelão, estão todos bêbados menos nós.
- Não! Nós menos!

Criancices (5)

Estava uma chuva miudinha e alguns alunos persistiam em continuar a jogar, ficando mesmo com a cabeça molhada. Aproximei-me:
- Olhem bem para a minha cabeça. Reparem quantos cabelos brancos já tenho.
- Ena pá, tantos.
- Pois. E sabem porquê? É que quando era da vossa idade eu andava muitas vezes à chuva como vocês e agora, por causa disso, o meu cabelo está a ficar todo branco.
Eles não disseram mais nada e foram recolher-se.
Daí a pouco encontrei um desses alunos, na casa de banho, junto ao espelho tentando descobrir algum cabelo branco na sua cabeça.

Não ter medo

Ano A – XII Domingo Comum

Numa aula, estava eu a falar das invenções modernas.
- Algum de vós é capaz de mencionar alguma coisa importante que não existia há cinquenta anos?
Um miúdo muito activo, sentado mesmo à minha frente, levantou a mão e respondeu:
- Eu, senhor Padre. Há cinquenta anos eu ainda não existia.
- Não. Eu pedi coisas e não pessoas – corrigi.
- Ah! Eu pensava que o senhor Padre ia dizer que eu não era importante.
Jesus Cristo no Evangelho repete, por três vezes, “não temais ... vós valeis mais que três passarinhos”. É preciso ter confiança em Deus, pois Ele faz tanta confiança em nós. Valemos muito mais do que pensamos.
Se não gostas de ti, quem irá gostar?
Se não te orgulhas do que fazes, quem se orgulhará?
Se não te alegras com a vida que tens, quem se vai alegrar com ela?
Sê tão forte que nenhum tormento possa perturbar a tua paz interior.
Procura a face luminosa de todas as coisas e faz com que o teu optimismo se torne realidade.
Preocupa-te com a tua própria perfeição e não te sobrará tempo para criticar os outros.
Sê bastante grande de espírito para não te atormentares, bastante nobre para não te encolerizares, bastante forte para não teres medo.
Deus faz sentir a todos que há algo de precioso em cada um.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Vida de Capelão (4)

- Ó Capelão, porque é que veio para a Força Aérea?
- Olha, quando eu era criança a minha mãe dizia que eu gostava de andar sempre com o rabo no ar. Daí a minha vocação. Hoje há mais um motivo: eu gosto muito de ficar em cima.

Criancices (4)

Depois das férias do Natal, um padre, amigo meu, veio visitar o Colégio. Ao falar com uns alunos perguntou:
- E tu, em que ano estás?
- Estou no ano de 1996.
Bem feito, pensei eu. É para aprenderes a fazer perguntas inteligentes.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Criancices (3)

Durante uma aula, uma aluna teve um ataque de soluços:
- Senhor Padre, posso ir à casa de banho beber água para ver se me passam estes soluços?
- Fica quieta aí e isso já te passa.
Daí a pouco a mesma pergunta e a mesma resposta. À terceira vez, eu estava mesmo junto dela e ao responder-lhe, com as mesmas palavras, fiz o gesto de quem lhe ia dar uma chapada na cara. Ela assustou--se e os soluços passaram. O problema foi convencê-la que eu tinha feito de propósito para que o susto a curasse.

Vida de Capelão (3)

O RISCO DE SER CAPELÃO

Se prega dez minutos – nunca mais acaba
Se fala de contemplação – está voando
Se aborda temas sociais – mete-se em política
Se estuda – não tem nada que fazer
Se não estuda – não está preparado
Se tem boa apresentação – é vaidoso
Se vive despreocupado – é descuidado
Se baptiza e casa toda a gente – malbarata os sacramentos
Se é exigente – afasta os crentes
Se está na Capela – Abandona as tropas
Se faz visitas – foge da Capela
Se promove convívios – é um bon-vivant
Se é sério – é antiquado
Se faz obras – só gasta dinheiro
Se não faz – tem tudo abandonado
Se se rodeia de colaboradores – Deixa-se manejar
Se é reservado – é individualista
Se é jovem – não tem experiência
Se não é jovem – deveria passar à disponibilidade
Se … …
Mas quando se afasta ou morre – era realmente um bom capelão
NB. Isto não acontece só com o Capelão.

domingo, 15 de junho de 2008

Amar os inimigos

3ª feira - XI Comum
Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem.

1 – Eles são inimigos porque ainda não se sentiram amados suficientemente; e quando considerados melhores do que são sentem-se movidos a sê-lo. Por isso amai-os.

2 – Porque assim fareis a experiência da gratuidade do amor. Amai sem esperar recompensa ou sem exigir amor em troca porque quando o amor é perfeito não tem necessidade de ser amado para amar.

3 – Amai os vossos inimigos, não porque eles sejam bons, mas porque vós deveis ser bons.

4 – Porque só amando se transforma em bem o mal que eles fizeram.

5 – Porque eles têm algo de bom, pois se Deus os mantém vivos é porque ainda têm alguma utilidade.

6 – Amai, não por serem dignos do vosso amor, mas para os tornardes dignos dele.

7 – Amai-os porque Deus também os amou e deu a Sua vida por eles, e vós não sois melhores que Deus.

Oferecer a outra face

2ª Feira - XI Comum

A nossa vida é como uma moeda ou uma medalha – tem duas faces.
A quem mostra a face da violência, é preciso dar a volta e mostrar a face da não-violência, do amor e do perdão.

Não pagues o mal com o mal porque assim estás a firmar um único aspecto da vida. Oferece algo de positivo a quem te dá um estalo.
Dá, por exemplo, um beijo na mão que te bateu.

Engole o amargo e cospe o doce…
Não basta engolir o amargo, é preciso cuspir o doce.

Deus Chama por mim

Ano A - XI Domingo Comum

Deus, que podia fazer tudo sozinho e de maneira perfeita, quis precisar da nossa colaboração.
Chamou os seus apóstolos e enviou-os em missão.
Ainda hoje é assim.

Alguém chama por mim
Alguém gosta de mim
É Jesus que me diz
Como posso ser feliz.


Deus precisa de nós,
porque o mundo preciso de Deus.

Criancices (2)

Durante a última aula da tarde, o céu escureceu, ameaçando chover. Olhando para fora, lamentei-me:
- Logo agora que vamos sair é que vai chover. Ó menino N... vê se o chão está molhado.
O aluno, que estava junto à janela, olha não para a rua, mas para debaixo da sua carteira e com naturalidade responde:
- Não está nada, senhor Padre.

sábado, 14 de junho de 2008

Criancices (1)

Ao atravessar o pátio do recreio, apanhei inadvertidamente com uma bola na cabeça. Os jogadores ficaram suspensos à espera de uma valente repreensão. Simplesmente comentei:
- Eis o sinal de que tenho cabeça. Se não tivesse cabeça a bola não me teria batido...
E o jogo continuou ainda mais animado.

A seara é grande...

Ano A - XI Domingo comum

1 – A Seara é grande… porque é extensa:
Há lugar e espaço para todas as espécies de frutos, muita gente, muitas situações diferentes.

2 – A Seara é grande… porque é de boa qualidade:
Produz grandes e bons frutos.

3- A Seara é grande… e não pode ser mecanizada:
É preciso uma relação pessoal e exige muita mão-de-obra.

4 – A Seara é grande… pois exige trabalhadores vários e distintos serviços:
Cada um deve servir segundo o seu carisma, pois ninguém pode fazer o trabalho dos outros.

5 – A Seara é grande e os trabalhadores são poucos… poucos, mas bons.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Criancices

Apresentação
Guardo com emoção alguns episódios da minha experiência no Colégio Innfante D. Henrique.
Akguns foram divertidos, outros instrutivos e alguns demasiado sérios.
Todos eles foram gratificantes, aprendendo aqui, ensinando acolá.
Estas memórias são alguns exemplos banais do que vivi durante vários anos.
Fui aluno do Colégio Infante no 8º e 9º anos de escolaridade (1970-1972).
Os meus dois primeiros anos de padre passeios o Colégio Infante como professor (1984-1986).
Depois de três anos de serviço militar obrigatório como capelão da Força Aérea Portuguesa, voltei ao Colégio Infante como Director escolar (1989-1998). E como não reprovei nenhum ano, ao 9º deixei o Infante e fui para o Colégio Missionário, no mesmo Caminho do Monte...
Partilho estas expeiências brejeiras com ternura...
É uma simples homenagem ao Colégio que nasceu no mesmo ano do que eu e está a celebrar as suas bodas de ouro.
Que ninguém me leve a mal.

Mensagem para mês do Coração de Jesus







(Adaptado de autor desconhecido)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Vida de Capelão (2)

A VIDA MILITAR É UMA ESPÉCIE DE RELIGIÃO

Que tem a sua fé – o Juramento de Bandeira
A sua caridade – o Amor à Pátria
Os seus 10 mandamentos – o Código de Honra
A sua Bíblia – a Constituição, o RDM
O seu devocionário – a Ordem de Serviço
As suas práticas ascéticas – a obediência, a disciplina
O seu noviciado – a Recruta
Os seus ritos – as honras militares
As suas celebrações – as paradas
As suas procissões – os desfiles
A sua música sacra – as marchas, os hinos
Os seus sinos – os clarins
A sua clausura – o aquartelamento
As suas capelinhas – os clubes
Os seus dias de retiro – a semana de combate
Os seus santos e mártires – os bravos soldados
… … …
Só as suas jaculatórias é que são profanas.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sermão da Montanha


Segunda-feira da 10ª Semana tempo comum

“Ao ver as multidões Jesus subiu ao monte e sentou-se. Rodearam-no os discípulos e ele começou a ensiná-los dizendo…” O Sermão da Montanha ou as Bem-aventuranças.
Jesus ensinava não como os escribas, não falava do alto de um pedestal, nem do púlpito, nem como um doutor distante, mas sentava-se lado a lado como um amigo ao lado do seu amigo ou como um pai a conversar com o seu filho.
É este o ensinamento de Jesus. A maneira como ensinava era já uma grande lição. Jesus ensinava aquilo que vivia e vivia aquilo que ensinava.
Sentado lado a lado, ensinava como amigo ao seu amigo…
É esta a sua proposta de felicidade, amigo entre amigos...

Vida de Capelão (1)

OS NOMES QUE UM CAPELÃO TEM

Técnico de Material Celeste – no Grupo de Material
Senhor Abade – nas Messes
Representante de Deus na Base – nas Relações Públicas
Doutor das Almas – na Secção de Saúde
Amigo de São Pedro – na Meteorologia
Mensageiro Divino – nas Comunicações
Bom Pastor – na Agro-pecuária
Leal Conselheiro – no Grupo de Instrução
Protegido de Deus – nas Esquadras de Voo
Capelas – no Grupo de Apoio
Moralista – na Polícia Aérea
Senhor Vigário – na Esquadra de Vencimentos
Papa-Hóstias – na Esquadra de Intendência
Água Benta – na Secção de Justiça
Pronto-Socorro – No Gabinete de Prevenção de Acidentes
Anjo na Terra – na Secção da Acção Social
Desmancha-prazeres – na Sala de Vídeo
Senhor Prior – no Serviço Religioso
Padre – na Vida civil
Bendito – entre as Mulheres.

domingo, 8 de junho de 2008

Anedotas da vida de Capelão

Memórias de um Técnico de Material Celeste, vulgo Capelão

Sempre procurei ter ma resposta pronta e engraçada para tudo. Espero com isso não ofender ninguém.

Algumas destas saídas poderão não ter sido inéditas, mas garanto que foram todas espontâneas.

São as minhas memórias ou anedotas da vida de capelão militar numa Base Aérea, de 1986 a 1989.

Que nada disto seja impedimento para a minha beatificação...

Comentário

Ano A – X Domingo Comum

No trecho do Evangelho de hoje, Jesus convida Levi (ou Mateus) para O seguir.
Apetece-me hoje alterar aquele refrão da canção que diz:
“Quando Jesus passar eu quero estar no meu lugar.”
Eu mudaria para:
“Quando Jesus passar eu quero estar a trabalhar.”
Isto porque sempre que Jesus passa e convida alguém para O seguir, esse alguém está em actividade. Tal aconteceu com Simão e seu irmão André que estavam a consertar as redes, tal aconteceu mais à frente também com Tiago e João e com tantos outros.
Jesus só convida quem está activo, a trabalhar, e nunca os desocupados ou passivos…
Será por isso que em geral nós também só pedimos ajuda a quem está muito ocupado?
Jesus conhece a nossa psicologia, ou não fosse Ele da nossa raça.
Quando Jesus passar eu quero estar a trabalhar porque é uma condição para Ele me convidar a trabalhar com Ele.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Justos e Pecadores

Ano A – X Domingo Comum

Depois de atender de confissão um grupo de crianças, fui confessar-me também.
À saída, um miúdo estava a comentar com os colegas:
- Eu não sabia que os Padres também se confessavam...
Aproximei-me e confirmei:
- Claro, confessam-se como todas as pessoas. Qual é o espanto?
- É que os seus pecados devem ser diferentes.
- Sim, como não sou casado, os meus pecados não são de pessoa casada, também não são de uma pessoa simplesmente solteira... Enfim, são pecados de Padre.
- Ah, já percebi. São pecados sagrados.
Com certeza que Jesus responderia que não veio chamar os justos, mas os pecadores. Não quer dizer que não tenha vindo buscar os justos mas que não os há assim, porque todos são pecadores. Ele veio buscar a todos. A humanidade não se divide em justos e pecadores mas em pecadores que se reconhecem como tais e em pecadores que se crêem justos. Aliás Ele disse: Ide anunciai que os pecados são perdoados. Perdoados e não suprimidos porque todos continuaremos a ter pecados, cada um segundo a sua contingência.
Uma laranjeira não é meramente laranjeira pelo facto de produzir laranjas. Ela dá laranjas porque é laranjeira. Eu não sou pecador porque peco. Peco porque sou um pecador. Jamais quererei um Salvador enquanto não souber que sou um pecador. Não quererei um médico a não ser que me encontre doente.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Juntos para sonhar

Dá-me um sonho
Atira-mo para a minha mão
Vou viver e ser feliz
Irei pelo mundo inteiro
Dando a mão a quem sonha

terça-feira, 3 de junho de 2008

mensagem inicial

Este será o meu QUINTAL no qual tentarei cultivar, colher e partilhar algumas letras, palavras, frases, mensagens.