sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Todos os Santos

1 de Novembro

1ª Mensagem:
Este é o dia em que celebramos todos os que são santos ou celebramos todos, pois todos são santos? Com certeza as duas situações.
Foi em Antioquia que pela primeira vez se chamou aos discípulos de Cristo o nome de CRISTÃOS. E antes como se lhes chamavam? A esses irmãos chamavam SANTOS. Naquele tempo ser discípulo de Cristo era ser santo, ser santo era ser discípulo de Cristo? E hoje?

2ª Mensagem:
Ser santo é ser feliz. Jesus Diz que santo é aquele que apesar de ter lágrimas no rosto, apesar de ser perseguido, maltradado, injuriado, pobre... mantém a sua felicidade. Ser santo é ser feliz aqui na terra sem comprometer a felicidade por toda a eternidade.
Se não sou feliz nesta vida, como posso ser feliz no céu?
Queres saber quanto és santo? Diz-me simplesmente quanto és feliz...
Diz-me como és feliz e dir-te-ei quanto santo és...

3ª Mensagem:
Na minha terra quando alguém não queria pagar uma dívida, dizia simplesmente: vás ter o pagamento no dia de São Nunca à tarde. Como o calendário não apresentava este dia, deixaria assim de cumprir com a promessa.
Mas no dia um de Novembro, celebramos todos os santos e por isso também celebramos este São Nunca. Este é também o seu dia, como o dia de todos os outros santos.
Então hoje é o dia de pormos todas as nossas contas em dia. É dia de cumprirmos com todos os nossos compromissos.
Ser santo é assim ter as contas em dia, é pagar todas as nossas dívidas, é assumir plenamente todos os nossos compromissos, baptismais e não só.

Pão Por Deus

O Primeiro de Novembro
É dia do Pão Por Deus.
Eu vou dar uma esmolinha
Por alma dos entes meus.

Este é um dos significados do dia do Pão Por Deus: dar esmola em memória dos seus parentes defuntos. Eles como já não podem dar esmola, nós damos por eles...

Outra explicação deste dia: No norte da Europa, a partir deste dia começava a haver neve pelos campos. Para que os pobres pedintes não tivessem necessidade de andar pela neve a pedir esmola, então organizavam uma festa para lhes atribuir tudo o que precisavam durante todo o inverno. Era partilhado então o pão e todos os produtos da terra aos pobres por amor de Deus: era o pão por Deus.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Armadura de Deus

5ª Feira - XXX Tempo Comum

Novo Vestuário de Efésios 6, 10-20

Revestir-se com a ARMADURA DE DEUS
(para resistir e perseverar firmes)

. Cinturão da Verdade (bem firmes)

. Couraça da Justiça (bem ajustados)

. Calçados com Zelo (anunciando o Evangelho da Paz)

. Escudo da Fé (para apagar o maligno)

. Capacete da Salvação (que é o comando de tudo)

. Espada do Espírito (a Palavra de Deus)

Qual destas 6 peças de vestuário eu tenho mais necessidade de cuidar, de reparar ou de acertar, hoje na minha vida, para ser um autêntico soldado revestido com a Armadura de Deus?

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Endireitar-se

2ª Feira - XXX Tempo Comum

Naquele tempo apareceu uma mulher doente: andava curvada e não podia endireitar-se. Jesus chamou-a e disse-lhe: estás livre. Ela endireitou-se e começou a dar glória a Deus.

Ela começou a dar glória a Deus e por isso ficou endireitada ou ficou direita e então começou a louvar a Deus?
Quando alguém não é capaz de dar glória a Deus fica curvado, não consegue endireitar-se, não consegue olhar em frente, carrega um grande fardo.
É preciso ouvir o chamamento de Jesus e começar a louvar o Senhor. Só assim endireitamos a nossa vida e vamos longe porque olhamos em frente e apuramos a nossa posição.
Endireitar-se é tomar a posição do HOMO ERECTUS, é ser verdadeiramente homem ou pessoa. Diante de Jesus o homem torna-se realmente homem.
Homens, sede homens!

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Fogo à Terra

5ª Feira - XXIX Tempo Comum

"Eu vim trazer o fogo à terra"

O FOGO simboliza a Palavra de Deus, mas também simboliza o juízo divino que purifica o seu povo, passando meio dele. Assim a Palavra de Deus constrói, mas ao mesmo tempo destrói.
O fogo tem o poder de transformar a matéria.
O fogo não tem forma permanente, pois está sempre em movimento, em acção.
O fogo aquece o corpo humano, ilumina o homem, defende-o (os animais são afugentados com o fogo).
O fogo orienta, guia, é comunicação etc…
Deus quer acender em nós este FOGO.
Cada um saberá o que mais precisa que ele faça: ou purificar, ou animar ou aquecer, ou guiar, ou defender, ou comunicar, conforme a sua situação existencial de cada momento.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Vida de Capelão (27)

Alguém que me viu junto das Fotocopiadoras:
- Ó Capelão, você muito gosta desta Secção.
- Tens razão. Sempre gostei da reprodução.

Criancices (27)

Numa Segunda-feira uma aluna do 2º Ano ou, como antigamente se dizia, da 2ª classe, toda satisfeita, veio contar-me:
- Senhor padre, eu ontem fui à catequese.
- Muito bem. E aprendeste muita coisa?
- Sim. Aprendi que o pai de Jesus não é São José.
- Muito bem. E como é que se chama o pai de Jesus.
A miúda pensa, faz um grande esforço e desiste:
- É um senhor que já não me lembro o nome.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Vigiar

3ª Feira - XXIX Tempo Comum

No Evangelho de hoje Jesus declara felizes os que ouberem VIGIAR.
Vigiar quer dizer - CONTEMPLAR (olha, vigia...)
Vigiar quer dizer também - GUARDAR

São felizes os que sabem contemplar.
São felizes os que sabem guardar o tesouro que receberam.
Isto é, são felizes os que sabem vigiar.

O Maior Mandamento

Ano A - XXX Domingo Comum

ESTE É O MAIOR MANDAMENTO:
AMAR A DEUS SOBRE TODAS AS COISAS
AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO


- Deus, tu e eu , isto é, NÓS.
O maior mandamento é construir o NÓS,
a comunhão, a família.

- Amar a Deus e amar o próximo:
amar a Deus nos irmãos
amar os irmãos em Deus.

- Amar o próximo como a nós mesmos,
como se ele fosse parte de nós.

Quem Vem Depois

Ano A - XXX Domingo Comum


A catequista estava a interrogar os seus alunos:
- Quem é capaz de dizer qual é o maior mandamento da Lei do Senhor?
- Amar a Deus e amar o próximo – responderam em coro.
- Muito bem, vê-se que os meninos estão atentos na catequese e sabem muitas coisas. Mas qual de vós quer dizer quem é o próximo?
Todos ficaram pensativos até que uma menina, sem hesitação, levantou o dedo para falar:
- O próximo é o que vem depois.
A catequista nem queria acreditar no que ouviu:
- Como? Aquele que vem depois?
- Sim. É o que vem a seguir. Ontem, a minha mãe levou-me ao médico e estava lá muita gente. Cada vez que saía uma pessoa do consultório a enfermeira pedia: o próximo.
- É verdade, é assim... confirmaram todos.
- Bendito seja Deus! – concluiu a catequista. Estes meninos sabem mais do que eu.
É o mesmo Senhor Jesus que continua hoje a revelar a Sua lei: Amar a Deus e ao Próximo, amar a Deus que vem primeiro e amar o próximo que vem depois, amar o Mestre e o discípulo que está a seguir, amar o Senhor e amar aquele que dele precisa, amar a Deus e a quem está perto dele porque todos estamos no seu coração.

domingo, 19 de outubro de 2008

Criancices (26)

Uma Professora estava a lamentar-se da sua falta de tempo:
- Quem me dera ter alguém que me passasse a ferro!
- Oh, eu não sabia que estavas assim tão engilhada...

Vida de Capelão (26)

- Ó Capelão, as freiras usam aliança pois são casadas com Nosso Senhor. E então os Padres? Não usam aliança, mas também são casados com Ele.
- Por quem me tomas. Eu sou casado sim, não com Ele, mas com Ela, a Santa Madre Igreja.
- Santa?! Isso é que era bom.
- Santa sim. Não há esposa como a minha. Posso chegar a qualquer hora da noite, ela nunca resmunga, nunca me chateia nem pergunta onde estive, com quem andei, se venho a cheirar a álcool etc. e tal. Assim, só de uma santa.

sábado, 18 de outubro de 2008

Dia das Missões

BREVE TESTEMUNHO

É preciso ir ao povo, dizia o Pe. Dehon.
Foi a pensar nisto que deixei a minha sacristia na Madeira e parti para Madagáscar para participar na ordenação de D. José Alfredo e visitar as missões dos meus confrades dehonianos, em Março de 2001.
Era a minha vez de ir até aquele povo de quem ouvira falar, de visitar aqueles que deixaram tudo para evangelizá-lo.
Parti com o sonho de ver como se evangeliza e voltei convencido de como somos evangelizados. É preciso ir ao povo, não para evangelizar mas para se deixar evangelizar. Foi esta a conclusão a que cheguei ao dialogar com os seminaristas do colégio Missionário, ao regressar de Madagáscar. Ao explicar aquilo que mais me tinha surpreendido na viagem, fiz a lista das qualidades daquele povo:
- Vive o espírito de pobreza evangélico, contentando-se com o mínimo dos mínimos e apesar disso mostra-se feliz. Tem uma vida pobre mas pura. Encontrei pessoas sempre alegres, felizes. Bastava olhar para elas para se abrirem num sorriso.
- Vive numa fome de aprender e de participar. Fazem grandes caminhadas a pé para celebrar a sua fé. Até mesmo as crianças ficam quietinhas a absorver tudo o que ouvem ou vêem. Com o mínimo das condições, conseguem tirar o máximo na aprendizagem. Não olham para o relógio, não apenas porque não os há mas porque para crescer não medem o tempo. Todos cantam e rezam com entusiasmo. Rezam com a boca cheia, pois ela está vazia de pão mas o coração a transbordar. Cantam com o corpo inteiro com toda a espontaneidade. E dançam num balanço lento que exterioriza uma serenidade contagiante.
- É um povo bastante contemplativo. Frequentemente vê-se alguém sentado a olhar para o infinito. Dizem que é por causa do calor e do esforço das caminhadas ou da dureza da própria vida. O certo é que sabem parar e quase que nem se movem na sua paz ou tranquilidade.
- Gente que não se queixa. À pergunta se está tudo bem, respondem prontamente que sim e só mais tarde é que fazem a ladainha das ocorrências – a tempestade levou-me a casa, o meu parente está doente, o arrozal ficou destruído, mas está tudo bem. Está tudo bem porque estou vivo, não interessa o resto pois tudo se irá compor.
Podia continuar numa exaustiva enumeração destas qualidades. Quando as assinalei, um jovem seminaristas desabafou:
- Então, se os malgaxes são assim tão bons, o que é que eu vou lá fazer? O que é que posso ensinar-lhes? É que eles são melhores do que nós.
- Pois é. Não vamos até eles para os evangelizar mas para nos deixar evangelizar.
Como admiro aquele povo, pobre em condições de vida mas tão rico humanamente!
Como admiro os missionários que comungam da sua vida, com coragem e com fé.
Os malgaxes estão orgulhosos dos seus missionários, como posso ficar insensível a tudo isto. Eu sinto orgulho de uns e de outros.
Obrigado a todos por esta evangelização.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Criancices (25)

.
Na turma do 1º Ano (antiga 1ª Classe), estávamos a fazer uma lista de palavras que começavam pela letra Q. Depois de algumas palavras (quadro, queijo, quarto etc.), a turma ficou a pensar em silêncio, à procura de outras até que um aluno levanta o dedo e diz saber uma outra palavra:
- Quilhões.
- Olha lá, essa palavra só é usada por quem não anda na escola. Há outra palavra mais própria para dizer a mesma coisa. Quem sabe qual é? Eu vou ajudar. Essa palavra começa por T.
A turma, em silêncio, pensava, pensava... até que uma menina prontificou-se para responder. Respirei fundo pois era filha de um médico e de uma enfermeira. Com certeza lá em casa já devia ter ouvido a palavra Testículos.
- Diz lá a palavra certa.
- Tomates.
.

Vida de Capelão (25)

Entro no Bar que estava bem animado. Alguém levanta a voz e pergunta:
- Então, Capelão, como vão as suas ovelhinhas?
- As ovelhas estão bem, graças a mim, mas tenho por aí uns cabrões que me dão cabo do juízo.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Teresa de Ávila

15 Outubro - Santa Teresa de Ávila

Este texto não é meu original. Apenas resumi ainda mais o que encontrei.

Santa Teresa nasceu em Ávila (Espanha) no ano 1515. Tendo entrado na Ordem das Carmelitas, fez grandes progressos no caminho da perfeição e teve revelações místicas. Ao empreender a reforma da sua Ordem teve de sofrer muitas tribulações, mas tudo suportou com coragem invencível. A doutrina profunda que escreveu nos seus livros é fruto das suas experiências místicas. O “Castelo Interior” é o ensinamento maior da Santa. Fruto maduro da sua última jornada terrena, reflecte o estádio definitivo da sua evolução espiritual e completa a mensagem das obras anteriores. Aqui fica um breve esquema:

Primeira morada:
entrada no castelo
, converter-se, iniciar o trato com Deus (oração); conhecer-se a si mesmo e recuperar a sensibilidade espiritual.

Segunda morada:
lutar; o pecado ainda cerca; necessidade de uma opção radical; progressiva sensibilidade na escuta da palavra de Deus (oração meditativa).

Terceira morada:
a prova do amor. Estabelecimento de um programa de vida espiritual e de oração; zelo apostólico; mas sobrevêm a aridez e a impotência como estados de prova.

Quarta morada:
brota a fonte interior, passagem à experiência mística; mas intermitentemente: momentos de lucidez infusa (recolhimento da mente) e de amor místico-passivo (quietude da vontade).

Quinta morada:
morre o bicho-da-seda; a alma renasce em Cristo; estado de união por conformidade de vontades, manifestada especialmente no amor.

Sexta morada:
o crisol do amor. Período extático e tensão escatológica. Novo modo de sentir os pecados. Cristo presente.

Sétima morada:
Matrimónio Místico
. Duas graças de ingresso no estado final: uma cristológica, outra trinitária. Plena inserção na acção. Plena configuração a Cristo crucificado.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Criancices (24)

Uma professora veio queixar-se dos seus alunos:
- Ó Senhor Padre, eu não me casei para não ter que aturar filhos e tenho de aturar os filhos dos outros?
- E eu não me casei para não aturar mulher e tenho de te aturar a ti.

Vida de Capelão (24)

Alguém ao ver um Aspirante a falar comigo:
- Ó Capelão, manda-o àquela banda…
- A ti é que te mando a uma lugar que tem cinco letras, começa com M e acaba em A. Vai tu à … MISSA!

Imagem de Deus

Ano A - XXIX Domingo Comum


Um dia as Irmãs da Caridade recolheram um mendigo, lavaram-no, deram-lhe de comer, aconchegaram-no. Quando recuperado e lúcido, este homem pediu à Irmã Teresa de Calcutá:
- Dizei-me o vosso nome. Nenhum humano fazia por mim o que vós fizestes. Vós deveis ser deusas. Que posso fazer para servir a vossa divindade?
- Não, não somos deusas. Tu é que és para nós imagem de Deus. Nós fizemos tudo isto porque reconhecemos em ti o nosso Deus.
É preciso retribuir a Deus o que é de Deus e a César o que é de César.
A mensagem de Jesus é muito subtil. A moeda deve ser restituída a César, porque nela está impressa a sua imagem. Há uma criatura sobre a qual está impressa a imagem de Deus. Esta é Sua e mais ninguém pode apropriar-se dela.
Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, à imagem de Deus Ele o criou. O Homem é esta criatura que não pode pertencer a mais ninguém senão a Deus. Ninguém poderá dominá-lo, escravizá-lo, oprimi-lo como se fosse um objecto de sua propriedade porque é sagrado.
É preciso respeitar a imagem de Deus que está impressa no rosto de cada pessoa. Não será tarefa fácil pois só os puros de coração verão a Deus.
Dar a Deus o que é de Deus só se entende se eu me der todo.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Efeméride (3)


Efeméride (2)


Efeméride (1)


11 de Outubro

100 Anos
No dia 11 de Outubro comemoram-se os 100 anos da Ordenação Episcopal do primeiro Bispo da Congregação que também foi o primeiro missionário SCJ. Trata-se de D. Gabriel Grison ordenado bispo a 11 de Outubro de 1908 em Roma com destino à Diocese de Stanley-Falls como Vigário Apostólico, actual Kisangani no Alto Congo. Manteve-se no cargo até 1934 quando lhe sucedeu outro dehoniano, o Bispo D. Camilo Verfaillie.

50 Anos
Em 1958, também no dia 11 de Outubro outro bispo da Congregação tomou posse da mesma Diocese como Vigário Apostólico, D. Nicolau Kinsch. No ano seguinte é designado Arcebispo mantendo-se aí até resignar em 1967. A partir de então não houve mais bispos dehonianos nessa diocese.

Primeiro Missionário
O Bispo D. Gabriel Grison é considerado também o primeiro missionário dehoniano. De facto foi ele o primeiro a partir para a missão do Equador, na América Latina em 1888. Depois da expulsão dos missionários do Equador em 1896, o Padre Gabriel Grison partiu no ano seguinte para abrir a primeira missão africana da Congregação no Congo Belga, onde se manteve como missionário e depois também como bispo desde 1908 até 1942, ano da sua morte.
Escreveu as memórias da sua primeira missão no Equador e uma “Crónica de Stanley-Falls” publicada em 1936 na revisa “O Reino do Coração de Jesus” de Lovaina (Bélgica).

Primeiro Bispo
D. Gabriel Grison foi o primeiro bispo dehoniano de toda a Congregação. Segundo o actual Elenchus a nossa Congregação já deu à Igreja 40 bispos, dos quais 22 vivos (incluindo os dois únicos Cardeais, o Brasileiro Óscar Scheid e o Polaco Estanislau Nagy).
Mártires
Quando D. Gabriel Grison morreu em 1942 com 81 anos de idade, já 52 missionários o tinham precedido na morte, grande parte em idade jovem.
Para a sua sepultura escolheu um espaço à frente da Gruta de Lurdes no exacto lugar onde celebrou a sua primeira missa de Natal na Missão de S. Gabriel quando chegou às terras africanas. O Papa João Paulo II, visitando o Congo em 1980, rezou ajoelhado na campa de D. Gabriel Grison.
Recordando os seus missionários que sacrificaram a sua vida, o Padre Dehon escreveu em Fevereiro de 1925 nas notas quotidianas: “Alguns morreram generosamente na missão no Congo, no Brasil”.
Nos “Souvenirs” ao recordar os “nossos defuntos” o Fundador confessou que “um santo cardeal lhe dizia que só pelo facto de terem ido para longe, expondo-se a uma morte iminente, estes missionários mereciam a palma do martírio”.
Mais tarde o martírio continuou mais explícito: Durante a rebelião dos Simbas, após a proclamação da independência do Zaire a 30 de Junho de 1960. Dos 144 missionários assassinados, 29 foram dehonianos.


Bilhetes de Identidade
D. Gabriel Grison:
Nasceu a 24 de Dezembro de 1860 em Verdún
Ordenado Presbítero a 30 de Novembro de 1883 = 125 anos
Primeira Profissão a 13 de Setembro de 1887
Partiu para o Equador a 10 de Novembro de 1888
Expulsão do Equador a 12 de Junho de 1896
Partiu para o Congo a 6 de Julho de 1897
Ordenado Bispo a 11 de Outubro de 1908 = 100 anos
Resignou em 1934
Morreu a 13 de Fevereiro de 1942
Era de estatura pequena, mas robusta, de temperamento nervoso, inteligente, com uma vontade tenaz e um coração generoso. Possuía uma alma poética que se entusiasmava diante das belezas da natureza. Era um excelente mestre, especializado em Ciências Naturais e tocava bem guitarra.

D. Camilo Verfaillie:
Nasceu a 4 de Julho de 1892
Primeira Profissão a 23 de Setembro de 1912
Ordenado Presbítero a 13 de Julho de 1924
Ordenado Bispo a 27 de Maio de 1934
Resignou em 1958 = 50 anos
Morreu a 22 de Janeiro de 1980

D. Nicolau Kinsch:
Nasceu a 31 de Outubro de 1904
Primeira Profissão a 22 de Setembro de 1926
Ordenado Presbítero a 12 de Julho de 1931
Ordenado Bispo a 11 de Outubro de 1958 = 50 anos
Resignou em 1967
Morreu a 23 de Março de 1973

Documentos

Carta do Pe. Dehon : 28.03.1908 Destinataire : Madame von Christierson Inventaire : 1152.09 AD : B104/1
Madame, … A nossa Congregação acaba de obter uma grande graça da Santa Sé. A nossa missão do Congo foi erigida Vicariato Aostólico, e o Pe. Grison, da nossa Congregação, foi nomeado bispo. Recebei os meus respeitosos votos. L. Dehon


Carta do Pe. Dehon : 13.10.1908 (mardi) Destinataire : Louis Julliot Inventaire : 861.01 AD : B62/4
Mon cher Louis,… Neste momento, estamos todos reunidos em Roma. Nós tivemos no Domingo a sagração de D. Grison. Isto é narrado no Jornal La Croix. Foi o Cardeal Gotti que fez a sagração. Ele tinha uma bela assistência : quatro bispos, prelados, príncipes romanos, o embaixador da Bélgica, etc. Que bela cerimónia ! As promessas do novo bispo, a prostração, as unções, a imposição das mãos, a bênção da mitra, da cruz, do anel, com as fórmulas que explicam o simbolismo, tudo isto impressiona vivamente. O Pe. Mathias está aqui, o Pe. Jeanroy, o Pe. Falleur, o Pe. Duborgel. Eles vão visitar as sete basílicas, as catacumbas, etc. etc. Terão assim muito que contar durante todo o inverno. Hoje haverá uma grande recepção na nossa casa. Amanhã, haverá uma segunda audiência do Papa. Ele já ofereceu a D. Grison uma bela cruz peitoral em ouro, ornamentada com filogramas, pérolas e safiras. Mais dois ou três dias e toda a gente regressará. Eu ficarei até 15 de Novembro… Teu devotado L. Dehon

O Adeus de D. Grison ao Pe. Dehon
Das lembranças de D. Philippe, escritas em 1952, em alemão, traduzidos em italiano pelo Pe. Lellig para o Pe. Memolo, segundo parece demasiado literalmente o que torna a sua leitura difícil. (pp. 286.296):
“Quando D. Grison veio de férias tive a ocasião de ver uma cena inesquecível.
Antes de ir embora houve uma última discussão com o Fundador sobre a questão sempre escabrosa do dinheiro para as missões. Depois o Bispo partiu. Cada dia estava informado, como se disse atrás, sobre o estado da doença do Pe. Dehon. Ao chegar, entrando comigo na câmara mortuária, e vendo-o no ataúde, caiu de joelhos chorando como uma criança e eu disse-lhe: “Olhe, isto é para si a recordação do Fundador”. Sobre o crucifixo estava gravado: “Fortis ut mors est dilectio” que quer dizer: “O amor é forte como a morte”. Mais tarde o bispo escreveu-me do Congo: “Você sabia muito bem do que eu tinha necessidade quando me deu o crucifixo.
A Superiora Geral das Servas do Coração de Jesus tinha oferecido a cada Padre um crucifixo igual na primeira profissão perpétua…”

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Criancices (23)

.
Durante o tempo de estudo fui até junto a um aluno que se ria descontroladamente:
- Que se passa? Qual o motivo dessas gargalhadas?
- É que Fulano deu um peido.
- Ó rapaz, há uma palavra mais cuidada para nomear isso. Diz-se flato.
Ao mesmo tempo escrevi o termo no seu caderno. Ao regressar ao meu lugar notei que o seu colega lhe perguntava que palavra era aquela. A resposta foi por escrito: Flato = peido de padre.

Vida de Capelão (23)

- Ó Capelão, você hoje está chateado. Venha dar uma volta de avião.
- Não, muito obrigado. Neste estado prefiro ficar cá em baixo, longe do meu chefe.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Banquete do Reino

Ano A - XXVIII Domingo Comum

Jesus Cristo, com frequência, compara o Reino dos Céus a um banquete. A este propósito recordo uma metáfora oriental já muito divulgada:
Um certo homem faleceu e antes de entrar no céu quis dar uma espreitadela pelo inferno. Reparou que numa sala havia uma mesa e ao centro um pratão de arroz com colheres enormes, de um metro de cumprimento. Nisto chegaram os convivas. Cada um tentava comer com aquelas colheres gigantes mas era impossível e toda a gente passava fome.
Ao entrar no paraíso viu, para seu espanto, uma mesa igual, o mesmo prato de arroz e as mesmas colheres enormes.
- Mas como é possível comer aqui no céu?
- Espera e já verás que isto não é inferno nenhum, respondeu-lhe um anjo.
Aproximaram-se os santos do Paraíso, sentando-se pegaram nas colheres, e cada um dava de comer àquele que estava no outro lado da mesa.
- Eis a diferença. No inferno cada um pensa em si e todos passam fome. No paraíso todos servem os outros numa refeição fraterna e há alegria e paz. A mesa é igual, as pessoas é que são diferentes.
Já que o Reino dos Céus é um grande banquete, treinemos aqui na terra a partilhar, servindo e pensando nos outros para não haver surpresas para ninguém na eternidade.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Vai e Faz o Mesmo

2ª Feira - XXVII Tempo Comum


Bom Samaritano: Aprender dele é fazer o mesmo:

- Ocupar-se das misérias dos outros
empregar o nosso tempo e a nossa vida
a favor dos infelizes.

- Não reprovar ninguém,
mas como Cristo narrar apenas os factos
sem julgar ou censurar.

- Passar como o Samaritano
olhar e ver quem precisa de si.
Ser um homem atento, sempre alerta.

- Como o Samaritano não se desviar
nem um centímetro do seu caminho.
Não é preciso procurar ninguém.

- Amar o nosso próximo é
amar o nosso Samaritano,
isto é, amar quem nos ajuda.


- não se desviar do nosso caminho
voltando as costas aos outros.
Dar vitalidade a quem precisa mas não mais.

- Não ficar retido
por aquele que salvamos.
Lembrar-se que devemos
a nossa sobrevivência a outrém,
e fazer por outro o que esse fez por nós.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Vida de Capelão (22)

- Ó Capelão, você deve vir mais vezes à oficina, abençoar estes motores para não nos darem tanto trabalho. E traga também a água benta.
- Posso deitar água benta, mas garanto-lhes que os motores ficarão ainda mais enferrujados...

Criancices (22)

No Colégio dois alunos começaram a namorar.
- Quem são? - Perguntaram-me curiosos os professores.
- É a Cláudia que não é Virgem, é Vargem e o Gonçalo que não é Casto, é Castro.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Vida de Capelão (21)

Ao visitar uma secção:
- Boa tarde, senhores trabalhadores!
Olharam-me com ar surpreendido pela saudação e por isso acrescentei imediatamente:
- Ó, desculpem se ofendi alguém.

Criancices (21)

Durante o recreio do almoço, um Padre ao passar no corredor notou algum movimento na Capela. Abriu a porta e viu três miúdas do 1º Ano, de joelhos a passear entre os bancos.
- Ó meninas, este não é o lugar apropriado para essas brincadeiras, vamos lá para fora.
Elas obedeceram envergonhadas, mas o Padre ficou com problemas de consciência. Contou depois:
- Fiquei a pensar que talvez Deus estivesse a gostar daquela brincadeira e eu tirei-lhe esse prazer.

Santa Teresinha

1 de Outubro

Três palavas, no princípio, no meio e no fim da breve, mas perfeita vida de Santa Teresinha do Menino Jesus, Virgem, Doutora da Ireja e Padroeira Mundial das Missões.

- No Princípio - CÉU - Ela testemunha que a primeira palavra que leu sozinha foi "céu". E com isso o compromisso de "passar o seu Céu a fazer o bem sobre a Terra".

- No Meio - SANTA POR INTEIRO - "Não quero ser Santa pela metade, escolho tudo". Todos os gestos e sacrifícios, do menor ao maior, oferecidos a Deus pela santificação de todos.

- No Fim - AMOR - Ao morrer Santa Teresinha exclamou "Meu Deus, eu vos amo... eu vos amo!" Foi o coroamento da sua vocação: no coração da Igreja a sua vocação foi o amor.